segunda-feira, 30 de abril de 2012

273 médicos deixaram de atender nos postos da Capital

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2012/04/30/noticiasjornalfortaleza
Falta médico, estrutura, remédio e exames especializados. Em época de epidemia de dengue, os postos de saúde da Capital ficam ainda mais lotados. A demora no atendimento deixa os usuários irritados
SAÚDE 30/04/2012




FÁBIO LIMA

Em posto de saúde no Meireles, usuários aguardam o longo atendimento na sala de espera
Nos 92 postos de saúde de Fortaleza deveriam haver, pelo menos, 754 médicos, entre os que atuam no Programa da Saúde da Família e os que atuam no atendimento das unidades. No entanto, 273 médicos (36%) aprovados no concurso de 2006 e convocados até 2008, deixaram os cargos públicos nos últimos anos. Com isso, o desfalque ao quadro de profissionais do sistema causa uma das principais queixas da população: a falta de médicos para realizarem atendimentos nas unidades. Em época de epidemia de dengue, a situação se agrava e deixa as unidades ainda mais lotadas. 

“Para ter médico aqui, só se cair morto”, comentou Valdenise Prudente, moradora do Sítio São João, na fila do posto que atende à área. Essa queixa divide o primeiro lugar da lista de desrespeitos elencados pela população com a dificuldade em realizar consultas e exames especializados. Alzenira Barbosa comentou, em tom de revolta, que passou cinco anos na fila para um neurologista. “Aqui é chegar e mandarem voltar. Acabei pagando particular”, lamentou.

Falta de médicos e de medicamentos, dificuldade em conseguir exames e consultas especializadas, esperas longas e sensação de descaso. Essa realidade é contada por muitos daqueles que dependem do atendimento realizado nos postos de saúde da Capital.

A coordenadora da atenção básica da SMS, Lídia Costa, reconheceu que a fila de espera para especialidades é um dos gargalos da atenção básica, mas indicou que a falha é do sistema como um todo. “Eles podem criar 20 hospitais, se não consertar a atenção básica, vai encher tudo”, opinou a médica e professora do curso de Medicina da Unifor, Paola Colares. “Hoje, a atenção primária é mantida com muito menos do que necessita. Ela precisa de mais dinheiro. Eu acho que falta cumprir a lei na atenção básica, não é cumprida em nada”, complementou.

Para Florentino Cardoso, superintendente do Complexo Hospitalar da UFC e presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), a cobertura da atenção básica deveria ser maior, assim como a qualificação das equipes. “Se estiver bem estruturada, somente uma minoria de 20 a 15% iria precisar do atendimento secundário e terciário”.

Para a coordenadora da atenção básica da SMS, Lídia Costa, essa afirmativa de que o setor deveria resolver 80% dos problemas só poderia acontecer se a atenção básica tivesse estrutura, capilaridade e resolutividade para atender a demanda. Segundo ela, a atenção básica vem apresentando avanços, mas não é a que recebe mais recursos e os postos de saúde não existem na proporção que deveriam.

Para resolver, de forma paliativa, a questão dos médicos, uma seleção pública foi realizada este mês para o preenchimento dos cargos até a realização de um concurso, sem previsão. Das 217 vagas, 65 são para a atenção básica. Além dos médicos, outros profissionais da saúde também reforçarão a atenção básica, como enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos. O resultado final e homologação estão previstos para junho, até lá, a ausência continuará sendo sentida por quem busca atendimento.

O quê


ENTENDA A NOTÍCIA

O POVO visitou nove postos de saúde e ouviu dos usuários os detalhes das dificuldades em busca de atendimento. Especialistas apontam que falta priorização na atenção básica e em todo o sistema de saúde.

Serviço

Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Rua do Rosário, 283, 3º andar, sala 306 – Centro.
Telefone: 3452 6619
Atendimento de segunda à sexta-feira, das 8h às 12 horas e de 13h às 17 horas.

Atendimento
Para especialistas e funcionários da atenção básica, o posto ideal seria aquele em que:
A população teria acesso garantido e atendimento qualificado.
Envolveria a comunidade e possibilitaria o empoderamento dela sobre a sua saúde.
Atenderia a um número adequado de pessoas.
A equipe possuiria uma vinculação com a comunidade.
A população seria bem acolhida.
Possuiria uma estrutura adequada para os serviços prestados.
Seria um local em que as pessoas iriam para vigiar a saúde e não para resolver problemas pontuais.
Os profissionais e a gestão entenderiam as demandas da população.

