domingo, 30 de novembro de 2014

5 apetrechos usados pelos ninjas que você talvez desconheça

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/
Por   26 nov 2014 - 12h 19

Todo mundo sabe que os lendários guerreiros ninja costumavam lutar equipados com acessórios como os shuriken (aquelas populares estrelas), o kunai (pequena lâmina que costumava ser arremessada contra os inimigos), a fukiya (ou zarabatana), o ninja-to (espada de lâmina e reta e um só fio) e o jitte (pequena arma de aspecto inofensivo usada em golpes defensivos).
Entretanto, os ninjas faziam uso de vários outros apetrechos que são menos conhecidos do que esses que mencionamos acima. J. D. Louie do site ListVerse reuniu algumas dessas ferramentas em um interessante artigo, e nós aqui do Mega Curioso selecionamos cinco delas para você conhecer melhor. Confira:

1 – Aquecedores portáteis

No Japão, como você deve saber, faz um frio danado no inverno. Então imagine como os coitados dos ninjas não deviam sofrer usando apenas aquelas roupinhas deles, sem a proteção de um casaco quentinho. Para contornar essa situação, Louie disse que os guerreiros usavam aquecedores cilíndricos feitos de bambu, cobre ou ferro que eram preenchidos com materiais inflamáveis.
Esses tubos eram chamados de donohi e eram muito úteis para evitar que os ninjas sofressem congelamento nas mãos — suas principais ferramentas de trabalho! Os cilindros também podiam ser convertidos em armas, podendo ser empregados para iniciar incêndios, assim como servir para aquecer alimentos.

2 – Grilos

Apesar de os ninjas serem famosos por sua habilidade de se aproximar dos inimigos silenciosamente e sem serem descobertos, nem sempre essa era uma tarefa fácil, principalmente quando eles precisavam caminhar sobre a neve ou passar por áreas com muita vegetação. Para ajudar a encobrir possíveis ruídos que delatassem sua posição, os guerreiros às vezes levavam uma porção de grilos que eram soltos antes dos ataques. Cri-cri...
O “cricrilar” é um som bastante comum e que não costumava levantar suspeitas. Além disso, os animais costumam ficar mais em silêncio na presença de humanos ou quando são perturbados. E os ninjas inclusive tinham um truque para contornar essa situação: eles contavam com uma mistura de compostos químicos que motivava os grilos a produzir seus característicos ruídos quando necessário.

3 – Amplificador sonoro

Uma das funções dos ninjas era atuar como espiões, e isso incluía ter que obter informações ouvindo conversas comprometedoras sorrateiramente. E, para ajudar nessa tarefa, os guerreiros desenvolveram uma ferramenta chamadasaoto hikigane, que consistia em um objeto com formato cônico feito de madeira ou chifre de animal e, algumas vezes, até de metal.
Segundo Louie, as dimensões do saoto hikigane podiam variar, e alguns eram mais facilmente escondidos do que outros. E, como você já deve ter imaginado, a extremidade mais larga desse aparato era posicionada sobre uma superfície — como paredes ou portas — e a mais estreita próximo ao ouvido, e o som era amplificado através do cone.

4 – Olhos de gato

Calma... os ninjas não andavam por aí com um par de olhos arrancados da cabecinha de algum gato! Na verdade, esses guerreiros desenvolveram uma forma alternativa de determinar o tempo observando os olhos desses animais — afinal, estar por dentro das horas e poder sincronizar ataques são ações imprescindíveis para o sucesso de uma missão, e antigamente não existiam cronômetros.
O nome dessa arte era nekome-jutsu, e consistia em avaliar as pupilas dos gatos que, conforme explicou Louie, são extremamente sensíveis à variação da luz. Assim, na parte da manhã, as pupilas dos felinos costumam apresentar um formato mais ovalado, e ao meio-dia elas se tornam mais estreitas para bloquear a entrada da luz, voltando a ficar dilatadas gradualmente ao longo do dia.
E, com base nesse conhecimento, os ninjas eram capazes de determinar as horas com certa precisão. Só não se sabe muito bem como é que eles faziam para carregar os “gatos-relógios” durante as missões.

5 – Grãos de arroz

De acordo com Louie, os ninjas transformaram algo tão simples como grãos de arroz em uma ferramenta de transmissão de mensagens secretas. Eles batizaram a técnica de goshiki-mai, e ela consistia no uso de grãos pintados em azul, amarelo, vermelho, roxo ou preto, que eram deixados em locais banais, para que membros do mesmo clã os encontrassem e decodificassem as mensagens.
O método era baseado em determinadas combinações de cores ou número de grãos deixados, e, por se tratar de algo tão comum, o arroz passava despercebido por quem não tinha os olhos treinados para entender os códigos. Além disso, conforme explicou Louie, as cores serviam para evitar que pássaros confundissem os grãos por sementes e os comessem por engano.
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LEITOR COLABORADOR Caio Martins

Sabia que 64 países têm símbolos religiosos em suas bandeiras nacionais?

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/
Por   27 nov 2014 - 12h 16

A bandeira brasileira tem alguns símbolos que podemos identificar facilmente: as estrelas, por exemplos, mostram a quantidade de estados da nossa nação e o distrito federal. As cores representam: as matas e florestas (retângulo verde), o ouro (losango amarelo), o céu estrelado (círculo azul) com a faixa “Ordem e Progresso”.
Em nossa bandeira, não há um símbolo religioso, porém, eles estão presentes nas bandeiras nacionais de um terço do total de 196 países do mundo. Isso significa que 64 países são incluídos nessa categoria religiosa, de acordo com uma pesquisa realizada pela Pew Research.
Segundo as análises do estudo, dessas nações, cerca de metade têm símbolos cristãos (48%) e um terço inclui símbolos islâmicos religiosos (33%) em suas bandeiras, sendo oriundos dos dois maiores grupos religiosos do mundo, que aparecem em várias regiões.

