sábado, 14 de junho de 2014

Aos 91 anos, morre cantora Marlene, a rainha do rádio

Fonte: http://www.opovo.com.br/
14/06/2014
Segundo parentes, quadro de hemorragia nasal evoluiu para pneumonia e ela morreu de falência múltipla dos órgãos. Corpo será velado hoje

RICARDO STUCKERT/PR
Marlene teve como seu primeiro sucesso a música Coitadinho do Papai

Morreu ontem a cantora Marlene, 91, conhecida nas décadas de 1940 e 50 como a rainha do rádio e pela eterna rivalidade de seus fãs com outra estrela da Rádio Nacional, Emilinha Borba (1923-2005).

Marlene estava internada desde domingo, 8, na Casa de Saúde Portugal, no Rio Comprido, zona norte da cidade. De acordo com familiares, ela teria sofrido uma hemorragia nasal no domingo. O quadro evoluiu para pneumonia e ela morreu de falência múltipla dos órgãos.

O corpo da cantora será velado a partir das 8h deste sábado, 14, no Teatro João Caetano, na praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro. Ao longo de quase sete décadas de carreira, Marlene gravou perto de 4.000 músicas. Estreou aos 13, na rádio Bandeirantes de São Paulo e tornou-se profissional em 1940, na rádio Tupi. Trocou o nome verdadeiro, Victória Bonauitti de Martino, por Marlene, em homenagem a atriz alemã Marlene Dietrich.

Mudou-se para o Rio aos 18 e passou a apresentar-se no Cassino da Urca, na rádio Mayrink Veiga e no Golden Room do Copacabana Palace. No final dos anos 1940, Marlene e Emilinha dividiam o estrelato e os fãs. Se não chegavam a ser amigas, ao menos não se odiavam. Gravaram juntas Eu Já Vi Tudo, de Peterpan e Amadeu Veloso, e Casca de Arroz, de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, acompanhadas pela orquestra Tabajara.

Mas em 1949 a emissora decidiu eleger a rainha do rádio. Os fãs de Emilinha davam a eleição como certa. Perderam. Marlene era a garota-propaganda do guaraná Caçula, e para divulgar o produto, era importante que ela ganhasse. A rivalidade entre as duas tornou-se real e persiste entre os fãs. Marlene também trabalhou como atriz.

O ano de 1946 marcou ainda o lançamento de suas primeiras gravações, como os sambas Suingue no Morro e Ginga, Ginga, Moreno. Seu primeiro sucesso, porém, se deu no Carnaval de 1947, com “Coitadinho do Papai”. (da agência Folhapress)

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