sábado, 28 de fevereiro de 2015

NOVA FALHA Alagamento provoca paralisação de metrô

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
28.02.2015
Trecho do túnel entre a Estação Padre Cícero (em construção) e a Estação do Benfica ficou encharcado

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Passageiros encontraram a Estação da Parangaba fechada devido à paralisação de duas das três bombas que fazem a drenagem
FOTO: LUCAS DE MENEZES
A paralisação de duas das três bombas que fazem a drenagem do trecho subterrâneo da Linha Sul do metrô de Fortaleza prejudicou, ontem, o deslocamento de cerca de 19 mil passageiros. Com o serviço de esgotamento comprometido, o trecho entre a Estação Padre Cícero (em construção) e a Estação do Benfica ficou alagado e o metrô foi impedido de circular. A falha ocorreu um dia após ter sido registrada uma pane no sistema de refrigeração em uma das composições.
"Quando o serviço é interrompido, o impacto é muito grande, porque já estamos nos acostumando com a viagem que é bem mais rápida e, na falta dele, tudo atrasa", relata a assistente administrativa Tamires Moraes, que diariamente desloca-se de Messejana a Maracanaú e usa o metrô em parte do trajeto.
Sem o transporte, ontem, ela e outras centenas de passageiros tiveram de completar o percurso em ônibus e topiques. A economia de pelo menos 40 minutos deu lugar à demora já conhecida nos coletivos.
O presidente do Sindicato do Metroviários do Ceará, Joaquim Gomes, que estava no local do alagamento, informou que o problema foi detectado por volta das 7h pelo maquinista que saiu da Estação Chico da Silva (Centro) rumo à Carlitos Benevides (Pacatuba). Ao se deparar com a água no trecho de cerca de 300m, próximo à Estação Padre Cícero (em construção), o profissional comunicou ao Centro de Controle Operacional e retornou para a Estação do Benfica.
Joaquim relatou que o acumulado de água no trecho subterrâneo chegou a 400 milímetros. Conforme ele, o percurso comprometido pelo alagamento está situado sobre um lençol freático e, por isso, há necessidade do funcionamento das três bombas para dar vazão à drenagem.
Segundo Joaquim, há relatos que ontem não foi a primeira vez que as bombas de drenagem apresentaram problemas e, diante disso, o sindicato irá recomendar à Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos que sejam realizadas inspeções periódicas na área. "São 25 Km de um percurso energizado. Então, sempre que o trilho alaga, o metrô tem que parar. É um risco continuar trafegando por trechos alagados", explica.
Por meio da assessoria de imprensa, o Metrofor confirmou que, ontem, "foi constatado um problema elétrico na sub-estação, provocando a queima de duas bombas que alimentam o sistema de esgotamento dos túneis". O órgão garantiu que técnicos foram ao local para solucionar a drenagem e restabelecer o funcionamento. A previsão é que o metrô volte ao normal hoje, às 6h30. Até o fechamento da edição, a assessoria não se pronunciou a respeito da suposta disposição do trecho subterrâneo sobre lençol freático.
Pane
Na edição de ontem, o Diário do Nordeste já havia informado a pane no sistema de refrigeração em uma das composições da linha, que causou atraso. Diante da falha e das reclamações quanto à demora, o Metrofor esclareceu que o tempo médio de espera, quando os quatro trens estão operando, é de 19 minutos. O órgão acrescentou que a redução da espera (que cairá para seis minutos) e o aumento no número de trens (que passará para 24) ocorrerá quando as licitações de telecomunicações, ventilação, bilhetagem e sinalização estiverem concluídas e os equipamentos, instalados.
Mais informações:
Ouvidoria Metrofor 3101-7106
Thatiany Nascimento
Repórter

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