Cristãos

De acordo com a Pew Research, os símbolos cristãos estão presentes em 31 bandeiras nacionais da Europa, Ásia e Pacífico e nas Américas. Em nações britânicas, o cristianismo marca uma forte presença.
Por exemplo, o Reino Unido tem a famosa bandeira "Union Jack", que é o resultado da sobreposição das cruzes de St. George (bandeira da Inglaterra/cruz vermelha com fundo branco), St. Patrick (que representa a ilha da Irlanda/cruz vermelha em formato de X, com fundo branco) e St. Andrew (bandeira da Escócia/cruz branca, em formato de X, com fundo azul).
Alguns países da Comunidade de Nações britânicas (composta por 53 nações) continuam a incorporar a Union Jack e suas referências cristãs em suas próprias bandeiras, incluindo Fiji, Tuvalu, Austrália e Nova Zelândia. Além deles, Espanha, Grécia, Noruega e República Dominicana estão entre os outros países com símbolos nacionais cristãos.

Islâmicos

A segunda maior religião presente em países do mundo domina muitas nações do continente africano. Os símbolos islâmicos são encontrados nas bandeiras dos 21 países da África subsaariana, na região Ásia-Pacífico e no Oriente Médio e Norte da África.
Por exemplo, a bandeira nacional do Bahrein apresenta cinco triângulos brancos, simbolizando os Cinco Pilares do Islã. Além desse, países como a Argélia, Turquia, Uzbequistão e Brunei são alguns dos muitos que incluem uma estrela islâmica e lua crescente em sua bandeira nacional.
No entanto, existem casos em que esse símbolo não representa religião, como é o caso de Cingapura, que tem uma lua crescente com estrelas em sua bandeira, mas elas não têm nenhum significado religioso. De acordo com o governo de Cingapura, a lua crescente "representa uma nação jovem em ascensão e as cinco estrelas representam os ideais da democracia, da paz, do progresso, da justiça e da igualdade”.

Outras religiões

Em se tratando de símbolos religiosos budistas ou hindus, eles aparecem em cinco bandeiras nacionais, sendo que, em três desses casos, os símbolos se aplicam a ambas as religiões. Por exemplo, a bandeira cambojana retrata Angkor Wat, um templo historicamente associado tanto com o hinduísmo quanto com o budismo.
A bandeira do Nepal também se encaixa nessa característica, possuindo budistas e hindus para representar os dois grupos religiosos predominantes no país. A Índia também é assim, sendo que a roda azul-marinho do centro (conhecida como Ashoka Chakra) tem um significado simbólico para ambos os hindus e budistas.
Já Israel se mantém como o país solitário com símbolos judaicos em sua bandeira nacional, incluindo a estrela de David e um fundo listrado branco e azul, que representa um xale de oração judaica tradicional.
Segundo o Pew Research, seis países têm símbolos associados a várias outras religiões em suas bandeiras, como o Japão. A bandeira japonesa inclui umhinomaru, ou o sol nascente, que representa as raízes espirituais xintoístas dentro do antigo império japonês.
Já na América do Sul, o sol dourado brilhando está presente nas bandeiras de duas nações: Uruguai e Argentina. Acredita-se que o astro rei represente o deus Inca deus do sol Inti.
Na bandeira do México, o deus asteca Huitzilopochtli pode ser visto como uma águia empoleirada em cima de um cacto com uma serpente em seu bico — uma imagem lendária que se acreditava ter aparecido para o povo asteca, instruindo-os a construir a antiga cidade de Tenochtitlan.

Socorro: como pedir ajuda em situações de emergência na natureza?

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/
Por   28 nov 2014 - 12h 10

Hoje, nós estamos cercados de aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets, que possuem acesso direto à internet, sendo que é um tanto difícil ficarmos sem conexão com as pessoas – pelo menos nas grandes cidades. Mesmo em situações adversas, é possível se comunicar com amigos e familiares para pedir socorro se algo de ruim acontecer. Contudo, em determinadas casos, isso infelizmente pode não ocorrer.
Por exemplo, se você estiver perdido em um lugar ermo e sem sinal 3G ou 4G, além de as baterias dos seus equipamentos eletrônicos estarem esgotadas, será preciso encontrar outro meio de entrar em contato com as pessoas. Demais situações podem ser ainda mais extremas, como vemos no filme 127 horas, baseado no caso real do alpinista Aron Ralston. Ele ficou preso entre duas pedras no Grand Canyon e teve que amputar o próprio braço para sair de lá – Ralston não avisou ninguém do passeio e estava totalmente sem contato com os familiares.

Pela propagação do som

Para pedir socorro em meio aos ambientes selvagens, existem algumas dicas que você pode seguir. O primeiro modo de chamar auxílio é através do som, além de ser o mais fácil – a repetição constante é um sinal de comunicação. Por exemplo, nos Alpes, os montanhistas em situação de risco repetem o mesmo sinal sonoro seis vezes, enquanto os salvadores respondem três vezes até que se aproximem das pessoas em perigo.
Um apito é extremamente importante nesses casos, já que é um item pequeno e que reproduz sons que se repetem por centenas de metros. Se você for fazer trilhas, escalar montanhas ou praticar qualquer esporte desse gênero, certifique-se de levar um apito. É claro, você também pode improvisar para fazer os mais variados sons, como bater nas pedras com um objeto – gritar deixará você cansado demais.

Olhem para cá!

