domingo, 29 de junho de 2014

De acordo com nova teoria, o Universo não deveria existir

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/
O pesquisador Robert Hogan apresentou estudo que propõe que tudo deveria ter se desintegrado depois do Big Bang
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Há bilhões e bilhões de anos, tudo começou com o Big Bang (a Grande Explosão), mas, de acordo com um cientista, tudo poderia ter acabado por ali mesmo. Segundo uma nova teoria divulgada por Robert Hogan, o Universo não deveria existir. Assim mesmo: explodiu, acabou. Mas como isso poderia ter acontecido?
Conforme especificado no Live Science, o novo estudo sugere que a modelação de condições logo após o Big Bang mostra que o Universo deveria ter se desintegrado apenas microssegundos após o seu nascimento explosivo.
"Durante o início do Universo, esperávamos uma dilatação cósmica — uma rápida expansão do universal logo após o Big Bang. Essa expansão faria com que toda a matéria se agitasse ao redor, levando tudo a um novo espaço de energia, o que poderia fazer com que o Universo entrasse em colapso”, disse Hogan, que é doutorando em Física na King’s College em Londres.  
Pop SeriesComo assim?
Os físicos chegaram a essa conclusão a partir de um modelo que representa as propriedades da chamada “partícula de Deus”, o Bóson de Higgs, que poderia explicar como outras partículas obtêm a sua massa — traços de ondas gravitacionais formados na origem do Universo também se unem à conclusão.
Apesar da teoria, o cientista afirma que ela ainda não está totalmente esclarecida e explica que ele e sua equipe devem estender os estudos para elucidar por que o colapso do Universo não aconteceu.

Bang!

Uma possível explicação sustenta que, durante o flash de fogo após a explosão principal do Big Bang, a matéria correu a uma velocidade vertiginosa, em um processo conhecido como inflação (ou dilatação) cósmica. “Este curvado e aglutinado espaço-tempo criou ondas gravitacionais, que também retorceram a radiação que passou através do Universo”, disse Hogan.
Embora esses eventos tenham ocorrido há cerca de 13,8 bilhão de anos atrás, um telescópio no Polo Sul, conhecido como Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization (BICEP2), detectou recentemente os traços de inflação cósmica na radiação de micro-ondas que permeia o Universo. Em particular, com características de ondas torcidas e aneladas chamadas de padrão de modo-B.  
Discovery News
Além disso, um campo de energia onipresente, o chamado campo de Higgs, permeia o Universo e dá massa às partículas que circulam através do campo. Os cientistas descobriram o indício desse fenômeno em 2012, quando se descobriu o Bóson de Higgs; em seguida, eles determinaram a sua massa.
Com uma maior compreensão das propriedades da inflação cósmica e da massa do Bóson de Higgs, Hogan e seu colega, Malcolm Fairbairn, que também é um físico da King’s College, tentaram recriar as condições dessa expansão após o Big Bang.
De acordo com o Live Science, eles então encontraram que o Universo ‘recém-nascido’ deve ter experimentado uma tremulação intensa no campo de energia, conhecida como flutuação quântica. Essa agitação, por sua vez, poderia ter interrompido o campo de Higgs, movendo todo o sistema em um estado de energia muito menor que faria com que o colapso do Universo fosse inevitável.

Fatores escondidos

Então, se o universo não deveria existir, por que estamos aqui? De acordo com o pesquisador Robert Hogan: “A expectativa é que deve haver alguns novos fatores que nós não colocamos em nossas teorias ainda, porque ainda não somos capazes de descobri-los", disse. Segundo o cientista, uma das possibilidades mais cogitadas é aquela conhecida como a teoria da supersimetria.
Esta teoria propõe que existam partículas ‘superparceiras’ para todas as partículas conhecidas atualmente, e talvez aceleradores de partículas mais poderosos poderiam encontrar essas unidades, de acordo com Hogan.
Mas a teoria da inflação cósmica ainda é especulativa e alguns físicos sugerem que aquelas que pareciam ondas gravitacionais primordiais no telescópio BICEP2 possam, na verdade, ser sinais de poeira cósmica na galáxia, segundo relatou Sean Carroll — um físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia e autor de "A Partícula no Fim do Universo: Como a caça ao Bóson de Higgs Pode nos Levar ao Limite de um Novo Mundo”.
Carroll, que não estava envolvido nesse estudo, disse que, se os detalhes da inflação cósmica mudarem, então o modelo de Hogan e Fairbairn precisariam se adaptar. Caroll não esteve envolvido no estudo.
Curiosamente, esta não é a primeira vez que os físicos disseram que o efeito eufórico sobre o Bóson de Higgs poderia desgraçar o Universo. Muitos calcularam que a massa do Bóson levaria a um universo fundamentalmente instável, que poderia acabar de forma apocalíptica em bilhões de anos. Você pode conferir mais sobre essa outra teoria do apocalipse cósmico neste artigo do Mega Curioso.

Descobriram quem era o "Gollum" flagrado por turista chinês!

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/
Criatura estranha fotografada próximo a Pequim era um ator fantasiado como o personagem de um jogo
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No início desta semana, postamos aqui no Mega Curioso uma matéria sobre um chinês que estava acampando nos vales de Huairou — região próxima a Pequim — e que, ao sair para fazer xixi em uma moitinha, se deparou com uma criatura estranha que lembrava bastante o Gollum, famoso personagem de “O Senhor dos Anéis”. Antes de fugir correndo, o coitado conseguiu bater algumas fotos do suposto monstro, e a história caiu na internet.
Até o momento da publicação da nossa notícia, existiam informações de que atores aparentemente haviam estado filmando no local. E hoje o mistério sobre a criatura bizarra que apavorou o rapaz enquanto ele “regava” uns arbustos foi finalmente desvendado. De acordo com o The Telegraph, o ser flagrado pelo chinês realmente era um ator, mas ele não estava fantasiado de Gollum, e sim de Asura, um dos personagens do game “Guild Wars 2”.

