20/09/2014
Professores da universidade dizem que greve continua porque reivindicações feitas ao Governo do Estado não foram atendidas. Urca aderiu à paralisação. Professores da UVA avaliarão se também entram em greve
FOTO: JOÃO PAULO FREITAS/ ESPECIAL PARA O POVO
Em coletiva de imprensa na Uece, docentes destacaram que as reivindicações não foram atendidas pelo Governo
Professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) decidiram ontem continuar em greve por tempo indeterminado. Em coletiva de imprensa realizada no Campus do Itaperi, docentes e estudantes de Fortaleza e do Interior destacaram que as reivindicações ainda não foram atendidas pelo governador Cid Gomes (Pros). A greve, suspensa em janeiro, foi retomada em assembleia na última quarta-feira, 17.
A presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece), Elda Maciel, ressaltou que a retomada da greve foi importante para que os professores pudessem lutar pelos diretos que ainda não foram atendidos. Ela disse que é essencial “fazer desta greve uma paralisação de ocupação cultural da universidade, com atividades para debater com a comunidade acadêmica”.
Na noite da última quinta-feira, 18, estudantes da Faculdade de Educação de Itapipoca (Facedi) se uniram em manifestação com o objetivo de falar com Cid Gomes durante comício realizado no município, a 138 quilômetros da Capital. Valdenberg Rodrigues, 19, estudante de educação física da Facedi, participou da manifestação. “Queríamos saber se o governador poderia nos ouvir para ele entender a realidade da faculdade em Itapipoca. Mesmo ele não comparecendo, tivemos o apoio da população”, comenta.
O representante do sindicato da Universidade Regional do Cariri (Urca), Fábio Queiroz, diz que exigências como a contratação de professores efetivos foram acordadas com o Governo em fevereiro e o prazo para o cumprimento do acordo era até junho, mas não houve retorno. A greve atinge todas as instituições que são financiadas pelo Estado. A Urca aderiu à paralisação no último dia 10. Na próxima quarta-feira, 24, docentes e alunos da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) decidirão se vão se unir à greve ou não.
Estado
A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) informou ontem que ainda não tinha recebido nenhum documento oficial do Sinduece sobre a greve. A Secitece diz que o órgão só soube da existência da greve por meio da mídia e só vai se pronunciar após um comunicado do sindicato.
O Sindiuece afirma ter oficializado a deflagração da greve ao Governo na quinta-feira, 18, quando foi protocolada a ação no Gabinete do Governador. No mesmo dia, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que apoia o movimento, solicitou uma audiência com o governador, mas ainda não recebeu retorno do gabinete.
Saiba mais
Professores e alunos da Uece, da Urca e da UVA voltaram a discutir o não cumprimento do acordo feito com o Governo do Estado entre novembro de 2013 e janeiro de 2014.
As principais reivindicações são:
A abertura de concurso para 577 vagas de professores efetivos;
Regulamentação de Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos professores associados;
Reforma e ampliação do prédio da Faculdade de Educação de Itapipoca (Facedi);
Instalação de um novo curso de graduação na Facedi.
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