22/06/2014
Especialistas listam boas práticas para ter altos índices de felicidade entre os funcionários da empresa. Ações coletivas estão entre as indicações
O que influencia o sentimento de felicidade no trabalho? Segundo o estudo do Ateliê de Pesquisa Organizacional, realizado pela FMCOM, empresa especializada em comunicação interna, o sentimento passa por dois pontos: o sentido e a importância da atividade profissional. Felipe Cortoni, sócio-diretor do Ateliê, detalha ser importante as pessoas terem um foco profissional com base em um sentido, um objetivo a ser seguido. São essas pessoas que se dizem felizes. No total, 79% dos profissionais brasileiros.
Ponto comum entre todos os entrevistados, o dinheiro aparece como um dos motivadores importantes - 78% dos que se consideram felizes definem que a remuneração é o principal motivo. Em seguida, vem o crescimento pessoal e profissional, com 45% e realização, com 44%. Estar empregado corresponde a 22% entre as razões pelas quais as pessoas se consideram felizes.
Conforme Madalena Medeiros, diretora executiva da Mobile Recursos Humanos, os profissionais trabalham buscando realização, reconhecimento e também uma remuneração justa.
“Benefícios e remuneração justos são fatores importantes para o sucesso de qualquer empresa que recruta e retém funcionários comprometidos”, destaca Madalena. Para ele, a relação com a chefia constitui também um fator de fundamental importância para a felicidade no trabalho. “Hoje muitas pessoas saem de seu trabalho descontentes com suas lideranças e não com a empresa”.
Madalena ressalta que cabe à liderança da organização estimular os funcionários e se preocupar em ter uma equipe que entenda a importância da execução das tarefas diárias. “Tem que treinar, desenvolver as competências das pessoas para que sejam mais produtivas e eficazes, cuidar da qualidade de vida dos funcionários. Entender e respeitar suas dificuldades, faz toda a diferença e traz bem-estar e felicidade no trabalho”, ensina a especialistas.
Outro propósito apontado pela diretora é a realização pessoal. “Para ser feliz no trabalho é preciso fazer o que se gosta, atuar na área em que tem competência, fazer algo que tenha habilidade, que desperte paixão. Só assim existirá a possibilidade de ser bom naquilo que faz, conquistar o respeito dos outros e ter o desejo de aprender mais e crescer profissionalmente”.
Via de mão dupla
Para o coordenador regional do Great Place To Work (GPTW), Raimundo Padilha, a felicidade profissional é uma variável entre empresa e funcionário. “Quando a empresa tem boas práticas e trabalha o clima organizacional o empregado reconhece é porque há um investimento alto nisso. A empresa retém e caça talentos. Isso é muito positivo. As empresas premiadas no GPTW, por exemplo, passam a ser cortejadas pelos profissionais no mercado”.
Madalena, da Mobile, acrescenta que os profissionais devem buscar suas realizações, mas a atuação da empresa vai impactar de maneira positiva ou não ao longo da carreira profissional. “Funcionários com um bom tempo de casa são relevantes para a empresa. Eles conhecem a empresa, sua história, seus valores, sua missão. A qualificação, a inovação independe de tempo de empresa, deve ser incentivada como estratégia de diferenciação e competitividade no cenário atual”, observa.
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