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Segundo a publicação, o ator fazia parte de uma equipe que estava realizando uma sessão de fotos em Huairou que serão utilizadas para promover o jogo. A própria desenvolvedora do game, a ArenaNet, resolveu postar imagens dos bastidores — nas quais o ator aparece sendo maquiado e em pleno trabalho — para provar que não se trata de nenhuma criatura ameaçadora.
A ArenaNet também esclareceu que a equipe não estava gravando nenhum curta metragem de ficção científica, conforme havia sido informado anteriormente, mas unicamente material promocional. Agora, caro leitor, fica a dúvida se toda essa história — do flagra do chinês assustado até a explicação final — já não fazia parte de uma elaborada estratégia publicitária. Afinal, a notícia deu o que falar, não é mesmo? O que você acha?

10 fatos curiosos que talvez você nem imagine sobre os samurais

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/
Confira porque essa classe de guerreiros ainda causa tanto fascínio e marcou intensamente a História do Japão
Por  em 

Ícones históricos do Japão, os samurais (ou bushi) marcaram imensamente a História do país do sol nascente. Esses guerreiros nobres da era medieval e pré-moderna japonesa empunhavam as suas espadas em batalhas que disputavam, além de territórios e fortunas, a honra e a glória de sua estirpe e de seus senhores.
Sua existência teve início por volta do século 7 e, séculos mais tarde, tornou-se a classe militar no poder e o escalão mais alto casta social do Período Edo (1603-1867). Os guerreiros samurais empregavam uma variedade de armas como arcos e flechas, lanças, mas a sua principal arma e símbolo era a espada.
Sabe-se que esses indivíduos deveriam conduzir suas vidas de acordo com o código de ética do bushido ("o caminho do guerreiro"). Fortemente confucionista em sua natureza, o bushido enfatizava os conceitos como lealdade a seu mestre, autodisciplina, além de comportamento respeitoso e ético. Muitos samurais também foram atraídos para os ensinamentos e práticas do Zen Budismo.
Apesar de serem, por vezes, os combatentes ligados à honra de sua classe, eles também podiam ser mercenários sedentos de ouro, piratas, viajantes exploradores, cristãos, políticos, assassinos ou simples camponeses. Confira abaixo mais 10 fatos curiosos sobre essa classe guerreira japonesa.

10 – Samurai não era só de elite

List Verse
Apesar de pensar dos samurais como uma força de combate de elite, a maioria do exército de Japão eram soldados de infantaria chamados ashigaru. Esses indivíduos começavam de baixo, sendo arrancados do trabalho em campos de arroz, mas os senhores de terra (chamados daimyo) perceberam a capacidade deles, passaram a treiná-los para a luta.
O Japão antigo tinha três tipos de guerreiros, os samurais, os ashigaru e os ji-samurai. Esses últimos eram samurais em tempo parcial, trabalhando como agricultores no resto do ano. Mas eles podiam “subir de cargo”. Dessa forma, quando os ji-samurai assumiam o posto de samurai em tempo integral, eles se juntavam aos ashigaru,mas não eram tão respeitados quanto os verdadeiros samurais.
Em algumas áreas, as duas classes mal podiam ser diferenciadas entre elas. Mas, o serviço militar como um ashigaru era o único caminho para subir escada social feudal do Japão, culminando quando Toyotomi Hideyoshi, o filho de um ashigaru, passou a se tornar o governante preeminente do Japão.

9 – Samurais cristãos

A chegada dos missionários jesuítas no sul do Japão levou alguns senhores da classe daimyo a se converter ao cristianismo. A conversão desses indivíduos, talvez, tenha sido mais prática do que propriamente religiosa, pois os laços com o cristianismo significava se beneficiar de tecnologia militar europeia.
Tanto que o daimyo cristão Arima Harunobu utilizou canhões europeus contra seus inimigos na batalha de Okita-Nawate. Como Arima se converteu, um missionário jesuíta estava presente na batalha, ajoelhando e recitando orações antes de cada disparo de canhão.
Ser um cristão também impediu o daimyo Dom Justo Takayama de atuar como qualquer outro guerreiro samurai durante o seu reinado. Quando o Japão expulsou os missionários e forçaram os cristãos japoneses a renunciar essa religião, Takayama preferiu fugir do Japão com 300 fiéis, em vez de renunciar à sua fé. Takayama está atualmente considerado para a santidade católica.

8 – Exibição de cabeças cortadas

Para um samurai, a cabeça de um inimigo era a prova de um dever cumprido. Depois de uma batalha, as cabeças de seus rivais mortos eram coletadas e apresentadas aos senhores daimyo, que desfrutavam de uma cerimônia muito relaxante de visualização de cabeças para celebrar suas vitórias. As cabeças eram ainda lavadas, tinham os cabelos penteados e dentes escurecidos, o que era um sinal de nobreza. Cada cabeça era então disposta em um pequeno suporte de madeira e etiquetada com os nomes da vítima e do assassino.
Se não houvesse tempo, uma cerimônia apressada poderia ser organizada sobre folhas de certas plantas para absorver o sangue das vítimas. No entanto, certa vez, o feitiço virou contra o feiticeiro e um daimyo perdeu a sua própria cabeça em uma dessas cerimônias. Depois de tomar duas fortalezas de Oda Nobunaga, o daimyoImagawa Yoshimoto interrompeu sua marcha para uma cerimônia de visualização de cabeças com direito a performance musical.
Infelizmente, para Yoshimoto, outra parte restante do exército Nobunaga avançou para um ataque surpresa, quando as cabeças de seus colegas estavam sendo preparadas. Eles atacaram e conseguiram a cabeça Yoshimoto, que depois se tornou a peça central para a cerimônia que ele havia preparado para o seu próprio inimigo.
Nessa de cortar a cabeça dos outros para exibição, existiam alguns samurais espertinhos que tentavam enganar seus senhores daimyo. Alguns diziam que a cabeça de um soldado comum de infantaria era a de um grande guerreiro e esperava que ninguém percebesse a diferença.
E com uma cabeça caçada, muitos pegavam uma recompensa e abandonavam as batalhas. Isso então acabou se tornando um problema e alguns daimyos passaram a proibir a prática para seus homens se concentrarem apenas na vitória, em vez de serem pagos por cabeças.

