09h38 | 09.01.2015
Marco Archer teve seu segundo pedido de clemência negado pelo presidente indonésio Joko Widodo; Governo avalia se algo ainda pode ser feito pelo brasileiro
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, condenado à pena de morte na Indonésia por tráfico de drogas, teve seu pedido de clemência negado pelo governo do país. Segundo as autoridades asiáticas ele será executado "muito em breve". Marco já havia solicitado o perdão presidencial em 2006 e teve o pedido atual negado no dia 31 de dezembro pelo presidente Joko Widodo.
Como a lei indonésia só aceita que os sentenciados à morte só façam dois pedidos do tipo, do ponto de vista legal, não há mais nada a ser feito para evitar a execução do brasileiro. Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, disse ao jornal Folha de S. Paulo que todos os procedimentos legais para executar Marco já foram cumpridos. Com uma data ainda não definida, Spontana disse que a execução de mais cinco pessoas deve ser feita no mesmo dia por fuzilamento e pode acontecer até o final de janeiro. "Ele está na lista dos próximos executados - e posso assegurar que o plano é executá-lo muito em breve", disse.
Dilma Rousseff já mandou carta pedindo a Widodo que não realize a execução. O Itamaraty afimou que não recebeu uma comunicação "oficial" até o momento. Segundo a Folha de S. Paulo, o gabinete de Dilma avalia se algo ainda pode ser feito pelo brasileiro. No entanto, o único meio para evitar o fuzilamento é através de pressão política.
O caso
Marco foi preso em 2003, após uma tentativa frustrada de entrar no aeroporto de Jacarta com 13,4kg de cocaína escondidos em tubos de asa delta. Ele ainda não sabe sobre a nova rejeição ao pedido de clemência e disse estar arrependido do crime.
Se a pena for realmente cumprida, ele será o primeiro ocidental executado na Indonésia. Além dele, outro brasileiro se encontra preso na Indonésia. Rodrigo Gularte está no mesmo presídio que Marco e ainda não teve seu segundo pedido de clemência respondido.
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