sábado, 15 de março de 2014

CÂMARA MUNICIPAL Base chamada de subserviente

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
15.03.2014

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Para o vereador Guilherme Sampaio, o prefeito Roberto Cláudio envia os projetos com pouco tempo para debate, visando inibir questionamentos
FOTO: ÉRIKA FONSECA
O anúncio da intervenção na Praça Portugal antes de a Prefeitura enviar o projeto à Câmara Municipal de Fortaleza levantou questionamentos da oposição sobre a relação que o Executivo mantém com o Parlamento. Para os vereadores contrários à atual gestão, o prefeito Roberto Cláudio desrespeita a independência do Legislativo, mas a base aliada defende que essa avaliação tem apenas uma motivação política.
O vereador Guilherme Sampaio (PT) afirmou que a atual postura da Câmara é de total subserviência e, por isso, acredita que a última preocupação do prefeito Roberto Cláudio é sobre como os parlamentares irão apreciar a proposta enviada. O petista avaliou que a estratégia é utilizada pela gestão para que a oposição tenha um tempo mais reduzido para levantar o debate.
"Isso acontece porque o relacionamento que a Prefeitura tem com a Câmara é de subserviência. Há uma desvalorização na Câmara. A última instância em que a Prefeitura se preocupa em abrir para o debate é com os vereadores", ressaltou.
Guilherme Sampaio lembrou que a mesma estratégia foi adotada na mensagem que tratou sobre o reajuste de 5,70% aos salários dos servidores do Município. O vereador lembrou que, no primeiro momento, a Prefeitura anunciou à imprensa o percentual de aumento e só depois apresentou à categoria. "Existe uma fachada de que há o diálogo, mas a exemplo do modelo adotado pelo Governo do Estado, a Prefeitura adota um regime sem abertura para qualquer tipo de debate", disparou o petista.
Jogo
O líder do prefeito Roberto Cláudio na Câmara, Evaldo Lima (PCdoB), rebateu ao afirmar que as queixas da oposição não têm fundamento e acusou os parlamentares de se preocuparem em fazer apenas um jogo de demarcação política concentrado muito mais no objetivo de desgastar a imagem da atual gestão.
"A oposição se apega a esses detalhes, alegando uma suposta falta de debate na Casa, mas jamais a gente teve a participação de tantos secretários. Essa não é uma postura que se preocupa com os interesses públicos da cidade, mas tem o objetivo muito maior de buscar desgastar a gestão", alegou o vereador.
O vice-líder do prefeito, vereador Didi Mangueira (PDT), minimiza as críticas. "A oposição está fazendo um debate que ultrapassa a discussão. O que dá a entender é que a oposição está com dor de cotovelo e não quer que o prefeito faça as coisas", frisou.
Já a vereadora Toinha Rocha (PSOL) destacou que a própria base aliada é excluída dos debates de determinados projetos. Ela revelou que Didi Mangueira desconhecia o teor da mensagem enviada pelo Executivo em que propõe a utilização de parte de uma praça no bairro da Granja Portugal para construir o projeto da cozinha comunitária, um modelo de restaurante popular.
Queda de braço
"E olha que ele é o vice-líder do governo. O problema é que a base vota sem, muitas vezes, nem saber o que está votando ou então deixa toda a discussão para a oposição fazer. É preciso amadurecimento político. Nós não podemos ficar nessa queda de braço", pontuou.
O vereador Guilherme Sampaio disse que o desconhecimento das propostas é comum e já escutou esse tipo de reclamação da base aliada nos bastidores da Casa. Já o vereador Didi Mangueira assegurou que o caso da praça na Granja Portugal foi algo isolado e não representa a rotina das mensagens que chegam à Câmara.
Evaldo Lima também negou as acusações da oposição de que a base aliada desconhece o teor das matérias do Executivo e lembrou que, no caso da Praça Portugal, a defesa do projeto não tem se concentrado apenas na liderança ou vice-liderança do prefeito na Câmara Municipal.

Um comentário:

  1. Subservientes, submissos e todos os subs que denotam covardia e corrupção.

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