7 – Recuo em batalhas

Muitos samurais eram ansiosos para lutar até a morte, em vez de enfrentar a desonra. Os daimyos, no entanto, sabiam que as boas táticas militares incluíam a retirada dos exércitos em algumas ocasiões. Recuos táticos eram tão comuns no Japão antigo como em qualquer outro lugar, especialmente quando o daimyo estava em perigo.
Além de ser um dos primeiros clãs samurais a usar armas de fogo, o clã Shimazudo sul do Japão era famoso por seu uso de forças que faziam um tipo de emboscada usando como chamariz uma falsa retirada para atrair seus inimigos em uma posição vulnerável.
Ao recuar, o samurai usava uma capa meio inflada chamada de horo, que desviava flechas enquanto ele fugia a cavalo. O horo inflado como um balão e seu isolamento de proteção protegia o cavalo também.

6 – Exibiam suas “linhagens”

Nas primeiras épocas da era dos guerreiros japoneses, por volta do século 10, os samurais espalhavam discursos narrando genealogias dos combatentes em batalhas. Mais tarde, as invasões mongóis e incorporação das classes mais baixas na guerra fizeram com que a proclamação de linhagem de um samurai em combate fosse impraticável.
Mas, ainda querendo manter a sua honra, alguns guerreiros começaram a usar bandeiras em suas costas que detalhavam o seu “pedigree”. No entanto, uma vez que os adversários provavelmente não estavam interessados na leitura de histórias de família, no calor da batalha, a prática nunca pegou.
Durante o século 16, os guerreiros sashimono adotaram padronagens menores de bandeiras utilizadas ??nas costas para exibir sua identidade. Muitos foram mais longe e marcavam as suas identidades com capacetes elaborados com chifres de búfalo e penas de pavão para atrair um adversário digno, cuja derrota iria proporcionar-lhes honra e riqueza.

5 – Samurais piratas

Perto do início do século 13, uma invasão mongol puxou o exército coreano para longe de sua costa. Uma colheita ruim também havia deixado o Japão com pouca comida e com sua capital distante do leste, os ronin desempregados do oeste de repente se viram na necessidade de dinheiro e com pouca supervisão, abrindo espaço para a ilegalidade.
Os ronin eram soldados que não seguiam um daimyo. Com as condições acima acontecendo, elas deram início a uma era de pirataria asiática cujos líderes eram samurais. Chamados de wokou, os piratas fizeram tantos estragos que eles foram responsáveis por muitas disputas internacionais entre China, Coréia e Japão.
Embora tivessem incluído um número crescente de outras nacionalidades com o passar do tempo, os primeiros ataques foram realizados principalmente pelos japoneses.

4 – Ritual suicida era desencorajado pelos daimyo

seppuku, o ritual suicida dos samurais, era a maneira que eles acreditavam preservar sua honra em face de uma derrota tida como certa. Quando cercado por inimigos querendo a sua cabeça, o samurai não tinha muito mais a perder a não ser derramar o seu próprio sangue de suas entranhas em um ato final de suicídio — geralmente feito enterrando um facão ou espada no abdômen.
No entanto, os senhores daimyo estavam mais preocupados com a manutenção de seus exércitos. Os mais famosos exemplos históricos de suicídio em massa ofuscaram a simples verdade de que eles simplesmente não fizeram sentido desperdiçando bons talentos.

3 – Samurais tipo exportação

Enquanto um samurai empregado raramente saía do território de seu daimyo, exceto para invadir a terra de outros, muitos soldados ronin encontraram fortuna no exterior. Entre as primeiras nações estrangeiras a empregar samurais, estava a Espanha. Em um plano para conquistar a China para o cristianismo, líderes espanhóis nas Filipinas recrutaram milhares de samurais para uma força de invasão multinacional.
A invasão nunca saiu do papel por falta de apoio da coroa espanhola, mas outros mercenários samurais foram empregados com frequência sob a bandeira espanhola. Samurais afortunados se destacaram especialmente na Tailândia antiga, onde um grupo japonês de cerca de 1,5 mil guerreiros ajudaram nas campanhas militares. A colônia consistia principalmente de ronin, que buscavam fortuna no exterior, e cristãos fugindo do xogunato.

2 – A decadência

Depois que o Japão foi unificado, samurais que foram ganhar a vida fora em intermináveis ??guerras civis encontraram-se sem nada para lutar em seu próprio país. Sem guerra significava sem cabeças. E nenhuma cabeça significava nenhum dinheiro, e os poucos afortunados entre milhares de samurais do Japão que mantiveram seus empregos estavam agora trabalhando para daimyos que estavam pagando-os com arroz.
Por lei, os samurais foram proibidos de se sustentarem. O comércio e a agricultura foram considerados trabalho camponês, que geravam ao samurai apenas um salário fixo de arroz em uma economia em rápida monetização.
Um punhado de arroz passou a ser negociado como moeda real para os samurais e muitos conseguiram tirar proveito disso tomando um posto de “agiota”. Dessa forma, durante o período Edo, muitos samurais caíram em um buraco negro de dívida com os credores.

