28.06.2014
Rio de Janeiro. A Comissão da Verdade do Rio considerou uma afronta à inteligência e à história do Brasil negar a existência de tortura e crimes dentro de instalações militares durante o regime militar.
O protesto foi formalizado ontem durante uma audiência da comissão regional, que apresentou um relatório parcial do primeiro ano de trabalho do grupo - que investiga os casos de violações aos direitos humanos durante o período da ditadura.
Criada em maio de 2013, a Comissão da Verdade do Rio criticou o documento divulgado pelas Forças Armadas no último dia 17 de junho.
"O ministro da Defesa, Celso Amorim, comunicou que não há registros de tortura a presos políticos em instalações militares entre as décadas de 60 e 80 do século passado. O ministério levou três meses para responder à solicitação da CNV, aguardando investigações realizadas pelos comandantes do Exército, da Marina e da Força Aérea. A resposta de que não houve 'desvio de finalidades' no interior das instalações militares, constituiu uma afronta à inteligência e à história do país". A Comissão da Verdade do Rio mencionou, como exemplo, dois atestados de óbito que comprovariam a morte de militantes.
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