Saiba mais

Postos na Capital

O que é atenção básica
- Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde e de agravamentos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.

- É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde.

Estratégia da saúde da família
- É necessária a presença de equipes multiprofissionais, responsáveis por, no máximo, 4 mil habitantes. A média recomendada é 3 mil.

-Tais equipes deveriam ser compostas por médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

- A recomendação é de que, em grandes centros urbanos, as Unidades Básicas de Saúde com o PSF atendam 12 mil habitantes do território pelo qual tem responsabilidade sanitária. Para as Unidades sem PSF, esse número vai para 30 mil.


Fonte: Política Nacional de Atenção Básica.

Números da Capital

92 postos de saúde de Fortaleza. 38 abertos até às 21 horas.
481 médicos, sendo 252 nas equipes do Programa da Saúde da Família e 228 nos postos, em regime de trabalho de 20 horas.
357 equipes do PSF, sendo 100 compostas apenas por enfermeiros e agentes de saúde. (Dados de 2010) 2500 agentes de saúde.
Déficit: seriam necessários mais 50 postos para atender a indicação da Política Nacional de Atenção Básica.
Samaisa dos Anjossamaisa@opovo.com.br


Praias viram depósitos de lixo

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1132350
30.04.2012



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FOTOS: RODRIGO CARVALHO
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Prefeitura afirma realizar limpezas diárias nas praias da Capital com auxílio de caminhões e caçambas

Domingo de sol em Fortaleza é dia de um banho de mar, uma água-de-coco gelada, um caranguejo, de apreciar aquele lindo mar verde e pisar na areia branquinha. Porém, no fim da tarde, a faixa de praia deixa de ser branca e se enche de lixo, como copos, garrafas, latinhas, embalagens de alumínio com comida, caixinhas de suco e muita, mas muita casca de coco. Em meio a isso tudo, dezenas de pombos fazem a festa com os restos.

Esse cenário pode ser visto praticamente em toda orla da Capital. Na Praia do Futuro, por exemplo, o banhista que se arriscar ir até o mar precisa desviar dos cocos vazios deixados na orla por ambulantes. Em algumas barracas, ao redor das mesas existem até lixeiras, mas os frequentadores fazem questão de jogar o lixo no chão.

A última observação vista pela reportagem foi comentada pelo industrial Roberto Cartaxo que frequenta a mesma barraca há dez anos. "O lixo fica em volta das cadeiras e eles não percebem, ou se percebem não ligam. Acho que deveria haver campanhas educativas onde os próprios garçons pudessem orientar os banhistas", destaca.

Falta de Educação

O empresário Maurício Rossi, proprietário de uma barraca na Praia do Futuro, afirma recolher cerca de doze tambores, de 200 litros cada, cheios de lixo, somente aos domingos. Destes, segundo ele, 50% se encontram na faixa de praia, fora das lixeiras.

Ele ressalta que todas as barracas cumprem com o dever de recolher o próprio lixo no fim do dia, mas o problema maior está nos ambulantes, que deixam a sujeira para traz, e nos próprios frequentadores, que sem nenhuma consciência ecológica, depositam lixo na areia. "Pagamos uma empresa particular para recolher nossos resíduos. Porém, como os vendedores ambulantes não recolhem o lixo deles, nós acabamos ficando responsáveis por este também", diz.

Na Praia do Náutico, em plena Avenida Beira-Mar, lugar onde se concentra um grande número de hotéis, a cena é aterrorizante. Embalagens plásticas com restos de comida são deixadas por banhistas em diversos trechos da orla, garrafas, latinhas, copos, embalagem de água oxigenada, não há um lugar na areia que não se veja lixo.

A auxiliar de costureira que trabalha com materiais recicláveis em um projeto voluntário, sentada na areia da praia disse estar decepcionada com o cenário. "O calçadão está repleto de lixeiras, mas as pessoas não querem ter o trabalho de ir até lá. Eles sujam a praia, pegam micose e depois querem culpar a Prefeitura que não limpa. Isso é questão de educação".