1 – O fim da era da classe guerreira

Por aproximadamente os últimos 250 anos de sua existência, os samurais foram lentamente se transformando em poetas, acadêmicos e burocratas. O Hagakure, possivelmente o maior livro sobre como ser um samurai, trazia as histórias de um samurai que viveu e morreu sem participar de uma única guerra.
Ainda assim, o samurai permaneceu como classe guerreira do Japão e, apesar da paz vigente, alguns dos melhores espadachins do Japão vieram do período Edo. Aqueles samurais que não caíram no esquecimento, negociando sua katana(espada) por uma caneta, treinaram diligentemente em esgrima, lutando em duelos para ganhar fama suficiente para abrir suas próprias escolas de luta.
O livro mais famoso sobre a guerra japonesa, O Livro dos Cinco Anéis, veio a partir deste período. O autor, Miyamoto Musashi, foi considerado um dos maiores espadachins do Japão, participando de dois das poucas grandes batalhas da época, bem como inúmeros duelos. Enquanto isso, aqueles samurais que tinham entrado na arena política cresceram no poder.
Eventualmente, esses cresceram forte o suficiente para desafiar o shogunato, conseguindo derrubá-lo e lutando em nome do imperador. Tendo derrubado o governo e instalado o imperador como uma representante, esses ex-samurais tinham efetivamente assumido o controle do Japão.
O movimento, junto com inúmeros outros fatores, levou ao início da modernização do Japão. Infelizmente para os samurais restantes, a modernização incluiu um exército de recrutas de estilo ocidental que enfraqueceu drasticamente a classe guerreira.
Em 1868, a Restauração Meiji assinalou o começo do fim para o samurai. O sistema Meiji de monarquia constitucional incluiu tais reformas democráticas como os limites de mandato para cargos públicos e votação popular. Com o apoio do público, o Imperador Meiji acabou com o samurai, reduziu o poder do daimyo e mudou o nome da capital de Edo para Tóquio.
As crescentes frustrações dos samurais finalmente culminaram na Rebelião de Satsuma, muito vagamente descrita em O Último Samurai. Embora a real rebelião tenha parecido muito diferente de como foi retratada por Hollywood, pode-se argumentar que samurai, fiel ao seu espírito guerreiro, saiu de cena em um momento de glória.

TESTE DA LINGUINHA Exame será obrigatório para recém-nascidos

Fonte: http://www.opovo.com.br/
29/06/2014

Hospitais e maternidades serão obrigados a fazer o teste da linguinha em recém-nascidos. O procedimento serve para detectar se a criança tem o problema comumente chamado de língua presa. Para a presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Irena Marchesan, é uma conduta simples que pode fazer a diferença na vida da criança.

O frênulo da língua é uma membrana que liga a língua à parte inferior da boca. Todos têm a membrana, mas em alguns casos é maior do que o normal, o que popularmente é conhecido como língua presa.

A Lei 13.002, que torna obrigatório o teste da linguinha, foi publicada nesta semana e entra em vigor 180 dias após a publicação.

De acordo com Irene Marchesan, a avaliação é importante porque pode detectar se existe algo fora do normal, o que possibilita fazer o procedimento para cortar a membrana antes que ela dificulte a vida da criança.

“O primeiro problema de ter o frênulo preso é que a criança vai ter dificuldade ao mamar, podendo deixar o peito precocemente. Segundo, é no desenvolvimento da criança, que pode ficar com a fala alterada e com dificuldades para mastigar”, explicou Irene.

A fonoaudióloga diz que os efeitos do procedimento para acabar com a língua presa não são os mesmos quando a criança é maiorzinha, por isso a importância de fazer no recém-nascido. Segundo ela, o procedimento é simples, e alguns pediatras fazem na hora que a criança nasce, antes de entregá-la à mãe.

Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, na rede pública geralmente são os pediatras que fazem os testes obrigatórios logo após o nascimento das crianças, e serão eles os responsáveis pelo teste da linguinha. O SUS paga o procedimento para corrigir o problema para pessoas de todas as idades.

144 mulheres assassinadas no Ceará

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
29.06.2014
Os crimes contra vítimas do sexo feminino ocorreram nos seis primeiros meses deste ano em todo o Estado

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A comerciante Daniela de Paula Moreira, 33, foi assassinada, no último dia 14 de maio, em frente a uma escola particular, em Messejana
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Somente até maio deste ano, 1.992 pessoas foram vítimas de crimes como homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte, no Ceará. Dentre elas, estão 144 mulheres, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Os crimes que, geralmente, acometem mulheres estão ligados a questões passionais ou ao tráfico de drogas, segundo a Polícia.
A maioria dos casos ainda são motivados por violentas emoções, mas cresce o número de assassinatos em que a vida das vítimas valeram três ou quatro pedras de crack. Na última terça-feira, uma médica chamada Elisabete Bernardes foi morta a tiros pelo ex-companheiro, Onofre Ribeiro, que não se conformava com o fim do relacionamento. Após dar um tiro no peito da professora de uma faculdade de medicina da Cariri, Ribeiro se suicidou com um tiro na boca.
O caso ocorrido no bairro Salesianos, em Juazeiro do Norte, chocou a sociedade. Muitas demonstrações de indiganção dos alunos, colegas de trabalho e amigos de Elizabete foram presenciadas durante o velório e sepultamento dela. Para a professora Jânia Perla Aquino, do laboratório de Estudo da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), os crimes que envolvem mulheres são complexos e contraditórios, principalmente, porque acontecem em todos os setores da sociedade.
"Muitas vezes, a sociedade não consegue conceber que uma pessoa de nível intelectual elevado seja vítima ou cometa um crime. As pessoas se chocam ao saber de casos como o desta médica. No entanto, infelizmente, não é raro que o machismo e a busca pela submissão feminina demonstre que continuamos sendo o elo mais frágil das ligações entre gêneros", afirmou a estudiosa.
Para Jânia Aquino, assim como aconteceu em todos os setores da sociedade, a ascensão feminina também se deu no mundo do crime e por isto o tráfico tem sido outro forte motivador de assassinatos. "O consumo de drogas aumentou muito entre as mulheres. Isto as deixa mais suscetíveis a se envolverem também, com a negociação dos entorpecentes. Como presidem empresas e chefiam grandes organizações, algumas mulheres conseguiram chegar ao topo do mundo do tráfico. Mas até nisto, existe o machismo e elas são mais vulneráveis. A dona-de casa, a empresária bem-sucedida, ou a 'mula' do tráfico estão inseridas num contexto social de relações, em que alguns homens querem dominar a qualquer custo".
Eliminada
O exemplo de Daniela de Paula Moreira, 33, pode ilustrar a fala da professora. Ela foi assassinada, no último dia 14 de maio, em frente a uma escola particular, situada na Rua Professor José Henrique, no bairro Messejana. Segundo a Polícia, ela teria ido pegar a filha, após as aulas, quando foi abordada por dois rapazes que ocupavam um ciclomotor.
Eles efetuaram vários disparos e fugiram, em seguida. A 'cinquentinha' foi abandonada alguns metros depois de onde o fato aconteceu e os atiradores seguiram a pé e nunca foram presos. Daniela foi atingida por três tiros na cabeça e sua filha, de apenas cinco anos, foi lesionada na mão. Na tentativa de proteger a mãe, a menina teria colocado as mãos na linha de tiro para impedir que as balas chegassem até ela, segundo a equipe da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) que esteve no local.
Segundo as autoridades policiais que apuraram o caso, não há solução, até agora. A motivação e os suspeitos não formam identificados, embora já existam algumas linhas de investigação. O inquérito sobre o crime foi aberto na delegacia da área, o 6ºDP (Messejana), que na época era comandada pelo delegado Antunes Teixeira. Porém, Teixeira se aposentou e a delegada Ana Cristina, que assumiu a delegacia, informou a reportagem, que o procedimento foi enviado para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já que permanece com a autoria desconhecida.
Partilha
A reportagem entrou em contato com amigos e conhecidos da vítima, que corroboram uma das versões que a DHPP apura. Eles disseram que a família de Daniela prefere não se manifestar sobre o assunto, porque ela teria sido eliminada por conta de uma partilha de bens.
"Desde o dia em que a Daniela morreu achamos aquilo muito estranho os boatos que se espalharam. Durante o velório, percebemos que existia uma dor muito grande e um lamento por parte da família, mas não havia indignação. De certa forma, era como se eles soubessem que alguém poderia fazer aquilo com ela", declarou um deles.
O rapaz disse que os rumores no bairro deram conta de muitas versões para os fatos, mas aos poucos as coisas foram ficando claras. "São muitos os elementos que nos levam a crer que aquilo não foi um problema de Segurança Pública, foi uma briga que se complicou demais".
O diretor-adjunto da DHPP, Ricardo Romagnoli disse que é possível que a desconfiança da comunidade se confirme, mas até agora nada de conclusivo pode ser afirmado. "O inquérito está na DHPP e estamos dando prosseguimento as investigações. Conhecemos esta hipótese e é possível sim, que ela tenha sido morta por conta de uma divisão de bens", disse.
A filha de Daniela Moreira colocou uma peça de platina no dedo mínimo lesionado pela bala. Ela e a irmã, de cinco meses, moram atualmente, com a avó materna, a quem já chamam de mãe. Ela mudou de colégio.

