02.05.2015
Washington. A morte do jovem negro Freddie Gray quando se encontrava sob custódia policial na cidade de Baltimore foi um homicídio e, por isso, serão processados seis agentes da polícia envolvidos no crime, afirmou ontem a promotora local Marilyn Mosby. A promotoria já emitiu ordens de prisão para os agentes envolvidos no caso.
"Os resultados de nossa investigação independente, somados ao relatório do exame médico que determinou a morte do sr. Freddie Gray foi um homicídio, nos levam à conclusão de que temos causas prováveis para abrir processos criminais", declarou Mosby à imprensa.
Os agentes deverão responder por várias acusações, incluindo homicídio duplamente qualificado. De acordo com Mosby, os policiais prenderam Gray ilegalmente, já que ele não cometeu crime algum.
O anúncio de Mosby foi recebido com gritos de alegria por manifestantes que acompanhavam a coletiva de imprensa em uma praça diante da Prefeitura, que nos últimos dias foi o cenário principal dos protestos.
Na véspera, a polícia de Baltimore entregou ao Ministério Público os resultados da investigação sobre o caso Gray, que morreu em 19 de abril devido à fraturas na coluna vertebral uma semana depois de ser preso.
A prefeita de Baltimore (Maryland), Stephanie Rawlings-Blake, afirmou ontem, que ninguém está acima da lei na cidade. "Eu fiquei enojada e de coração partido pelas acusações anunciadas... Haverá Justiça para o senhor Gray, para sua família e para a cidade de Baltimore", disse a prefeita.
Também ontem o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que "é vital que se chegue à verdade" sobre o caso, defendendo que "é preciso fazer justiça". "Os habitantes de Baltimore querem, mais do que qualquer coisa, a verdade. É o que também esperam todos no país", concluiu.
A morte de Freddie Gray desencadeou graves distúrbios nos Estados Unidos desde a segunda-feira após o funeral do jovem.
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