Na praia da Leste- Oeste, apesar de não estar tão suja quanto a do Náutico, ainda é possível ver crianças brincando em meio ao lixo e frequentadores rodeados por copos, garrafas e latinhas sem se preocupar com aquilo.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria Executiva Regional II, afirmou que na Praia do Futuro e Beira- Mar, três equipes realizam a limpeza diária. Ainda de acordo com o órgão, um caminhão recolhe todo o coco da Praia do Futuro todos os domingos e segunda-feiras. A Secretaria Executiva Regional I, disse que todos os dias, às seis horas da manhã, duas caçambas e um caminhão de lixo fazem toda a limpeza da faixa de praia e calçadas na Avenida leste-Oeste.

Flagrantes
Descaso se repete em toda a orla
O lixo no litoral fortalezense é gerado por ambulantes e pelos próprios banhistas. Os proprietários de barracas afirmam colocar lixeiras em torno das mesas e recolher todo o lixo no fim do dia. Mas, segundo eles, o que falta é educação e não depósitos de lixo na faixa de praia. Na Praia do Náutico, a reportagem encontrou até embalagens de alumínio com restos de comida 

Karla CamilaRepórter

domingo, 22 de abril de 2012

Mito ou verdade: refrigerantes dissolvem os dentes?

Fonte: http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso
Por Wikerson Landim em 21 de Abril de 2012
Lenda de que Coca-Cola é capaz de dissolver pregos e dentes nunca teve embasamento científico.




Você já deve ter ouvido falar em algum lugar que a Coca-Cola é capaz de dissolver um dente ou até mesmo corroer pregos. O Tecmundo já colocou à prova essa teoria e comprovou que as chances de essa lenda ser verdadeira são muito remotas. Mas como esse mito nasceu?

O crédito desse boato poderoso e que até hoje ainda é tido como verdade por muitas pessoas cabe ao professor Clive McCay, da Universidade de Cornell. Ele testemunhou perante à Câmara dos Deputados dizendo que se um dente humano for deixado por 24 horas dentro de um copo de Coca-Cola ele iria se dissolver.

O artifício foi usado não para provar a dissolução, mas para mostrar que o refrigerante é capaz de causar danos aos dentes, mas seu exemplo foi bastante extremo. Fora dali a lenda ganhou vida e muitos incluíram até mesmo os pregos nos rumores, nunca confirmados pela ciência. As histórias se espalharam com tanta eficiência que até mesmo na página da Coca-Cola há menções a esses rumores.

Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/22499-mito-ou-verdade-refrigerantes-dissolvem-os-dentes-.htm#ixzz1snREnI1Z
 



Servidores das universidades federais vão parar na quarta-feira

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=338317&modulo=964
Agência Brasil | 14h54m | 22.04.2012
Os funcionários técnico-administrativos das universidades federais decidiram paralisar as atividades na próxima quarta-feira (25) e, também, nos dias 9 e 10 de maio. A categoria reivindica aumento do piso salarial, atualmente R$ 1.034,59, reajuste do auxílio-alimentação e valorização da carreira.
Segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), a falta de resultados em relação à última greve foi o principal motivo que levou a categoria a decidir por uma nova paralisação. Os servidores técnico-admnistrativos pedem aumento do piso salarial para um valor correspondente a três salários mínimos (cerca de R$ 1,9 mil), além de efetivar o acordo firmado em 2007 com o governo.
De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o diálogo com os representantes dos servidores é constante. As reivindicações estão sendo analisadas pelo secretário de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, que na próxima terça-feira (24) se reunirá com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
A última greve dos servidores técnico-administrativos das universidades públicas federais ocorreu no ano passado e durou quatro meses. Durante esse período, o governo manteve a posição de não negociar com os grevistas. A paralisação foi considerada ilegal pelo Superior Tribunal de Justiça depois de ação da Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com o calendário da Fasubra, 30 de maio é a data-limite para cjegar a um acordo com o governo.

Apoio à redução da maioridade

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1129604
22.04.2012


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No Brasil, pessoas que têm idade inferior a 18 anos e 
cometem crimes são submetidos a um regime penal 
diferenciado
FOTO: FABIANE DE PAULA



Brasília Os brasileiros querem tratamento mais rigoroso para os culpados pela prática de crime. É o que aponta pesquisa do DataSenado sobre segurança pública. Segundo o levantamento, 87% dos entrevistados concordam com a tese de que o menor de idade que comete crimes deve ser punido como adulto - 11% disseram discordar e 2% não souberam responder.