Luis Cruz morre na Capital

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
29.06.2014

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Morreu, na madrugada deste sábado (28), o presidente da Biblioteca Circulante, Raimundo Luiz Cruz, de 76 anos, ou simplesmente Luiz Cruz, como ficou conhecido pelas participações em programas de TV locais. Ele estava internado no Hospital Geral César Cals em decorrência de uma hérnia inguinal. Luiz Cruz fez uma operação em novembro de 2013, e, nos minutos finais da cirurgia, teve um ataque cardíaco. Desde então, Luiz Cruz está desacordado. Conforme familiares, ele passou os últimos 7 meses sem reações.

sábado, 28 de junho de 2014

Renascimento - História do Renascimento

Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/

Renascimento, período da história européia caracterizado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte. O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI.
A fragmentada sociedade feudal da Idade Média transformou-se em uma sociedade dominada, progressivamente, por instituições políticas centralizadas, com uma economia urbana e mercantil, em que floresceu o mecenato da educação, das artes e da música.
O termo “Renascimento” foi empregado pela primeira vez em 1855, pelo históriador francês Jules Michelet, para referir-se ao “descobrimento do Mundo e do homem” no século XVI. O historiador suíço Jakob Burckhardt ampliou este conceito em sua obra A civilização do renascimento italiano (1860), definindo essa época como o renascimento da humanidade e da consciência moderna, após um longo período de decadência.
O Renascimento italiano foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII.
Uma das mais significativas rupturas renascentistas com as tradições medievais verifica-se no campo da história. A visão renascentista da história possuía três partes: a Antigüidade, a Idade Média e a Idade de Ouro ou Renascimento, que estava começando.
A idéia renascentista do humanismo pressupunha uma outra ruptura cultural com a tradição medieval. Redescobriram-se os Diálogos de Platão, os textos históricos de Heródoto e Tucídides e as obras dos dramaturgos e poetas gregos. O estudo da literatura antiga, da história e da filosofia moral tinha por objetivo criar seres humanos livres e civilizados, pessoas de requinte e julgamento, cidadãos, mais que apenas sacerdotes e monges.
Os estudos humanísticos e as grandes conquistas artísticas da época foram fomentadas e apoiadas economicamente por grandes famílias como os Medici, em Florença; os Este, em Ferrara; os Sforza, em Milão; os Gonzaga, em Mântua; os duques de Urbino; os Dogos, em Veneza; e o Papado, em Roma.
No campo das belas-artes, a ruptura definitiva com a tradição medieval teve lugar em Florença, por volta de 1420, quando a arte renascentista alcançou o conceito científico da perspectiva linear, que possibilitou a representação tridimensional do espaço, de forma convincente, numa superfície plana.
Os ideais renascentistas de harmonia e proporção conheceram o apogeu nas obras de Rafael, Leonardo da Vinci e Michelangelo, durante o século XVI.
Houve também progressos na medicina e anatomia, especialmente após a tradução, nos séculos XV e XVI, de inúmeros trabalhos de Hipócrates e Galeno. Entre os avanços realizados, destacam-se a inovadora astronomia de Nicolau Copérnico, Tycho Brahe e Johannes Kepler. A geografia se transformou graças aos conhecimentos empíricos adquiridos através das explorações e dos descobrimentos de novos continentes e pelas primeiras traduções das obras de Ptolomeu e Estrabão.
No campo da tecnologia, a invenção da imprensa, no século XV, revolucionou a difusão dos conhecimentos e o uso da pólvora transformou as táticas militares, entre os anos de 1450 e 1550.
No campo do direito, procurou-se substituir o abstrato método dialético dos juristas medievais por uma interpretação filológica e histórica das fontes do direito romano. Os renascentistas afirmaram que a missão central do governante era manter a segurança e a paz. Maquiavel sustentava que a virtú (a força criativa) do governante era a chave para a manutenção da sua posição e o bem-estar dos súditos.
O clero renascentista ajustou seu comportamento à ética e aos costumes de uma sociedade laica. As atividades dos papas, cardeais e bispos somente se diferenciavam das usuais entre os mercadores e políticos da época. Ao mesmo tempo, a cristandade manteve-se como um elemento vital e essencial da cultura renascentista. A aproximação humanista com a teologia e as Escrituras é observada tanto no poeta italiano Petrarca como no holandês Erasmo de Rotterdam, fato que gerou um poderoso impacto entre os católicos e protestantes.
Galileu
O físico e astrônomo italiano Galileu afirmava que a Terra girava ao redor do Sol, contra as crenças da Igreja Católica, segundo a qual a Terra era o centro do Universo. Negou-se a retratar-se, apesar das ordens de Roma, e foi sentenciado à prisão perpétua.
O político e banqueiro italiano Lourenço de Medici (1449-1492) foi um influente mecenas das humanidades durante o Renascimento. A família Medici governou Florença, desde meados do século XV até 1737, dominando a vida política, social e cultural da cidade. O próprio Lourenço foi poeta, construiu bibliotecas em Florença e patrocinou artistas e literatos, tais como o pintor Michelangelo e o poeta e humanista Angelo Poliziano.

