sábado, 15 de março de 2014

COBRANÇAS EM TOCANTINS Dilma: manifestantes 'nunca ralaram'

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
15.03.2014
Em entrega de casas populares, a presidente petista enfrentou protesto de moradores da cidade de Araguaína

Dilma
A presidente da República fez a defesa do Minha Casa, Minha Vida, em meio à presença de apoiadores e opositores
ROBERTO STUCKERT FILHO/PR
Araguaína (TO)/Brasília. A presidente Dilma Rousseff (PT) se irritou ontem com um protesto em evento do Minha Casa, Minha Vida, em Tocantins, e disse que os manifestantes "nasceram em berço esplêndido" e "nunca ralaram". O evento contava com um grupo de simpatizantes da presidente, que estava na parte da frente do palanque, e um ruidoso grupo de pessoas com cartazes contra a Copa do Mundo e a favor de moradias.
Durante o discurso da presidente, os manifestantes misturavam vaias, apitos e ainda cantavam o hino nacional.
Dilma fez uma exaltada defesa de sua política social, em especial, o Minha Casa, Minha Vida, programa que entregou ontem 1.788 casas para famílias carentes de Araguaína (TO).
"Aqueles que não dão importância para as pessoas que não têm casa própria é porque nasceram em berço esplêndido e aqueles que não valorizam o cartão do Minha Casa Melhor é porque nunca ralaram de sol a sol para comprar uma geladeira, um fogão e uma cama", disse Dilma, sob aplausos de políticos do Estado e parte dos moradores e sob vaias dos manifestantes.
Dilma inaugurou o conjunto habitacional Costa Esmeralda, mas enfrentou protesto de moradores de um outro conjunto do programa, o Vila Azul. Os manifestantes reivindicam creche, escola e posto de saúde, benefícios que já existem no Costa Esmeralda. Eles vaiaram Dilma durante vários momentos do discurso dela e levaram cartazes com frases como "corruPTos" e "saúde sim, Copa não".
"Tensão deve baixar"
Apesar da crise do Planalto com a base aliada, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse, ontem, acreditar que a tensão vai diminuir após as definições da reforma ministerial. Alvo do chamado "blocão" instalado na Câmara, Carvalho foi convocado a prestar esclarecimentos sobre convênios de ONGs e a explicar o patrocínio a evento do MST.
Crise no Congresso
Em meio às divergências com aliados, o Palácio do Planalto corre o risco de sofrer um novo revés na próxima semana no Parlamento. Está marcada para o dia 18 a sessão conjunta do Congresso Nacional para apreciar 12 vetos presidenciais, entre eles o veto integral ao projeto que estabelece critérios para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios.
Após uma semana na qual 10 ministros foram chamados a dar explicações aos deputados, o veto do projeto sobre os municípios é um dos que mais têm chances de ser derrubado.
O projeto abriria espaço para a criação de 400 novos municípios. Mas esse veto entrou na pauta da sessão conjunta de fevereiro e na época já havia uma disposição dos parlamentares para derrotar a vontade presidencial. Com a falta de quórum no Senado, deputados entraram em obstrução temendo não conseguir dar o "recado" ao governo.
Para derrubar um veto presidencial, a maioria da Câmara e do Senado precisa votar contra o governo. São necessários os votos de 257 deputados e 41 senadores, mas a base no Senado costuma votar com o Executivo.

Um comentário:

  1. Que é isso, presidente? Esta fúria contra manifestantes seria o reflexo do fim das alianças com o governo?

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