No Brasil, pessoas que têm idade inferior a 18 anos e cometem crimes são submetidos a um regime penal diferenciado. No Senado, tramitam várias propostas de emenda à Constituição alterando essa idade. Uma delas é a PEC 20/1999, que foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em 2007 e desde então aguarda votação em Plenário.

A matéria chegou a ser arquivada em 2010, com o fim da legislatura, mas foi desarquivada. A maioria dos entrevistados também se mostrou favorável a tratamento mais rigoroso dos criminosos em outros casos, como no de redução da pena para os presos que estudam, na concessão de indultos em feriados e na aplicação do regime semiaberto.

Com relação à possibilidade de redução da pena para os presos que estudam, 53% dos entrevistados disseram ser contra. No entanto, 45% manifestaram apoio, enquanto 2% não souberam responder. A situação muda quando a redução da pena é para os presos que trabalham: 56% disseram ser favoráveis, 43% afirmaram discordar e 1% não soube responder.

A permissão para que os presos com bom comportamento passem determinados feriados com suas famílias, o indulto, tem oposição de 69% .

domingo, 15 de abril de 2012

Titanic: 5 mitos que sobreviveram aos 100 anos do naufrágio

Fonte: http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/22133-titanic-5-mitos-que-sobreviveram-aos-100-anos-do-naufragio.htm

O cinema contribuiu para a construção da lenda. Mas será que tudo o que pensamos sobre o navio transatlântico é verdadeiro?Por Renan Hamann em 14 de Abril de 2012



 

Foi por volta de 11:40 da noite do dia 14 de abril de 1912 – exatos cem anos atrás – que o navio RMS Titanic atingiu um iceberg e causou uma das maiores fatalidades navais de toda a história. Apesar de o filme Titanic (de James Cameron, lançado em 1997) ter alcançado imenso sucesso, ele não foi o primeiro a homenagear o navio transatlântico.

E o que poucas pessoas sabem é que muitos dos relatos mostrados nos filmes não condizem com a realidade vivida pelos tripulantes e passageiros do navio. Confira agora quais são os cinco maiores mitos que o cinema ajudou a divulgar, mas que podem ser apenas histórias fantasiosas criadas para aumentar a atmosfera mitológica do Titanic.

1. “Nem Deus pode afundar o Titanic”

Apesar de essa frase ser muitas vezes repetida para mostrar que os grandes nomes da White Star Line (a empresa responsável pelo navio) e o comandante da embarcação estavam superestimando o poder do Titanic – e que, claramente, haviam se enganado –, ela pode não ser real. Pelo menos é o que afirma Richard Howells, especialista do Kings College de Londres.

Ele afirma que esse mito pode ter sido introduzido no imaginário popular após o acidente. Segundo o pesquisador, a White Star Line nunca disse que o navio era invulnerável. Há também relatos de que havia muito menos publicidade em torno do Titanic do que se imagina, pois o grande nome da construção naval na época era o Olympic – um navio-irmão do Titanic criado pela mesma empresa e responsável pelo mesmo trajeto em anos anteriores.

2. A última música

Em diversos filmes sobre o Titanic, o grupo de música é mostrado tocando o hino cristão “Nearer, My God, To Thee (Mais perto, meu Deus, para Ti)”. Até hoje não se sabe se era realmente essa a canção que os instrumentistas do transatlântico estavam tocando no momento do naufrágio. Pode-se dizer que a origem do mito tenha sido o jornal Daily Mirror (da Inglaterra), que afirmou que eles estavam tocando a canção enquanto o barco afundava – em uma tentativa de romantizar o acontecimento.


Em 1958, o filme “A Night to Remember” mostrou o naufrágio do Titanic ocorrendo com a já mencionada canção (você pode ver o vídeo acima deste parágrafo). James Cameron achou a sincronia entre música e imagens perfeita e decidiu utilizar a mesma ideia em seu filme (o vídeo abaixo mostra a versão de Cameron).


Há duas diferenças básicas nas versões: a de 1958 mostra os músicos cantando até o momento em que a água começa a arrastá-los; enquanto na de 1997, eles tocam uma versão instrumental de “Nearer, My God, To Thee”, que é interrompida quando um dos violinistas diz: “Senhores, foi um privilégio tocar com vocês esta noite”.