Decon recomenda à Fifa que proíba garrafas de vidro no Castelão

Fonte: http://www.opovo.com.br/
27/06/2014 - 17h17 
Órgão disse que orientação é para evitar riscos aos consumidores ou terceiros que estiverem no estádio, para os jogos da Copa

O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon) enviou uma recomendação à Fédération Internationale de Football Association (Fifa) para que a mesma proíba a comercialização e a entrada de torcedores com garrafas de vidro na Arena Castelão, durante os jogos da Copa do Mundo 2014. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 27.

Segundo o Decon, a orientação é que a organização da Fifa adote todas as medidas necessárias para proibir o uso de garrafas de vidro, independente do seu conteúdo, dentro do estádio. Assinado pela secretária-executiva do Decon, Ann Celly Sampaio, o documento inclui que o dono da garrafa de vidro deve ter o produto apreendido e inutilizado, além de ter que ser retirado do local. 

Para isso, foi recomendado ainda a disponibilização de copos descartáveis ou outros recipientes que possibilitem o consumo dos produtos. “A iniciativa busca afastar os riscos que possam ofender a incolumidade dos consumidores ou terceiros”, completou o órgão, através de nota.

Redação O POVO Online com informações do Decon

Começa hoje prazo para matrícula da segunda chamada do Sisu

Fonte: http://www.opovo.com.br/
27/06/2014 - 08h34
O candidato selecionado deverá verificar, na instituição de ensino em que foi aprovado, o local, horário e os procedimentos necessários

Começa nesta sexta-feira, 27, o prazo de matrícula para a segunda chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que vai até 2 de julho. O resultado da segunda chamada está disponível no site do Sisu. Os candidatos que não foram selecionados podem participar da lista de espera.

O candidato selecionado deverá verificar, na instituição de ensino em que foi aprovado, o local, horário e os procedimentos necessários. As instituições não receberão matrículas no fim de semana. Caso não cumpra o prazo, o candidato perde a vaga. 

Aqueles que não foram selecionados em nenhuma das chamadas poderão acessar o boletim pessoal no site do Sisu e clicar no botão que confirma o interesse em participar da lista de espera. Também podem integrar a lista os candidatos que foram selecionados na segunda opção de curso, mesmo os que já fizeram a matrícula.

A lista de espera é apenas para a primeira opção feita na hora da inscrição. O prazo de adesão vai até 7 de julho. Os candidatos serão convocados pelas instituições a partir do dia 14 do mês que vem.

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC) no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A seleção tem duas edições a cada ano.

Puderam participar desta edição aqueles que fizeram o Enem 2013 e não tiraram 0 na redação. Segundo o MEC, 1.214.259 candidatos se inscreveram. Foram ofertadas 51.412 vagas em 1.447 cursos de 67 instituições de educação superior federais e estaduais.
Agência Brasil

NEGAÇÃO DE CRIMES Comissão critica ministro Amorim

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
28.06.2014

sa
Para a CNV, a resposta de Amorim de que não houve 'desvio de finalidades' nas instalações militares, constituiu uma afronta à história do País
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Rio de Janeiro. A Comissão da Verdade do Rio considerou uma afronta à inteligência e à história do Brasil negar a existência de tortura e crimes dentro de instalações militares durante o regime militar.
O protesto foi formalizado ontem durante uma audiência da comissão regional, que apresentou um relatório parcial do primeiro ano de trabalho do grupo - que investiga os casos de violações aos direitos humanos durante o período da ditadura.
Criada em maio de 2013, a Comissão da Verdade do Rio criticou o documento divulgado pelas Forças Armadas no último dia 17 de junho.
"O ministro da Defesa, Celso Amorim, comunicou que não há registros de tortura a presos políticos em instalações militares entre as décadas de 60 e 80 do século passado. O ministério levou três meses para responder à solicitação da CNV, aguardando investigações realizadas pelos comandantes do Exército, da Marina e da Força Aérea. A resposta de que não houve 'desvio de finalidades' no interior das instalações militares, constituiu uma afronta à inteligência e à história do país". A Comissão da Verdade do Rio mencionou, como exemplo, dois atestados de óbito que comprovariam a morte de militantes.

