19/10/2014
123 suspeitos de prática de pedofilia pela internet estão sendo investigado pela Polícia Federal no Ceará
Uma rede silenciosa de pedófilos está, neste momento, no quarto de alguma criança ou adolescente. Ou trocando compulsivamente, via web, fotografias e vídeos de meninos e meninas nus ou sendo abusados sexualmente.
Para se ter uma ideia da atuação avassaladora desse tipo de criminoso em rede, a delegada federal Alexsandra Medeiros Oliveira está às voltas com a investigação, no Ceará, do cotidiano de 123 suspeitos da prática de pedofilia pela Internet. Todos presos em decorrência de mandados de busca, apreensão e prisão em flagrante. Geralmente, nesses casos, o denunciado é preso com material armazenado no HD do computador.
Dos 123 investigados, três foram surpreendidos pela Polícia Federal (PF) no Ceará na última quarta-feira por ocasião da Operação Darknet. Investida policial deflagrada simultaneamente em 18 estados e no Distrito Federal.
Ao todo, 51 suspeitos de pedofilia foram para o xadrez até quarta. Outras prisões podem ainda ocorrer já que a PF rastreou 90 internautas compartilhando pornografia infantil.
Segundo a delegada Alexsandra Medeiros, titular da Delegacia de Polícia de Imigração (Delemig), os presos trocavam pornografia infantil entre si. Uma organização criminosa conectada pela rede mundial de computadores e usuária da Deep Web.
Um ambiente underground da Internet, considerado o submundo da web onde também se acerta crime, compra-se arma, droga e se contrata bandido de qualquer naipe. Território sem lei e que, só agora, a PF conseguiu se infiltrar. A Operação Darknet marca a chegada dos federais na Deep Web .
Os inquéritos
Dos 123 inquéritos que estão sob a responsabilidade da delegada Alexsandra Medeiros, sete serão relatados por ela este mês. E, dificilmente, escaparão da condenação por terem sido flagrados no crime de pedofilia. Por mês, conta a policial, pelo menos quatro pedófilos acabam deixando um rastro nas redes sociais ou são denunciados por familiares das vítimas e pelo Google.
Caso de um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Ceará, que foi investigado inicialmente por São Paulo e, depois, condenado pela Justiça Federal daqui por pedofilia e apologia ao crime. Ele, segundo denúncia do Ministério Público Federal, criou no Orkut a comunidade “Pedofilia sim”.
Lá, havia foto de uma criança “em posição erótica” e textos incitando a prática da pedofilia. “Bom... essa comunidade eh para entrar quem tem dentro de si um pedófilo... aqueles que gostam de um pintinho...crianças pequenas peladas (o resto é impróprio)”.
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