sábado, 29 de março de 2014

Famílias invadem colégio no São João do Tauape

Fonte: http://www.opovo.com.br/
Famílias dizem que estavam desabrigadas e que colégio está há mais de 10 anos abandonado. Mil pessoas teriam participado da invasão
29/03/2014

Lucas Mota  lucasmota@opovo.com.br


FOTOS TATIANA FORTES
Segundo as famílias, a maioria das pessoas que invadiu a escola morava de aluguel em uma vila localizada no Lagamar

Cerca de mil pessoas invadiram ontem a escola particular Erotilde de Melo Lima, no bairro São João do Tauape. Segundo os invasores, o colégio está abandonado há mais de dez anos e estava sendo usado por usuários de drogas e como refúgio para infratores.
Valesca de Souza, que participou da ocupação, conta que a maioria das pessoas que invadiu a escola morava de aluguel em uma vila localizada no Lagamar, mas a proprietária do local informou que vai destruir as casas para construir um novo empreendimento. Sem lugar para morar, Valesca e os outros moradores da vila invadiram o colégio.

Segundo os invasores, por volta das 13 horas, uma viatura da Polícia Militar chegou ao local para expulsá-los. De acordo com o grupo, eles fugiram com a chegada dos policiais, mas retornaram após a saída dos agentes.

Quando a reportagem chegou ao colégio encontrou o grupo realizando uma limpeza no local. Eles relataram que, dentro da escola, havia roupas abandonadas e preservativos usados.

Além dos ex-moradores da vila, algumas pessoas que não tinham condições de viver de aluguel invadiram a escola. “Eu pago R$ 250 de aluguel mais a conta de luz. Meu marido trabalha, mas não sobra dinheiro para as crianças. Não tenho condição de pagar aluguel”, diz Ana Jéssica.

A Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor) informou que não teve conhecimento sobre a invasão. Para o caso se tornar uma demanda da Habitafor, os desabrigados teriam que procurar a Fundação para debater a situação. Em seguida, seria realizada uma análise pelos profissionais para comprovar a necessidade dos desabrigados.

O POVO Online também entrou em contato com a Secretaria Regional (SER) II. Segundo a Regional, como a propriedade é particular, o proprietário do local deve notificar o problema a Justiça.

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