CARTEIRAS DE ESTUDANTE Prazo é estendido mais uma vez

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
28.06.2014

carteira de estudante
Esta é a terceira vez que o prazo de funcionamento das carteiras de estudante, que ainda são de 2012/2013, é prorrogado
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Na véspera do prazo em que deveria começar a valer as novas carteiras de estudante (30 de junho) e o Bilhete Único, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) anuncia que vai, mais uma vez, prorrogar o prazo. Desta vez, por tempo indeterminado. O órgão, entretanto, assegura que estudantes e usuários do transporte público poderão continuar utilizando a carteira estudantil e o Bilhete Único, sem risco de bloqueio.
Essa é a terceira vez que a Prefeitura prorroga o prazo de início de funcionamento das carteiras estudantis, que ainda são do processo 2012/2013. Inicialmente, o prazo anunciado foi 31 de maio. Em seguida, 30 de junho. E agora, sem prazo para serem entregues. A estudante da pós-graduação Shalana Holanda Varela, 24, reclama da demora e denuncia que os estudantes estão sendo prejudicados.
"O processo sempre foi lento, quase todos os anos atrasa, mas dessa vez está batendo recorde. Está atrasado há mais de um ano. A Prefeitura fica só revalidando e adiando ainda mais o prazo de entrega das carteiras", protesta. Ela acrescenta que a carteira não serve apenas para o transporte público, mas também para a meia cultural, o que é um direito dos estudantes. "A gente sabe que vários estão sendo prejudicados", ressalta.
A reportagem tentou contactar a assessoria de imprensa da Etufor para saber o que teria motivado mais essa prorrogação do prazo, mas as ligações não foram atendidas e nem retornadas. Até 25 de maio deste ano, 164 mil estudantes ainda estavam com algum tipo de pendência no órgão. Destes, 112 mil por não terem realizado a biometria.
Protestos
A Prefeitura prorrogou o prazo de validade das carteiras estudantis após uma série de protestos dos estudantes em terminais de ônibus de Fortaleza. Mesmo sem todas terem sido entregues, em 1º de maio as novas carteiras estudantis começaram a vigorar, gerando revolta nos estudantes que não tinham condições de pagar inteira. Devido à forte repressão policial, muitas manifestações terminaram em confronto com os militares.

'Lei da Palmada' entra em vigor

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28.06.2014
Após mais de dois anos de tramitação e de ser rebatizada de "Menino Bernardo", a legislação passa a valer

lei da palmada
Caberá ao Conselho Tutelar analisar os casos e definir as medidas de punição. O objetivo é coibir maus-tratos e violência aos filhos
FOTO: JOÃO LUÍS
Brasília. Crianças e adolescentes passaram a ter, ontem, uma série de novos direitos, garantidos com a publicação no Diário Oficial da União (DOU) da chamada "Lei da Palmada", também intitulada lei "menino Bernardo", em homenagem ao garoto Bernardo Boldrini, assassinado no Rio Grande do Sul.
Por meio de alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a legislação busca coibir maus-tratos e violência contra menores ao determinar que pais não podem impor castigos que resultem em sofrimento ou lesões ais filhos.
Além das punições já previstas pelo Código Penal, o projeto determina que os responsáveis pela criança ou adolescente que adotem condutas violentas sejam encaminhados para programas de proteção à família, tratamentos psicológicos ou psiquiátricos, e a cursos de orientação. Também há previsão de receberem advertência legal.
Caberá ao Conselho Tutelar analisar os casos e definir as medidas de punição, assim como encaminhar as crianças a tratamentos especializados.
Após mais de dois anos de tramitação no Congresso, a proposta foi aprovada no início do mês no Senado, sob forte articulação do governo. A ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, com o aval do Palácio do Planalto, e o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) chegaram a prometer veto ao termo "sofrimento físico".
A mudança ocorreu na redação da proposta, acatando sugestão da senadora Ana Amélia (PT-ES), que apresentou uma emenda colocando a redação em tópicos. Dessa forma, reduz-se a possibilidade da presidente vetar apenas o termo polêmico, sem alterar o teor, mantendo castigos físicos que resultem em lesão como crime.
Veto parcial
Apesar dos acordos costurados no Congresso, a presidente não vetou o trecho que gerava insatisfação na bancada evangélica. Ela retirou da legislação, contudo, a parte que determina punição, com multa, de profissionais da saúde, educação ou assistência social que se omitirem de casos suspeitos ou confirmados de maus tratos, deixando de comunicá-los às autoridades.
Em sua forma original, o texto determinava aplicação de 3 a 20 salários-mínimos neste caso. O veto ainda pode ser derrubado pelo Congresso. Tanto na votação no Senado, quanto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a apresentadora Xuxa Meneghel esteve presente, o que foi considerado determinante pela base governista.

Vilas olímpicas sofrem com falta de estrutura

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
28.06.2014
Longe dos legados da Copa, espaços dedicados ao esporte estão deteriorados e esvaziados

