21.06.2014
Entre os anos de 2007 e 2011, a queda de renda foi duas vezes maior para os mais pobres do que para os mais ricos
São Paulo. As pessoas com menor renda perderam mais durante a crise econômica mundial ou ganharam menos durante a recuperação dos países. Estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) deste mês mostra que a renda dos 10% mais pobres caiu 1,6% por ano de 2007 a 2011 nos 33 países com dados disponíveis. "Dos 33 países analisados, os 10% mais ricos se saíram melhor do que os 10% mais pobres em 19 países", diz a pesquisa da organização internacional.
De acordo com a instituição, nesse intervalo, a queda de renda foi duas vezes maior para os mais pobres do que para os 10% mais ricos. Nas nações mais atingidas pela crise, como a Espanha, os dados apontam que os rendimentos dos 10% mais pobres caiu mais do que a da população mais rica em todos os anos, exceto em 2010. Além disso, em 2009, a renda dos 10% mais ricos cresceu no país. Na Grécia, a crise levou a uma mudança no padrão de ajuste do rendimento real em toda população, levando a um aumento gradual da distância entre as classes. Já a renda dos 10% mais pobres permaneceu estável na Alemanha, houve ligeira alta anual de 0,2% no Reino Unido e queda de 1,3% nos Estados Unidos nos quatro anos analisados.
Níveis de desigualdade
A pesquisa mostrou ainda que os maiores níveis de desigualdade foram registradas, em 2011, no México, Chile, Turquia e EUA. Já a Dinamarca, Eslovênia, Finlândia e República Tcheca são os países com mais igualdade de renda. Fora do núcleo de 33 países que integram a Organização, o Brasil não fez parte do levantamento, assim como outros emergentes como China e Rússia, que devem começar a fazer parte do banco de dados da organização.
Trabalho
Segundo a pesquisa, nos primeiros três meses deste ano, a remuneração salarial por trabalhador aumentou 0,3%, mas a produtividade do trabalho caiu 0,2%, registrando o primeiro recuo desde o quarto trimestre de 2012.
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