domingo, 27 de abril de 2014

G7 adota sanções contra a Rússia

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
27.04.2014
As medidas, tomadas devido à crise na Ucrânia, podem ser aplicadas já a partir de segunda-feira

g7
Na última terça-feira, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk (esq.), pediu apoio ao vice-presidente dos EUA, Joe Biden (dir.)
FOTO: REUTERS
Seul. O G7 decidiu adotar novas sanções contra a Rússia, que os Estados Unidos poderão aplicar "a partir de segunda-feira", diante de uma ameaça de invasão russa no leste da Ucrânia, onde os separatistas capturaram membros da Osce, acusando-os de ser "espiões da Otan".
Estas medidas foram anunciadas em Seul, onde o presidente americano, Barack Obama, estava de visita. "Nós já não excluímos uma intervenção militar russa na Ucrânia nos próximos dias", declarou um diplomata ocidental. Por sua vez, o papa Francisco se comprometeu a fazer o possível pela paz na Ucrânia, ao receber o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.
Yatseniuk encurtará sua estadia em Roma e retornar a Kiev devido à situação, razão pela qual não assistirá à canonização de João XXIII e João Paulo II.
Medidas seletivas
Integrado pelos sete países ocidentais mais industrializados, o G7 acusou a Rússia de seguir "aumentando as tensões com uma posição cada vez mais inquietante e manobras militares ameaçadoras na fronteira oriental da Ucrânia".
De acordo com um funcionário americano que pediu o anonimato, "cada país determinará quais sanções seletivas quer impor. Estas sanções serão coordenadas e complementares, mas não necessariamente idênticas". "As sanções americanas podem ser aplicadas a partir de segunda-feira", acrescentou. Na sexta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou uma reunião de ministros das Relações Exteriores da União Europeia "o quanto antes" para estudar novas sanções.
As grandes potências também "concordaram em pedir o fortalecimento do papel da missão de observação da Osce (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) na Ucrânia", cujos observadores no país foram capturados na sexta-feira por separatistas, de acordo com Kiev e Berlim.
Aviões russos
Enquanto a Rússia realizava "manobras ameaçadoras", de acordo com os ocidentais, na fronteira da Ucrânia, os aviões russos violaram o espaço aéreo ucraniano em várias oportunidades nas últimas 24 horas, indicou o Pentágono neste sábado.
Na região, os separatistas declararam neste sábado que os treze observadores da Osce detidos na sexta-feira, no leste da Ucrânia, em Slaviansk, reduto dos insurgentes pró-russos, eram "espiões da Otan" e apenas seriam libertados pelos separatistas em troca de "seus próprios prisioneiros". A Rússia afirmou que fará tudo o que estiver ao seu alcance para obter a libertação dos membros desta missão.

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