vila olímpica
Na Vila Olímpica de Messejana, a piscina está interditada por problemas técnicos e a quadra e o campo de futebol precisam de manutenção. O espaço conta com três projetos fixos: Segundo Tempo, Feliz Idade e aulas de capoeira
FOTOS: FABIANE DE PAULA
Centro de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH)
O Centro de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) do bairro José Walter, mesmo com edificações danificadas, recebe atividades do Programa Segundo Tempo
Mês de férias e de Copa do Mundo. Nos espaços criados para atividades esportivas e lazer, em Fortaleza, o silêncio toma conta em boa parte do dia. Operando com escassas atividades e pequenos públicos, esses equipamentos - a exemplo das Vilas Olímpicas ou dos Centros de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) - estão longe de testemunharem os legados do Mundial. A maioria opera com estruturas deterioradas ou desativadas. Entre as atividades recreativas, trabalhos voluntários, programas federais e poucas iniciativas ministradas pelos próprios espaços.
Entre os benefícios propostos pela Copa do Mundo em Fortaleza, apenas uma obra contempla a esfera do atendimento à comunidade, no que diz respeito a incentivos e desenvolvimento do esporte: o Centro de Formação Olímpica. O prédio é erguido em frente ao palco do Mundial, cuja entrega foi estimada para o fim do ano. Conforme o Portal Brasil, site do governo federal, o complexo recebeu investimento de R$ 226,8 milhões e terá 26 modalidades esportivas.
Enquanto a bola rola nos estádios, as vilas olímpicas, equipamentos de responsabilidade da Secretaria de Esporte e Lazer do Município de Fortaleza, encontram-se esvaziadas. Em Messejana, a calmaria é interrompida por atividades pontuais. Conforme a coordenadora das vilas olímpicas, Alyne Morais, o espaço conta com três projetos fixos: "Segundo Tempo", programa do Ministério do Esporte que trabalha com modalidades coletivas (futsal, vôlei, basquete), por três vezes na semana; Projeto Feliz Idade, que oferece ginástica para um grupo da terceira idade, duas vezes na semana; além de aulas voluntárias de capoeira, duas vezes por semana, oferecidas pelos grupos locais. As outras três vilas de Fortaleza e uma em São Gonçalo do Amarante funcionam com as mesmas atividades, com exceção do Projeto Fez Idade.
Naquele perímetro, a estrutura é antiga e nunca passou por grandes reformas. A piscina está interditada por problemas técnicos, a quadra necessita de manutenção, assim como o campo de futebol. Segundo assessoria de imprensa, os custos de manutenção para todas as vilas são de aproximadamente R$ 3 milhões. Ao chegar ao local, a reportagem observou a saída de um grupo de cerca de dez crianças, junto de dois professores do Projeto Segundo Tempo. O espaço conta com apenas um funcionário próprio, o segurança. No interior, uma equipe de limpeza aparava a grama alta do campo de futebol. Conforme Alyne, o serviço é feito a cada 15 dias.
Para o presidente da Associação de Pais de Alunos de Escolas Públicas, Eliu Bento de Souza, a linha de atuação está esquecida pelo poder público. Segundo ele, a entidade organiza voluntariamente atividades nos próprios bairros, visando preencher essa lacuna, mas não é suficiente para impedir que jovens e adolescentes se evadam para as ruas. "Esses equipamentos deveriam estar no 'padrão Fifa'. Por que não aproveitar aquilo que já temos e entregar em boas condições à população?", questiona.
Mudanças
A coordenadora das vilas olímpicas prevê uma transformação deste cenário, que deve ocorrer ainda neste ano, até o fim do mandato do governo do Estado. Já foi licitado, segundo ela, projeto de reforma básica para todas as vilas. As intervenções fundamentais deverão contemplar as piscinas (da Vila de Messejana e do Conjunto Ceará), as cobertas das quadras, além de serviços de pintura, marcenaria e reparos na estrutura elétrica. O custo foi estimado em R$ 2 milhões.
"As vilas olímpicas não passaram por nenhuma reforma, desde a inauguração. Passaram por reparos, pequenos ajustes. Mas reforma com impacto maior não houve. Um equipamento desse porte poderá, seguramente, atender mais pessoas", diz.
Até o fim do ano, também estará em plena operação o Programa de Esporte e Lazer da Cidade (Pelc), iniciativa do Ministério do Esporte, que envolverá mais sete profissionais em cada Vila. Ele contempla oficinas de futsal, futebol de campo, voleibol, atletismo, caminhada, ginástica, entre outras atividades, durante os três turnos, em praças públicas, calçadões, equipamentos esportivos e associações.
O custo total para a implantação do Pelc Fortaleza é de R$ 1.934.009,60. Além desse reforço, as vilas olímpicas devem contratar cerca dez profissionais fixos para cada sede. Na Vila da Messejana, o público, que, hoje, atinge cerca de 300 pessoas (apesar de ter capacidade para 500), será ampliado em mais 400 alunos, a partir desses resultados.
ENQUETE
De que você acha que o espaço precisa?
"Aqui precisa de reforma. Mas é preciso ter segurança também, porque as pessoas invadem e picham. Podia ter aula de futebol e basquete também"
Jetro Nilton
Estudante
"Ando de skate e olho a galera jogar bola. Queria que tivesse basquete e que a natação voltasse. Fazia natação, mas quebraram tudo. Nem luz tem, faltam pedaços do telhado"
Elias Pimenta
Estudante
CCDHs também em situação de sucateamento
Nos Centros de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) - que, no passado, carregavam a nomenclatura de Centro Social Urbano (CSU) -, as condições de sucateamento são semelhantes. Sob responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza encontram-se seis equipamentos, distribuídos pelos bairros Conjunto Ceará, Pici, José Walter, Conjunto Palmeiras, Cristo Redentor e Bela Vista, que deveriam ofertar atividades esportivas, assim como cursos de formação profissionalizante.
Entretanto, o que acontece é que a maioria dos centros estão com as edificações deterioradas, aguardando por reformas. No CCDH do bairro José Walter, por exemplo, algumas atividades estão comprometidas. O campo de futebol está danificado, mas, mesmo assim, recebe aulas pelo Programa Segundo Tempo. Aulas de capoeira e kung fu são ministradas voluntariamente nas salas e outras atividades. O equipamento tem capacidade para atender até 400 pessoas.
Porém, as quadras, piscinas, auditório e outros espaços do CCDH José Walter estão interditados, o que obriga a gestão a suspender a oferta de determinadas modalidades. A interdição, por sua vez, acaba por oferecer riscos à população, pois, segundo os moradores, o espaço costuma ser invadido à noite para consumo de drogas. Além disso, as piscinas podem se tornar focos para proliferação de doenças como a dengue. Acessando a quadra poliesportiva, a reportagem surpreendeu um grupo de jovens que havia pulado o muro para jogar futsal, já que estão todos de férias e não encontraram outra opção de lazer.
Reforma
Segundo o coordenador de mobilização social Antônio Félix, responsável pelo equipamento, o lugar deve receber melhorias. Na parede de sua sala, maquetes eletrônicas estampavam o projeto arquitetônico previsto para a área, cujas obras devem ser iniciadas em novembro. "Os Cucas estão superlotados por conta dessa situação. Mas quando o projeto for executado, aqui deverá acontecer mais atividades do que lá", acrescenta.
Moradora do bairro há cinco anos, a doméstica Maria Aldenira Batista passava pelo local, onde procurou atendimento no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) que existe no espaço. Fora o posto de saúde que funcionava no CCDH até a semana passada, esse atendimento é a principal atividade desenvolvida pela gestão, atualmente. "Aqui tinha natação, futebol, mas está desativado. Lembro quando minha filha era pequena, que andávamos aqui e tinha atividade até para idosos. Agora, está em reforma. Queria mesmo que ajeitassem para ficar melhor para a comunidade".
Bárbara Almeida
Especial para cidade