15/02/2015
Mesmo decisão da justiça italiana de extraditar o ex-diretor do BB teve pouco destaque nos jornais. Fato pode evitar pressão sobre o governo
ALESSANDRO FIOCCHI/FOLHAPRESS
A decisão da Corte Suprema de Cassação da Itália de autorizar a extradição e a nova prisão de Henrique Pizzolato teve uma repercussão próxima de zero na imprensa italiana. Condenado no escândalo do mensalão, o ex-presidente do Banco do Brasil fugiu para a Itália.
Em suas edições impressas da sexta-feira (13), os três principais jornais italianos - Corriere della Sera, La Repubblica e La Stampa- ignoraram completamente o assunto. A ausência de repercussão na imprensa italiana foi vista como um bom sinal por diplomatas brasileiros envolvidos na gestão política do caso Pizzolato. A leitura é que o ministro da Justiça, Andrea Orlando, não deve sofrer pressão da opinião pública italiana para decidir o destino de Pizzolato.
Caberá ao ministro a última palavra sobre o caso. A partir do envio da notificação da decisão da Corte de Cassação, o Executivo italiano terá 45 dias para decidir se extradita ou não o ex-diretor do BB ao Brasil.
Bom sinalNa Itália, Pizzolato é um personagem paroquial. Somente jornais locais da Emilia-Romanha (nordeste da Itália), região onde o petista está vivendo, noticiaram nesta sexta os últimos desdobramentos do caso.
Bom sinalNa Itália, Pizzolato é um personagem paroquial. Somente jornais locais da Emilia-Romanha (nordeste da Itália), região onde o petista está vivendo, noticiaram nesta sexta os últimos desdobramentos do caso.
Ao noticiar o sinal verde para a extradição, o jornal regional “Il Resto del Carlino” destacou “a aventura de best-seller” e a “viagem rocambolesca” de sua fuga para a Europa, usando os documentos emitidos em nome do seu irmão, Celso Pizzolato (morto em 1978).
Único a dedicar ao assunto uma pequena chamada com foto na capa, o “Prima Pagina”, outro jornal local de Módena, noticiou a decisão pela extradição com destaque para o anúncio do advogado Alessandro Sivelli de que agora vai trabalhar para que o ministro da Justiça, Andrea Orlando, negue a extradição. (da Folhapress)
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