sábado, 24 de agosto de 2013

Mais de 3.000 sírios podem ter se intoxicado, segundo organização médica

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
Folhapress | 15h23 | 24.08.2013

Obama se reuniu com conselheiros de Segurança para discutir ações que poderão ser realizadas no país do Oriente Médio

Três hospitais próximos a Damasco relataram 355 mortes depois de um suposto ataque químico na última quarta-feira, que levou a 3.600 admissões nos hospitais com sintomas neurotóxicos causados por gás, informou hoje a organização MSF (Médicos Sem Fronteiras).
Estimativas da oposição para o número de mortos variam de 500 a bem mais do que mil FOTO: Reuters
"Os sintomas reportados dos pacientes, além do padrão epidemiológico dos eventos -caracterizado pelo influxo massivo de pacientes num curto período de tempo, a origem dos pacientes, e a contaminação de trabalhadores de assistência médica e de primeiros socorros- indicam fortemente a exposição em massa a um agente neurotóxico'', disse o diretor de operações do MSF, Bart Janssens, em um comunicado.
Janssens disse que a MSF não poderia confirmar a causa dos sintomas ou dizer quem foi o responsável pelo ataque, mas que tinha enviado 7 mil frascos de atropina -um antídoto contra agentes nervosos.
O MSF não tem pessoal próprio na região de Damasco, mas tem apoiado os hospitais e redes de médicos no local desde 2012. "Isso constituiria uma violação do direito internacional humanitário, que absolutamente proíbe o uso de armas químicas e biológicas'', ressaltou Janssens.
EUA advertem sobre possível intervenção
Os Estados Unidos advertiram sobre a possibilidade de uma eventual intervenção militar na Síria caso seja confirmado que houve um ataque químico. 
Segundo a Casa Branca, o presidente Barack Obama se reuniu com conselheiros de Segurança Nacional as ações que poderão ser realizadas no país do Oriente Médio.
A oposição síria acusou as forças do governo de lançaram gases mortais, na quarta-feira, em subúrbios controlados pelos rebeldes em Damasco, matando homens, mulheres e crianças que dormiam.
Estimativas da oposição para o número de mortos variam de 500 a bem mais do que mil, mas como observadores da ONU ainda não conseguiram visitar o local, não houve uma verificação de órgão independente.

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