Às vezes, os sinais sonoros podem não adiantar, caso o socorro esteja muito longe para escutá-lo. Nesses casos, você deve apelar para os sinais visuais. A dificuldade de criar um sinal visual é que você deve, essencialmente, ter algo para mostrar e se destacar em meio ao ambiente em que você está – nem sempre à disposição.
Criar fogueiras talvez seja a alternativa mais fácil. É possível criar um sinal internacional de socorro ao alinhar três fogueiras de modo reto, algo que pode ser visto claramente do céu. Além disso, de dia você pode conseguir chamar atenção através da fumaça emitida pelas fogueiras. Para ajudar você nessa tarefa, lembre-se de carregar fósforos em conjunto com o apito que já mencionamos.
Bandeiras também são consideradas um bom método de pedir por socorro, porém, é claro que nem sempre carregamos esses itens. As lanternas, especialmente aquelas com poderosas luzes LED, são um excelente meio de comunicação que pode ser visível por quilômetros (estude um pouco de código morse para saber pedir socorro).
Nós já vimos em alguns filmes as pessoas escreverem “SOS” no chão e esperarem por algum avião passar por perto e ler as letras. De fato, é algo útil, mas não podemos supor que terá um avião voando tão perto de você em situações extremas. Dos itens que listamos no artigo, você já sabe que, se for se aventurar por regiões mais remotas, perigosas e sem muitas pessoas, deve levar (no mínimo) um apito, uma caixa de fósforos e uma lanterna potente – isso é básico.
E jamais faça como o alpinista Aron Ralston de 127 Horas, que foi para o Grand Canyon sozinho e não avisou ninguém. Pedir por socorro não quer dizer que você o receberá, porém, se você avisar as pessoas de que vai sair e não voltar depois de algum tempo, elas perceberão sua falta e eventualmente procurarão por você.
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Policial que matou jovem negro nos EUA pede demissão

Fonte: http://www.opovo.com.br/
30/11/2014 - 07h20
A demissão aconteceu depois que o policial recebeu ameaças de violência

O policial branco que atirou e matou o jovem negro Michael Brown, na cidade de Ferguson, em Missouri (EUA), pediu demissão. Darren Wilson, que estava em licença administrativa desde o tiroteio de 9 de agosto, pediu demissão com efeito imediato, de acordo com seu advogado, Neil Bruntrager. Um advogado da família de Brown não retornou imediatamente os pedidos para comentar o caso.
Mais de 100 manifestantes se reuniram no último sábado, 29, perto da sede da polícia. Pelo menos uma pessoa foi presa depois de um breve confronto, e muitos pareciam ser indiferentes à demissão do policial."Não estávamos atrás do emprego de Wilson", declarou, mais tarde, o ativista de direitos civis, Al Sharpton, por meio de nota. "Estávamos buscando justiça para Michael Brown".
Brown estava desarmado quando Wilson atirou e o matou no meio de uma rua de Ferguson, onde seu corpo foi deixado por várias horas enquanto a polícia investigava o caso.
Algumas testemunhas disseram que Brown estavam com as mãos para o alto quando Wilson atirou. O policial disse para o júri que ele temia por sua vida quando Brown bateu nele e tentava pegar sua arma. O júri decidiu não indiciá-lo.
Wilson, que estava no Departamento de Polícia de Ferguson há menos de três anos, disse a um jornal local que decidiu pedir demissão após o departamento informar que tinha recebido ameaças de violência caso ele permanecesse na equipe. "Eu não estou disposto a deixar que alguém se machuque por minha causa", disse ele ao jornal. Fonte: Associated Press

EGITO Tribunal livra Mubarak de acusações

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
30.11.2014
Após o anúncio do veredicto, a alegria explodiu no tribunal entre os simpatizantes do ex-ditador

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O ex-presidente egípcio, apesar de inocentado como cúmplice na morte dos manifestantes, permanece na prisão para cumprir outra pena
FOTO: REUTERS
Cairo. O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak está livre da acusação de cumplicidade na morte de centenas de manifestantes na revolução de 2011 e foi inocentado de várias acusações de corrupção, mas permanecerá na prisão para cumprir outra pena.
Um tribunal do Cairo retirou por motivos técnicos a acusação de cumplicidade na morte de manifestantes durante a repressão violenta dos protestos de 2011 e, ao mesmo tempo, o absolveu das acusações de corrupção.
No entanto, Mubarak, que tem 86 anos e governou o país com mão de ferro durante 30 anos, continuará detido em um hospital militar para cumprir uma condenação de três anos por outro caso de corrupção.
Os dois filhos do ex--presidente, Alaa e Gamal, julgados ao lado do pai, foram absolvidos pela prescrição dos delitos dos quais eram acusados. Os dois beijaram Mubarak no rosto, enquanto o ex-presidente se limitou a exibir um sorriso discreto.
Após o anúncio do veredicto, a alegria explodiu na sala do tribunal entre os jornalistas simpatizantes de Mubarak. Do lado de fora da Academia de Polícia, local do jugalmento, Mustafah Mursi, que perdeu o filho Mohamed durante a revolta de 2011, lamentou a sentença.
"Este veredicto é injusto. O sangue do meu filho foi derramado em vão".
Para o advogado de Mubarak, Farid al-Deeb, a decisão "prova a integridade" do governo do ex-presidente.
Durante o processo pela morte dos manifestantes, sete ex-dirigentes das forças de segurança, incluindo o ex-ministro do Interior Habib al-Adly, foram declarados inocentes pelo juiz Mahmud Kamel al-Rashidi.
O veredicto estava previsto para 27 de setembro, mas o magistrado mudou a data ao alegar que não teria tempo para ler as 2.000 páginas do processo.
Mubarak foi condenado em junho de 2012 à prisão perpétua, mas a sentença foi anulada por razões técnicas, originando novo julgamento. O novo processo iniciou em maio de 2013.
Revolta popular
Mais de 840 pessoas morreram nos 18 dias da revolta popular de 2011 contra o regime de Mubarak, durante a qual os manifestantes exigiram a renúncia do ex-presidente. A brutalidade policial e os abusos das forças de segurança estavam entre as causas dos protestos.
Nos últimos dias, a imprensa egípcia apostava na absolvição de Mubarak, em consequência da mudança do clima político do país entre 2012 e agora.
Os julgamentos contra Mubarak, com ampla cobertura da imprensa no início, rapidamente foram ofuscados pelos processos contra seu sucessor, o islamita Mohamed Mursi, destituído em julho de 2013 pelo ex-comandante do exército e atual presidente, Abdel Fatah al-Sisi.
Mursi e quase todos os dirigentes de sua organização, a Irmandade Muçulmana, acabaram detidos e correm o risco de condenação à pena de morte.
Os meios de comunicação e boa parte da opinião pública acusam agora a organização pela violência política iniciada em 2011, que ainda afeta o país.
Ao mesmo tempo, a polícia acabou reabilitada, já que a imprensa aprova a repressão das forças de segurança contra os islamitas pró-Mursi.
Após o golpe, que derrubou o primeiro presidente eleito de forma democrática no país, mais de 1.400 islamitas morreram em ações da polícia e do exército.

VAGAS ABERTAS Horizonte divulga 264 oportunidades

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
30.11.2014
Cargos contemplam todos os níveis de escolaridade. Salários podem chegar a R$ 5,5 mil mensais

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A cerca de 40 Km de Fortaleza, o município de Horizonte tem como padroeiro São João Batista. A população é de pouco mais de 55 mil habitantes
FOTO: ARQUIVO
A Prefeitura de Horizonte, no Ceará, abriu concurso para preencher 264 postos imediatos em diversas áreas.
Aqueles que cursaram até a quarta série do ensino fundamental podem se candidatar às duas vagas para o cargo de operador de máquinas leves. Quem já completou o fundamental concorre ao posto de operador de equipamento de áudio e vídeo. O salário de ambos é de R$ 789,85.
Candidatos com diploma do nível médio/técnico podem se inscrever para agente de administração (76), agente de trânsito (14), auxiliar de saúde bucal (6), auxiliar de laboratório (2), fiscal de vigilância sanitária (4), guarda municipal (45), instrutor de música (5), instrutor de dança (1), técnico em agropecuária (2), técnico em contabilidade (3), técnico em edificações (2), técnico em laboratório de análises clínicas (2), técnico em saneamento ambiental (1), técnico em segurança do trabalho (1) e topógrafo (1). As remunerações vão de R$ 789,95 a R$ 1.040,08.
Formados no ensino superior concorrem às ocupações de administrador (1), arquiteto e urbanista (1), biólogo (1), contador (3), economista (1), engenheiro civil (4), engenheiro elétrico (1), geógrafo (1), jornalista (1), médico I (29), professor - educação infantil (19), professor - ensino fundamental (19) e professor - inglês (3). Os vencimentos oferecidos atingem R$ 5.540,09.
As inscrições seguem abertas até o dia 8 de dezembro no site da Serctam (www.serctam.com.br). As taxas custam R$ 120 (nível superior) e R$ 80 (demais).
Ainda não há data prevista para as provas objetivas.

Pefoce utiliza sistema do FBI para codificar DNA de suspeitos de crimes

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
30.11.2014
Um banco de dados, com material genético de criminosos, está sendo montado para ajudar na elucidação de crimes

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A perita Ana Cláudia Sobreira, do Núcleo de DNA, fazendo análises de amostras colhidas na CPPL III para que sejam inseridas no Codis
FOTO: KLÉBER GONÇALVES
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Maximiano Chaves destacou avanços da Pefoce e disse que o órgão precisa de servidores
FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
Um banco de dados com o perfil genético de criminosos montado com o mesmo software utilizado pelo FBI está sendo usado pelo Núcleo de Perícia em DNA Forense da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). O projeto já funcionava no sentido de identificar cadáveres que dão entrada na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) e de ajudar na elucidação de crimes como estupros, latrocínios, homicídios, furtos e arrombamentos.
De acordo com a responsável pelo Núcleo, a perita criminal e química Tereza Cristina Lima Rocha, na cena de um crime qualquer objeto tocado pelo suspeito pode conter material genético e isto pode bastar para identificá-lo com mais de 99% de certeza. A maioria das comparações genéticas feitas na Pefoce são para descobrir suspeitos de violência sexual; o número de exames para identificação de cadáveres também é alto, porém a vertente que tem crescido mais é a criminalística biológica, segundo Tereza Lima.
Somente neste ano, 537 laudos de naturezas diversas foram expedidos. Os documentos expedidos são para os casos em que cadáveres não puderam ser identificados por outro método mais rápido e mais baratos. Já nos casos de criminalística biológica, os exames são baseados em amostras colhidas em locais de crimes, ou, no corpo da vítima e do suspeito.
"Em tese, qualquer material pode ser analisado. Já chegou aqui facão, foice, mão de pilão, bicicleta, relógios, hastes de óculos, roupas, bonés. Vale lembrar que nem sempre dá para se chegar ao resultado, porque o DNA pode ser degradado pelo sol, calor, vento, chuva e pela movimentação de pessoas no local do crime, mas nada pode ser descartado, porque qualquer parte do corpo tem o mesmo perfil genético. Neste caso, o sangue pode ser comparado, por exemplo, com a pele da testa que descamou em um boné usado por um suspeito de um crime. Até o suor tem material genético", disse Teresa Cristina Lima.
A perita lembra que os exames requeridos pelas autoridades policiais não tem efeito de incriminar, mas de esclarecer fatos delituosos. "Os nosso laudos já serviram também para livrar pessoas inocentes. Já fornecemos um laudo de um caso de assalto seguido de estupro, em que conseguimos detectar que três dos quatro agressores participaram dos dois crimes", afirmou Tereza Lima.
Procedimento
O sistema Combined DNA Index System (Codis), ou em português Sistema de Indexação Combinada de DNA é o software disponibilizado para 40 Países pelo FBI, que permite o armazenamento de informações genéticas de criminosos para que eles sejam cruzados, durante investigações policiais. No Brasil, somente presos condenados podem ser inseridos no Codis, portanto as análises feitas em casos de criminalística biológica não podem ser disponibilizados para o banco de dados unificado, que tem base na sede da Polícia Federal, em Brasília. Ao todo, 17 Estados brasileiros utilizam o Codis.
"Se existe uma suspeita informamos um código que representa um DNA já mapeado e, em Brasília, eles cruzam a informação com os dados de outro Estado e mandam a resposta. No caso do fato acontecer no próprio Estado, nós fazemos isto em total sigilo", disse Lima.
Para que o DNA seja inserido no Codis ele é extraído das proteínas que o acompanham, a amostra é multiplicada milhares de vezes, o perfil genético é estabelecido e digitalizado.
Presos são mapeados geneticamente
A Lei Federal Nº 7.210/1984, conhecida como Lei de Execuções Penais, sofreu uma modificação em 2012, que institui a coleta de dados genéticos dos presos condenados por crimes hediondos, ou que foram cometidos com grave violência contra à pessoa. Esta coleta deve ser feita de forma não invasiva e indolor. Para tanto, a Pefoce tem deslocado profissionais até as penitenciárias para colher 'suabe bucal' (material colhido com um cotonete na parte interna das bochechas), para que seja feito o mapeamento do código genético de cada sentenciado.
A Lei prevê ainda, que o DNA seja mantido em sigilo pelo Estado e que este só deve ser fornecido para confrontos genéticos, com autorização judicial. Segundo a promotora de Justiça Flávia Unnenberg, que atua na Vara de Execuções Penais e na Corregedoria de Presídios, a medida era necessária como mais um instrumento de identificação de detentos já condenados.
"O legislador, quando criou a obrigação da coleta, foi como uma forma de identificar o preso. Quando ele entra no Sistema Prisional é fotografado, tem as digitais cadastradas, a grafia registrada e a voz é gravada. A coleta do DNA funciona como mais um instrumento que pode levar a uma determinada pessoa. Só que estes artifícios ficam sob sigilo do Estado e só podem ser usados num eventual processo, tanto como prova a favor ou contra, se um juiz autorizar".
A coleta
A coleta do material genético está sendo feita. A primeira instituição atendida foi a Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) III, em Itaitinga, onde 250 reclusos condenados forneceram material genético. A expectativa do Ministério Público do Estado (MPE), que tem articulado as coletas junto ao Poder Judiciário, à Pefoce e à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus)é que estas sejam finalizadas no primeiro semestre de 2015, nas unidades prisionais da Capital e Região Metropolitana.
"A Lei é enfática em dizer que somente DNA de presos condenados podem ser coletado, para que se afaste qualquer ideia de que a pessoa está produzindo provas para si mesma. No Cariri, por exemplo, os juízes estão determinando já na sentença, que seja feita a coleta. Vale lembrar que é importante que exista a manutenção do serviço. Quando a Pefoce terminar este trabalho nas penitenciárias, a ideia é que mensalmente mapeie quem ingressa nas prisões. É um trabalho contínuo e paulatino", disse Flávia Unnemberg.
Ceará é o primeiro a utilizar Codis
Os elementos de identificação, que funcionam como suporte às investigações policiais, tem evoluído muito, de acordo com o perito geral da Perícia Forense do Ceará, Maximiano Chaves. Para ele, o Núcleo de DNA Forense é um desses avanços. Conforme Chaves, o Ceará foi o primeiro Estado a atender ao projeto de adoção do Codis, no Brasil.
O perito geral lembrou que além dos serviços voltados para a alimentação do Codis, que é feito apenas com presos condenados, a Pefoce tem crescido na criminalística biológica. No Nordeste somente o Ceará, a Bahia e o Pernambuco realizam análises forenses de DNA.
"O núcleo é instalado na Capital, mas recebemos demandas de todos os outros núcleos espalhados pelo Interior. Isto é muito bom, porque o DNA é um prova científica e é nosso dever dar este suporte para todo o Ceará".
Maximiano Chaves diz que o quadro de profissionais está defasado e que é preciso que novos servidores sejam contratados para otimização dos trabalhos. "Temos 316 servidores, sete a mais do que tínhamos em 2006, enquanto a demanda triplicou".
Márcia Feitosa
Repórter
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sábado, 29 de novembro de 2014

Kierkegaard

Fonte: http://www.mundodosfilosofos.com.br/

Kierkegaard é um dos raros autores cuja vida exerceu profunda influência no desenvolvimento da obra. As inquietações e angústias que o acompanharam estão expressas em seus textos, incluindo a relação de angústia e sofrimento que ele manteve com o cristianismo – herança de um pai extremamente religioso, que cultuava a maneira exacerbada os rígidos princípios do protestantismo dinamarquês, religião de Estado.
Sétimo filho de um casamento que já durava muitos anos – nasceu em 1813, quando o pai, rico comerciante de Copenhague, tinha 56 e a mãe 44 –, chamava a si mesmo de "filho da velhice" e teria seguido a carreira de pastor caso não houvesse se revelado um estudante indisciplinado e boêmio. Trocou a Universidade de Copenhague, onde entrara em 1830 para estudar filosofia e teologia, pelos cafés da cidade, os teatros, a vida social.
Foi só em 1837, com a morte do pai e o relacionamento com Regina Oslen (de quem se tornaria noivo em 1840), que sua vida mudou. O noivado, em particular, exerceria uma influência decisiva em sua obra. A partir daí seus textos tornaram-se mais profundos e seu pensamento, mais religioso. Também em 1840 ele conclui o curso de teologia, e um ano depois apresentava "Sobre o Conceito de Ironia", sua tese de doutorado.
Esse é o momento da segunda grande mudança em sua vida. Em vez de pastor e pai de família, Kierkegaard escolheu a solidão. Para ele, essa era a única maneira de vivenciar sua fé. Rompido o noivado, viajou, ainda em 1841, para a Alemanha. A crise vivida por um homem que, ao optar pelo compromisso radical com a transcendência, descobre a necessidade da solidão e do distanciamento mundano, está em Diários.
Na Alemanha, foi aluno de Schelling e esboça alguns de seus textos mais importantes. Volta a Copenhague em 1842, e em 1843 publica A AlternativaTemor e Tremor e A Repetição. Em 1844 saem Migalhas Filosóficas e O Conceito de Angústia. Um ano depois, é editado As Etapas no Caminho da Vida e, em 1846, o Post-scriptum a Migalhas Filosóficas. A maior parte desses textos constitui uma tentativa de explicar a Regina, e a ele mesmo, os paradoxos da existência religiosa. Kierkegaard elabora seu pensamento a partir do exame concreto do homem religioso historicamente situado. Assim, a filosofia assume, a um só tempo, o caráter socrático do autoconhecimento e o esclarecimento reflexivo da posição do indivíduo diante da verdade cristã.
Polemista por excelência, Kierkegaard criticou a Igreja oficial da Dinamarca, com a qual travou um debate acirrado, e foi execrado pelo semanário satírico O Corsário, de Copenhague. Em 1849, publicou Doença Mortal e, em 1850, Escola do Cristianismo, em que analisa a deterioração do sentimento religioso. Morreu em 1855.

Filósofo ou Religioso?

A posição de Kierkegaard leva algumas pessoas a levantar dúvidas a respeito do caráter filosófico de seu pensamento. Pra elas, tratar-se-ia muito mais de um pensador religioso do que de um filósofo. Para além das minúcias que essa distinção envolveria, cabe verificar o que ela pode trazer de esclarecedor acerca do estilo de pensamento de Kierkegaard. Pode-se perguntar, por exemplo, quais as questões fundamentais que lhe motivam a reflexão, ou, então, qual a finalidade que ele intencionalmente deu à sua obra.
Estamos habituados a ver, na raiz das tentativas filosóficas que se deram ao longo da história, razões da ordem da reforma do conhecimento, da política, da moral. Em Kierkegaard não encontramos, estritamente, nenhuma dessas motivações tradicionais. Isso fica bem evidenciado quando ele reage às filosofias de sua época – em especial à de Hegel. Não se trata de questionar as incorreções ou as inconsistências do sistema hegeliano. Trata-se muito mais de rebelar-se contra a própria idéia de sistema e aquilo que ela representa.
Para Hegel, o indivíduo é um momento de uma totalidade sistemática que o ultrapassa e na qual, ao mesmo tempo, ele encontra sua realização. O individual se explica pelo sistema, o particular pelo geral. Em Kierkegaard há um forte sentimento de irredutibilidade do indivíduo, de sua especificidade e do caráter insuperável de sua realidade. Não devemos buscar o sentido do indivíduo numa harmonia racional que anula as singularidades, mas, sim, na afirmação radical da própria individualidade.
De onde provém, no entanto, essa defesa arraigada daquilo que é único? Não de uma contraposição teórico-filosófica a Hegel, mas de uma concepção muito profunda da situação do homem, enquanto ser individual, no mundo e perante aquilo que o ultrapassa, o infinito, a divindade. A individualidade não deve portanto ser entendida primordialmente como um conceito lógico, mas como a solidão característica do homem que se coloca como finito perante o infinito. A individualidade define a existência.
Para Kierkegaard, o homem que se reconhece finito enquanto parte e momento da realização de uma totalidade infinita se compraz na finitude, porque a vê como uma etapa de algo maior, cujo sentido é infinito. Ora, comprazer-se na finitude é admitir a necessidade lógica de nossa condição, é dissolver a singularidade do destino humano num curso histórico guiado por uma finalidade que, a partir de uma dimensão sobre-humana, dá coerência ao sistema e aplaca as vicissitudes do tempo.
Mas o homem que se coloca frente a si e a seu destino desnudado do aparato lógico não se vê diante de um sistema de idéias mas diante de fatos, mais precisamente de um fato fundamental que nenhuma lógica pode explicar: a fé. Esta não é o sucedâneo afetivo daquilo que não posso compreender racionalmente; tampouco é um estágio provisório que dure apenas enquanto não se completam e fortalecem as luzes da razão. É, definitivamente, um modo de existir. E esse modo me põe imediatamente em relação com o absurdo e o paradoxo. O paradoxo de Deus feito homem e o absurdo das circunstâncias do advento da Verdade.
Cristo, enquanto Deus tornado homem, é o mediador entre o homem e Deus. É por meio de Cristo que o homem se situa existencialmente perante Deus. Cristo é portanto o fato primordial para a compreensão que o homem tem de si. Mas o próprio Cristo é incompreensível. Não há portanto uma mediação conceitual, algum tipo de prova racional que me transporte para a compreensão da divindade. A mediação é o Cristo vivo, histórico, dotado, e o fato igualmente incompreensível do sacrifício na cruz. Aqui se situam as circunstâncias que fazem do advento da Verdade um absurdo: a Verdade não nos foi revelada com as pompas do conceito e do sistema. Ela foi encarnada por um homem obscuro que morreu na cruz como um criminoso. O acesso à Verdade suprema depende pois da crença no absurdo, naquilo que São Paulo já havia chamado de "loucura". No entanto, é o absurdo que possibilita a Verdade. Se permanecesse a distância infinita que separa Deus e o homem, este jamais teria acesso à Verdade. Foi a mediação do paradoxo e do absurdo que recolocou o homem em comunicação com Deus. Por isso devemos dizer: creio porque é absurdo. Somente dessa maneira nos colocamos no caminho da recuperação de uma certa afinidade com o absoluto.
Não há, portanto, outro caminho para a Verdade a não ser o da interioridade, o aprofundamento da subjetividade. Isso porque a individualidade autêntica supõe a vivência profunda da culpa: sem esse sentimento, jamais nos situaremos verdadeiramente perante o fato da redenção e, conseqüentemente, da mediação do Cristo.

O Sofrimento Necessário

A subjetividade não significa a fuga da generalidade objetiva: ao contrário, somente aprofundando a subjetividade e a culpa a ela inerente é que nos aproximaremos da compreensão original de nossa natureza: o pecado original. E a compreensão irradia luz sobre a redenção e a graça, igualmente fundamentais para nos sentirmos verdadeiramente humanos, ou seja, de posse da verdade humana do cristianismo. A autêntica subjetividade, insuperável modo de existir, se realiza na vivência da religiosidade cristã.
A subjetividade de Kierkegaard não é tributária apenas da atmosfera romântica que envolvia sua época. Seu profundo significado a-histórico tem a ver, mais do que com essa característica do Romantismo, com uma concepção de existência que torna todos os homens contemporâneos de Cristo. O fato da redenção, embora histórico, possui uma dimensão que o torna referência intemporal para se vivenciar a fé. O cristão é aquele que se sente continuamente em presença de Deus pela mediação do Cristo. Por isso a religião só tem sentido se for vivida como comunhão com o sofrimento da cruz. Por isso é que Kierkegaard critica o cristianismo de sua época, principalmente o protestantismo dinamarquês, penetrado, segundo ele, de conceituação filosófica que esconde a brutalidade do fato religioso, minimiza a distância entre Deus e o homem e sufoca o sentimento de angústia que acompanha a fé.
Essa angústia, no entender de Kierkegaard, estaria ilustrada no episódio do sacrifício de Abraão. Esse relato bíblico indica a solidão e o abandono do indivíduo voltado unicamente para a vivência da fé. O que Deus pede a Abraão – que ele sacrifique o único filho para demonstrar sua fé – é absurdo e desumano segundo a ética dos homens.
Não se trata, nesse caso, de optar entre dois códigos de ética, ou entre dois sistemas de valores. Abraão é colocado diante do incompreensível e diante do infinito. Ele não possui razões para medir ou avaliar qual deve ser sua conduta. Tudo está suspenso, exceto a relação com Deus.

O Salto da Fé

Abraão não está na situação do herói trágico que deve escolher entre valores subjetivos (individuais e familiares) e valores objetivos (a cidade, a comunidade), como no caso da tragédia grega. Nada está em jogo, a não ser ele mesmo e a sua fé. Deus não está testando a sabedoria de Abraão, da mesma forma como os deuses testavam a sabedoria de Édipo ou de Agamenon. A força de sua fé fez com que Abraão optasse pelo infinito.
Mas, caso o sacrifício se tivesse consumado, Abraão ainda assim não teria como justificá-lo à luz de uma ética humana. Continuaria sendo o assassino de seu filho. Poderia permanecer durante toda a vida indagando acerca das razões do sacrifício e não obteria resposta. Do ponto de vista humano, a dúvida permaneceria para sempre. No entanto Abraão não hesitou: a fé fez com que ele saltasse imediatamente da razão e da ética para o plano do absoluto, âmbito em que o entendimento é cego. Abraão ilustra na sua radicalidade a situação de homem religioso. A fé representa um salto, a ausência de mediação humana, precisamente porque não pode haver transição racional entre o finito e o infinito. A crença é inseparável da angústia, o temor de Deus é inseparável do tremor.
Por tudo o que a existência envolve de afirmação de fé, ela não pode ser elucidada pelo conceito. Este jamais daria conta das tensões e contradições que marcam a vida individual. Existir é existir diante de Deus, e a incompreensibilidade da infinitude divina faz com que a consciência vacile como diante de um abismo. Não se pode apreender racionalmente a contemporaneidade do Cristo, que faz com que a existência cristã se consuma num instante e ao mesmo tempo se estenda pela eternidade. A fé reúne a reflexão e o êxtase, a procura infindável e a visão instantânea da Verdade; o paradoxo de ser o pecado ao mesmo tempo a condição de salvação, já que foi por causa do pecado original que Cristo veio ao mundo. Qualquer filosofia que não leve em conta essas tensões, que afinal são derivadas de estar o finito e o infinito em presença um do outro, não constituirá fundamento adequado da vida e da ação. A filosofia deve ser imanente à vida. A especulação desgarrada da realidade concreta não orientará a ação, muito simplesmente porque as decisões humanas não se ordenam por conceitos, mas por alternativas e saltos.


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NOVA EQUIPE ECONÔMICA Levy promete aperto nas contas

Fonte: http://www.opovo.com.br/
28/11/2014
Foi sinalizado o fim das transferências de recursos do Tesouro para bancos públicos e reequilíbrio da economia para manter as políticas sociais

WILSON DIAS/ AGÊNCIA BRASIL
Da esquerda para a direita: Alexandre Tombini, Joaquim Levy e Nelson Barbosa

Os nomes da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff foram anunciados ontem pelo Palácio do Planalto. Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini permanece como presidente do Banco Central (BC). A equipe seguirá a linha de trabalho de ajuste gradual e crível das contas, com fim nas transferências de recursos do Tesouro para bancos públicos e transparência e reequilíbrio da economia para manter as políticas sociais.

Como líder do grupo, Levy anunciou que fixará o superávit primário em 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e, no mínimo, em 2% nos dois anos seguintes. “Alcançar essas metas é fundamental para o aumento da confiança na economia brasileira e criará a base para retomada do crescimento econômico e a consolidação dos avanços sociais”, disse.

A nova meta fiscal para o próximo ano é menor do que a atual, que era de 2% a 2,5%, considerada neste momento impossível de ser atingida. A redução faz parte da estratégia da nova equipe de só trabalhar com metas que serão cumpridas e garantir transparência das contas públicas, buscando retomar a credibilidade do governo.

Levy ainda destacou que o objetivo de definir uma meta fiscal para os próximos três anos é reduzir a dívida bruta do setor público e não mais a dívida líquida. Para isso, o novo ministro da Fazenda indicou o fim de repasses de recursos do Tesouro para os bancos públicos.

Coube a Tombini dar o recado de que o Governo fará um combate rigoroso à inflação. O presidente do BC disse que sua equipe vai se manter “especialmente vigilante” para evitar o avanço dos índices de preços, indicando a manutenção do ciclo de aumento das taxas de juros.

No mercado, analistas apostam que o BC pode acelerar o ritmo de alta na próxima semana. Em vez de alta de 0,25 ponto percentual, poderia optar por uma dose maior, de 0,50.

Autonomia
Levy ainda disse que ele e Nelson Barbosa vão detalhar as medidas que tentarão equilibrar as contas públicas. Já Tombini sinalizou que manterá o ciclo de alta dos juros, com redução da sua atuação no câmbio, o que fez o dólar subir. Para ele, caberia ao governo administrar o volume de contratos de câmbio que já está no mercado.(Das Agências)

Bienal do livro anuncia convidados

Fonte: http://www.opovo.com.br/
29/11/2014
A uma semana de começar, a XI edição da Bienal Internacional do Livro do Ceará revelou seus convidados. A feira, que vai homenagear o contista cearense Moreira Campos e o escritor Milton Hatoum, ainda não fechou a programação


Anunciado em junho deste ano, e até ontem o único nome garantido na XI Bienal Internacional do Livro do Ceará, o romancista e contista amazonense Milton Hatoum foi confirmado como um dos principais convidados para o evento na sua edição de 2014.

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Em coletiva realizada ontem, a Secretaria da Cultura do Estado (Secult) oficializou as homenagens a Hatoum, vencedor de três prêmios Jabuti, e ao centenário do contista cearense Moreira Campos (1914 – 1994). 

A Bienal do Livro do Ceará começa no próximo sábado, 6, e vai até o dia 14, no Centro de Eventos do Ceará,. 

Além dos homenageados, foram conhecidos os nomes dos autores que participam da bienal, como os do escritor israelense radicado no Brasil Ilan Brenman, o romancista paulista Luiz Ruffato, os best-sellers André Vianco e Raphael Draccon e o seleto time de cearenses Xico Sá, Socorro Acioli, Lira Neto, Tércia Montenegro e Ana Miranda.

De acordo com a organização da feira, as atrações culturais continuam como um “diferencial” da bienal. No entanto, a uma semana do início, nenhum nome foi informado. 

Tempo perdido
Segundo Paulo Vitor Feitosa, secretário-executivo da Secult, a Bienal do Livro do Ceará é tema de debates desde dezembro do ano passado. “A gente queria pensar a cidade (na bienal), pensar em afetividades e encontros pessoais”, diz, referindo-se ao tema do evento, a “Fortaleza de Moreira Campos”.

Apesar de todo esse tempo de planejamento, porém, a programação final da feira ainda é dúvida. Desde junho, por exemplo, a única certeza era que Milton Hatoum, autor de Relato de um Certo Oriente e Cinzas do Norte, seria o homenageado. 

Eixos
Durante a coletiva, Mileide Flores, uma das curadoras do evento, apontou os quatro eixos principais a partir dos quais a XI Bienal se organiza nos três pavimentos que vai ocupar no Centro de Eventos: literatura infantil, coordenada por Kélsen Bravos; literatura fantástica, sob a responsabilidade de Régis Freitas; a homenagem a Moreira Campos, comandada pela neta do escritor, Carolina Campos; e a feira de livros, que também conta com apresentações, debates, lançamentos e conferências.

Neste ano, informa a Secult, a ênfase na produção voltada ao público juvenil é uma das novidades. 

“Os jovens acima de 12 anos se sentem meio alienígenas em uma bienal – nem fazem parte da programação infantil, nem da adulta”, explicou Régis. 

Visitantes
Com expectativa de 600 mil visitantes ao longo dos nove dias de evento, a Bienal Internacional do Livro promete repetir a marca do ano passado, quando cerca de 610 mil pessoas foram ao evento em novembro de 2013. 
As 450 editoras representadas na nova edição também são uma repetição da marca da última edição do evento.

Milton Hatoum: homenageado

Luiz Ruffato

André Vianco

Raphael Draccon

Xico Sá

Socorro Acioli

Lira Neto

Tércia Montenegro

Ana Miranda

NÚMEROS

600 mil
É a expectativa de visitantes durante a Bienal do Livro 

450
editoras representadas em estandes durante o evento 

10 mil
metros quadrados é a área ocupada pela bienal no Centro de Eventos 

9 milhões
de reais é a previsão de movimentação financeira durante a feira do livro

SERVIÇO

XI Bienal do Livro do Ceará
Quando: de 6 a 14 de dezembro.
Onde: Centro de Eventos do Ceará (avenida Washington Soares, 999 – Edson Queiroz)
Visitação: todos os dias, das 9 horas às 22 horas.
Entrada livre.