Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
24.08.2013
O programa efetivado na gestão de Salmito Filho objetiva discutir problemas com as próprias comunidades
A Câmara Municipal de Fortaleza pretende retomar, neste semestre, o chamado "Câmara nos Bairros", uma iniciativa do Legislativo municipal que se dispõe a levar o Poder Público mais próximo da população. Segundo o presidente da Casa, vereador Walter Cavalcante (PMDB), não foi definido, por enquanto, qual o formato a ser adotado para o programa que já foi implantado em outras duas legislaturas.
O vereador Adail Júnior defende o programa Câmara nos Bairros, mas opina que é necessário que o Executivo também participe das ações Foto: Alex Costa
Ex-presidente da Câmara, vereador Acrísio Sena (PT) tratou de retomar o Câmara nos Bairros em 2011, todavia essa ação foi implantada, pela primeira vez, na gestão do também ex-presidente da Casa, vereador Carlos Mesquita (PMDB), entre os anos de 2003 e 2004. De acordo com o petista, o formato dado ao programa na sua gestão foi diferente quando ele começou a funcionar na época da administração de Carlos Mesquita.
Na gestão do peemedebista, conforme Acrísio Sena, o Câmara nos Bairros era mais focado na prestação de serviços. Quando resolveu implantar novamente o programa, mudou o seu formato e tratou de ouvir mais as demandas da população e levá-las ao Executivo, para que pudessem ser resolvidas. Segundo ele, na época foram realizadas seis edições do Câmara nos Bairros, com visita a um bairro em cada regional de Fortaleza.
A intenção, explica, era aproximar mais a sociedade do Poder Legislativo, alegando que a participação do povo, na Câmara, é algo pontual, não ocorrendo frequentemente. Essas visitas, resume, tinham o objetivo de ouvir as principais queixas da população e enviar essas solicitações aos órgãos competentes. Segundo Acrísio, em cada bairro visitado foi feito um relatório do que foi requisitado pela população e entregue às regionais.
Estrutura
As principais reclamações na época, lembra, eram em relação à saúde, educação e segurança pública. A estrutura das creches, problemas com consultas médicas, falta de medicamentos, pontua, eram problemas que persistiam em todas as regionais. Porém, o vereador admite que após as visitas feitas e relatórios encaminhados, os parlamentares não foram atrás de saber se alguma medida prática foi tomada para resolver ou pelo menos para minimizar os problemas.
O vereador Adail Júnior (PV) disse que participou de quase todas as edições do Câmara nos Bairros ocorridos na gestão do ex-presidente Acrísio Sena. Na opinião do parlamentar, essa iniciativa pode gerar bons resultados, mas, para isso, alerta, é preciso que o Executivo também participe. "Em todos os Câmara nos Bairros que eu fui senti muito a ausência do Executivo, principalmente dos secretários temáticos", observou.
Demandas
Para Adail Júnior, não adianta apenas a presença do Legislativo se ele não tem poder de executar nenhuma ação. O vereador concorda que o programa seja retomado, mas, para isso, sugere, é necessário uma reunião com o Executivo e a garantia de que os secretários ou representantes das secretarias de Urbanismo e Meio Ambiente, Saúde, Educação e Infraestrutura estejam presentes.
Na sua opinião, a última edição do programa não teve resultados práticos. Adail Júnior deixa claro que todos os secretários regionais foram aos encontros, mas apenas eles não eram necessários para atender demandas específicas da população, avalia. Por isso, garante, as visitas serviram para que os vereadores se aproximassem mais da população e conhecessem de perto os problemas, porém, não puderam resolvê-los.
Na opinião do vereador, dessa vez o formato do Câmara nos Bairros deve ser discutido sem pressa e com bastante antecedência, para que possam se reunir com o Executivo e definir as visitas de acordo com a agenda dos secretários.
Walter Cavalcante, disse que pretende discutir com o colégio de líderes para saber qual a melhor maneira de retomar esse programa. De acordo com ele, o Câmara nos Bairros pode ofertar serviços à população, como retirada de documentos, e também ouvir os reclames da população, debatendo os problemas mais urgentes de cada bairro.
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