31/08/2013
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), afirmou se sentir “extremamente desconfortável” diante de eventual aliança entre seu partido e o PSDB, sinalizada pelo encontro da noite de quinta-feira entre Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), presidentes nacionais das siglas. Cid é, no PSB, o principal nome de oposição à candidatura de Campos à Presidência no próximo ano e defende que o partido apoie a reeleição de Dilma. Ele afirmou à ontem considerar “natural” o encontro entre homens públicos, mas disse se preocupar com o simbolismo da reunião. “O PSDB é um partido de oposição a um governo de que nós fazemos parte. Confraternizar com isso é sinalizar que talvez se cogite essa possibilidade de o PSB ser linha auxiliar do PSDB (em 2014) e isso me preocupa. Eu sinceramente fico extremamente desconfortável com essa possibilidade”, disse.
O governador critica a possibilidade de os dois partidos dividirem palanque em 2014. “Duplo palanque é coisa de quem não tem posição. Quem tem duas posições, não tem nenhuma”, comentou.
Cid tornou públicas as críticas ao encontro ainda na manhã de ontem, quando publicou mensagem nas redes sociais: “Linha auxiliar do PSDB. Será esse o papel do PSB em 2014?”. Na próxima semana, Cid almoçará com o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), que está prestes a obter na Justiça Eleitoral o registro de um novo partido, o Solidariedade, e pode abrir as portas da legenda para o governador.Durante a inauguração da ZPE ontem, Cid classificou ainda como “picuinha” a série de denúncias que surgem contra a sua gestão. Em tom de ironia, chegou a dizer que vai esperar “no que dará essa oposição que une o PR com o PSDB e o Psol”.
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