3. O capitão Smith não foi um herói

Todos os filmes mostram o capitão Smith como um verdadeiro herói no naufrágio. Há, inclusive, histórias de que após o afundamento completo do Titanic, ele podia ser visto nadando com uma criança nos braços para salvá-la da morte. Segundo o site da BBC, várias estátuas erguidas em sua homenagem na Inglaterra.

 
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Mas ao que dizem alguns especialistas sobre o naufrágio, todo o heroísmo e esforços para salvar os passageiros pode não ter sido tão real assim. Nos primeiros minutos após o acidente, botes de salvamento com espaço para 65 pessoas abandonaram o navio com menos de 30 pessoas e não retornaram para salvar outras vítimas.

Paul Lounden-Brown, da Sociedade Histórica Titanic, diz que o único culpado pelo acidente é o Capitão e nenhuma outra pessoa da cabine de comando pode ser responsabilizada. Uma de suas decisões mais equivocadas foi não ter avisado a todos os passageiros que havia acontecido um acidente.

 
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

O pesquisador afirma que a ordem de abandonar o navio nunca foi dada. Por isso, é muito provável que centenas de pessoas tenham morrido sem nem ao menos ficarem sabendo que havia acontecido um acidente. John Graves (do Museu Marítimo Nacional, em Londres) diz que Smith pode ter entrado em choque por não possuir um plano de evacuação, por isso não conseguiu tomar qualquer decisão importante.

4. J. Bruce Ismay: o empresário vilão

Filmes sobre o naufrágio costumam mostrar J. Bruce Ismay – o presidente da White Star Line – como um homem covarde que abandonou o Titanic no primeiro bote salva-vidas a ser lançado no mar. A origem do mito pode ter sido outro acidente com navios da White Star, quando o próprio Ismay recusou-se a cooperar com William Randolph Hearst, um grande magnata da imprensa norte-americana.

 
Ismay e Jonathan Hyde o interpretando no filme de James Cameron (Fonte das imagens: Reprodução/Wikimedia Commons e Reprodução/20th Century Fox)

Depois do acidente com o Titanic, Hearst pode ter se aproveitado para acusar Ismay como forma de vingança. Muitos dos jornais ligados ao magnata o chamavam de J. Brute Ismay (um trocadilho com seu nome, o acusando de ser um animal irracional), o que contribuiu bastante para que a imagem de covarde fosse proliferada.

Os especialistas consultados pela BBC afirmam que há vários relatos de sobreviventes que foram ajudados por Ismay, antes que ele pudesse colocar-se nos botes para salvar sua vida. Mesmo assim, a imprensa continuou acusando o presidente da White Star Line. Em 1913, ele se afastou da companhia, falido.

5. A terceira classe foi abandonada para a morte

Nos filmes que mostram o naufrágio do transatlântico, a terceira classe é mostrada de maneira completamente separada das outras – e isso fica mais claro na versão de James Cameron, em que há destaque para personagens de lá. Os portões de separação realmente existiam, não para evitar que eles pudessem entrar nos botes, mas para o cumprimento de normas sanitárias dos Estados Unidos.

Como no navio havia muitos imigrantes que queria tentar uma nova vida na América, o Titanic teria que parar em Ellis Island para que houvesse uma inspeção sanitária e burocrática dos passageiros (que vinham de países como China, Holanda, Itália, Armênia, Rússia, Escandinávia e Siria). E para evitar que qualquer doença fosse transmitida às demais pessoas, havia a separação – respeitando normas dos Estados Unidos.

 
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

A terceira classe possuía seus próprios botes salva-vidas, mas para chegar até eles seria necessário percorrer uma série de corredores que mais se pareciam com labirintos. Por isso, muitos acabaram morrendo afogados dentro do navio. Também há várias evidências de que, ao chegar ao local onde deveriam estar os botes, muitos deles já haviam sido levados para o mar.

Nas conclusões finais do inquérito sobre o naufrágio, foi constatado que “não houve evidências de que houve alguma tentativa de deixar, deliberadamente,  os passageiros da terceira classe morrerem“. Vale lembrar que a maior parte das mortes ocorreu entre passageiros da terceira classe e tripulação: de 1.616 pessoas, apenas 394 se salvaram.


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/22133-titanic-5-mitos-que-sobreviveram-aos-100-anos-do-naufragio.htm#ixzz1sACCE4TY