sábado, 8 de março de 2014

MENSALÃO TUCANO Valério e mais dois são condenados

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
08.03.2014

Valério
Crimes aos quais o publicitário (foto), Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, foram condenados desta vez aconteceram entre os anos de 1998 e 2000
FOLHAPRESS
Justiça considerou que eles envolveram-se em esquema para favorecer a reeleição de Eduardo Azeredo
Brasília. Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz foram condenados por lavagem de dinheiro e evasão de divisas em uma ação penal relacionada ao mensalão tucano. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais ontem. Cada um dos réus foi condenado a nove anos e dois meses de prisão, além do pagamento de multa individual de 250 salários mínimos. A sentença é 31 de janeiro de 2014.
Em 14 de fevereiro, Marcos Valério e Rogério Tolentino foram condenados à prisão em outra ação também relacionada ao esquema conhecido como mensalão tucano, segundo o Ministério Público Federal em Belo Horizonte. Valério foi condenado por corrupção ativa, já Tolentino, por corrupção passiva. A pena foi de 2 anos e dois meses para cada réu.
Na ocasião, a Justiça considerou que eles estão envolvidos em um esquema de corrupção para favorecer, na campanha eleitoral de 1998, o então governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), candidato à reeleição, e o vice Clésio Andrade.
Desvios
Os crimes aos quais Valério, Hollerbach e Paz foram condenados desta vez aconteceram, segundo o MPF, entre os anos de 1998 e 2000 e foram descobertos durante investigação realizada pela Força-Tarefa Banestado. Esses trabalhos apontaram que, de 1998 a 2001, bilhões de dólares foram remetidos do Brasil para o exterior.
O esquema começou a ser investigado quando se descobriu um número irregular de transações financeiras operadas pela agência do Banestado em Nova York, nos Estados Unidos. Este esquema ficou conhecido como "caso Banestado". Segundo a denúncia do MPF, Valério e sócios promoveram a saída clandestina de recursos do País.
De acordo com o Ministério Público, no esquema do mensalão tucano, empresas públicas de Minas Gerais usaram como justificativa eventos esportivos para desviar recursos para a SMP&B.
A sentença é da juíza Rogéria Maria Castro Debelli, da 4ª Vara do Tribunal Regional Federal de Minas Gerais. O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse que já protocolou apelação no próprio Tribunal Regional Federal de Minas Gerais. Segundo Leonardo, Valério é inocente, e a sentença, "injusta".
Os advogados de Cristiano Paz e de Ramon Hollerbach não foram localizados para comentar a decisão.
Relembrando o caso
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início de fevereiro as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. No documento, Janot sugeriu a condenação do então deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Azeredo renunciou ao mandato em fevereiro, para, segundo ele próprio, se dedicar à sua defesa no processo.
Na ocasião, Eduardo Azeredo alegou inocência e disse que não houve mensalão em Minas Gerais, com o pagamento a parlamentares. O ex-parlamentar afirmou que a questão relativa às finanças da campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais não era de sua responsabilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário