06/10/2013
Profissionais já clinicando no programa cobram a teoria. Houve resposta de que seria em 2014. O Ministério da Saúde afirmou que o início está programado para esta semana
ELZA FIUZA/ABR
O programa determina carga total de 40 horas semanais para os médicos, sendo 32 horas para atuação nas unidades da rede pública
Depois de muitas críticas das entidades da categorias sobre a forma de pagamento dos profissionais do Programa Mais Médicos, que será por meio de uma bolsa formação, os integrantes da primeira etapa que se formaram no Brasil ou tiveram o diploma revalidado completaram um mês de trabalho nesta semana. Mas, ainda falta a parte teórica do programa.
A medida provisória (MP) 621, que criou o programa, determina que os profissionais serão pagos por bolsa formação. Isso porque, segundo o Ministério da Saúde, em Brasília, eles serão submetidos a uma especialização na atenção básica ao longo dos três anos de atuação no Mais Médicos.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, em uma das suas manifestações contra o programa, disse que é uma forma de trabalho disfarçada de estudo. Para ele, apesar de atuarem na saúde pública, os médicos não terão relação trabalhista com qualquer entidade.
“Não recebi nenhum comunicado sobre o início das aulas teóricas”, disse Keila Rodrigues, profissional do Mais Médicos, clinicando em Goiás. Outra médica selecionada, Marcela Fukushima, atendendo em Ceilândia (DF), informou ter recebido um comunicado de que as aulas começariam em 2014.
Apesar disso, a assessoria do Ministério da Saúde ressaltou que o início das aulas está programado para esta semana. O programa determina carga total de 40 horas semanais para os médicos, 32 horas para atuação nas unidades da rede pública e oito de aulas teóricas na modalidade de ensino à distância. O Ministério da Saúde recomenda que os profissionais usem as oito horas regulamentares para se familiarizar com as plataformas oferecidas pelo governo para aprimoramento da formação.
Os municípios brasileiros solicitaram mais de 16 mil médicos ao Governo federal. Cerca de 1.500 profissionais com diploma brasileiro ou revalidado concluíram a inscrição nas duas etapas do programa e muitos, um número ainda não divulgado pelo Ministério da Saúde, desistiram de atuar depois de chamados. (das agências de notícias)
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