Karina Zaranza | 11h21 | 11.10.2014
Resolução autoriza os médicos do Estado a usar a substância exclusivamente para tratar menores com epilepsia que são resistentes aos tratamentos convencionais aprovados no Brasil
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) regulamentou o uso do canabidiol, derivado da maconha, para tratamento específico de epilepsia. A resolução, anunciada ontem, autoriza os médicos do Estado a usar a substância exclusivamente para tratar bebês, crianças e adolescentes com epilepsia que são resistentes aos tratamentos convencionais aprovados no Brasil.
O Cremesp explicou através de comunicado que a decisão se baseou em "estudos que têm demonstrado o potencial do canabidiol em diminuir a frequência de crises convulsivas entres esses pacientes". A entidade ainda lembrou que a própria Anvisa autoriza a importação de canabidiol em casos específicos para tratamento de algumas doenças de forma alternativa.
"A principal justificativa para o uso é a não efetividade dos medicamentos convencionais à essa forma grave de epilepsia, o que acaba por levar os lactentes e as crianças acometidas, pela sequência inexorável de múltiplas crises convulsivas, a retardo mental profundo a até mesmo à morte", argumentou o vice-presidente do conselho, Mauro Aranha de Lima, em comunicado.
Atualmente, um medicamento específico para epilepsia, à base de canabidiol, está sendo submetido a estudos e seu uso não foi permitido pela Anvisa, no Brasil.
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