Por Ana Paula de Araújo
Hesíodo foi um dos maiores poetas gregos da Idade Arcaica. Viveu aproximadamente no ano 800 a.C. na Beócia, no centro da Grécia. Passou parte de sua vida na sua cidade natal, a aldeia de Ascra.
Sua obra se encontra ao lado da de Homero, e os dois se destacam por serem os pilares da cultura grega antiga.
De acordo com as informações dadas pelo próprio poeta, na obra Trabalhos e Dias, depois da morte do pai, entrou em confronto com seu irmão Perses, pois este corrompeu os juízes locais e tomou a maior parte da herança que correspondia aos dois. Esse fato marcou sua vida e, em suas obras, Hesíodo enaltece a virtude da justiça, cujo símbolo atribui a Zeus.
Um dos eventos que marcou sua vida, foi uma viagem para Cálcis, na ilha de Eubéia (na costa grega), onde foi participar dos jogos funerários realizados em honra de Anfidamos, onde foi o ganhador do prêmio.
Há relatos ainda de sua atividade como pastor, até que lhe apareceram as musas que o inspiraram na composição de sua mais famosa obra “Teogonia”. A partir de então, dedicou-se à Literatura.
Suas obras conhecidas são:
- Teogonia
- Trabalhos e Dias
- O Escudo de Hércules
Do qual este último chegou até nós apenas um fragmento.
Em Os Trabalhos e Dias o poeta relata seus problemas com o irmão Perses, dá informações detalhadas sobre a agricultura, e reflete sobre a importância da justiça e do trabalho. Como são obras bastante diferentes, Teogonia e Trabalhos e Dias, háainda um debate quanto à autoria de Hesíodo.
Hesíodo não se ocupou das aventuras fantásticas dos heróis gregos como fez Homero em seus clássicos Ilíada e Odisséia.
Na obra de Hesíodo encontramos como temas os deuses, que são os regentes do destino do homem, e o próprio ser humano, com suas fadigas e misérias.Para ele, a felicidade consistia no trabalho e no exercício das virtudes morais.
Mesmo tendo sido escrito no século XVIII a.C., uma de suas frases parece ter uma incrível atualidade: "Não vejo esperança para o nosso povo, se ele depender da frívola mediocridade de hoje, pois todos os jovens são indizivelmente frívolos...quando eu era menino, ensinavam-nos a ser discretos e a respeitar os mais velhos, mas os moços de hoje são excessivamente sabidos e não toleram restrições."
Segundo relatos, o poeta morreu em Ascra.
Fonte:
R. Aubreton, Introdução a Hesíodo, São Paulo, S.N., 1956.
R. Aubreton, Introdução a Hesíodo, São Paulo, S.N., 1956.
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