Seis governadores renunciam para disputar eleições

Fonte: http://www.opovo.com.br/
05/04/2014
Além de Campos, que deixou o Governo de Pernambuco para concorrer à Presidência, renunciaram ao Executivo Sérgio Cabral (RJ), Antonio Anastasia (MG), Omar Azis (AM), José de Anchieta Júnior (RR) e Wilson Martins (PI)

Seis governadores renunciaram ontem aos seus mandatos e transmitiram os cargos para os respectivos vices. Foram eles: Eduardo Campos (PSB), que irá disputar a Presidência da República; Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro; Antonio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais; Omar Azis (PSD), do Amazonas; José de Anchieta Júnior (PSDB), de Roraima; e Wilson Martins, do Piauí. Os últimos cinco devem disputar vagas no Senado.

Superada a mágoa por ter sido preterido na disputa pela sucessão de Eduardo Campos, o vice-governador João Lyra Neto (PSB-PE) assumiu o governo de Pernambuco por nove meses. Campos deixou o Executivo para se dedicar exclusivamente à campanha pela Presidência da República.

No primeiro pronunciamento como chefe do governo, Lyra prometeu levar o Porto Digital para a Zona da Mata, Agreste e Sertão e, na próxima semana, encaminhar à Assembleia o pedido da criação da Secretaria para as Micro e Pequenas Empresas. “Precisamos reconhecer a importância dos micro e pequenos empresários. 99,2% das empresas brasileiras são micro e pequenas. Precisamos fortalecer os arranjos produtivos locais”.

‘Revolução silenciosa’

Após passar o cargo ao vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), Sérgio Cabral disse em discurso de despedida, no Palácio Guanabara, que fez “uma grande revolução silenciosa” em sua gestão. Cabral também rebateu críticas de adversários como a dos gastos excessivos nas obras do estádio do Maracanã e contra ataques de criminosos em favelas com UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). 

O ex-governador ainda lançou a intenção de disputar um cargo eletivo nas eleições deste ano, mas não especificou, no entanto, se pretende se candidatar à Câmara ou ao Senado.

“Coloco meu nome à disposição dos nossos aliados, do nosso partido, da nossa base. Meu nome é colocado por uma causa: avançar, avançar, avançar. E o nome para avançar chama Luiz Fernando Pezão”, afirmou Cabral, em referência ao sucessor. O peemedebista disse ter encontrado um cenário “tenebroso” antes de assumir o governo em 2007 e avaliou o projeto das UPPs como um dos principais pontos estratégicos do seu governo.

“O programa das UPPs não nasceu do acaso. Nasceu de um processo de mudança, de conceito que levou o Rio a ganhar respeitabilidade internacional”, afirmou. (das agências)