26.04.2015
A ideia da Prefeitura é tentar ordenar a movimentação de carros nas ruas e avenidas de Fortaleza
Quando o prefeito Roberto Cláudio e o titular da Secretaria de Infraestrutura (Seinf), Samuel Dias, assinaram a ordem de serviço para elaboração do Plano de Circulação de Cargas e de Operações Associadas - referente ao tráfego de veículos urbanos de cargas na Capital -, em julho de 2013, a expectativa era de que a iniciativa ficasse pronta em 12 meses. No entanto, agora a previsão é de que ele seja entregue apenas no segundo semestre deste ano, ou seja, com mais de dois anos de atraso.
A ideia é tentar ordenar o trânsito nas ruas da Capital. De acordo com a Seinf, foram concluídas, até agora, somente as etapas de caracterização da circulação de veículos de carga e suas operações associadas, o diagnóstico e prognóstico da circulação de veículos de carga e de suas operações associadas e, atualmente, estão em andamento as definições das ações de readequação e de regulamentação da circulação de veículos de carga e a consolidação do plano. A previsão de envio para a Câmara dos Vereadores é no segundo semestre deste ano.
A demora, explicou a assessoria da pasta, ocorre por conta da importância estratégica da finalização do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI), então, optou-se pela concentração de esforços, incluindo a mobilização integral de recursos humanos, para sua execução prioritária, sendo, deste modo, necessária a reprogramação das atividades relativas à elaboração do Plano de Circulação de Cargas.
A Secretaria de Infraestrutura informou que o objetivo da proposta prevista no plano é que os veículos de carga de maior porte não possam ter acesso ao núcleo central da cidade. Para isso, dividiu-se a cidade em quatro zonas com características diferenciadas. Esses pontos delimitados pelo estudo têm restrições especiais em função das suas características urbanas e econômicas, e, principalmente, são as zonas urbanas onde se identificou maior existência de carga e descarga.
Trabalho
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Ceará (Setcarce), Clóvis Bezerra, diz que já foi apresentada, na semana passada, a minuta do projeto para que o sindicato avalie. Agora, a comissão técnica está analisando. "A economia do Estado está em cima de caminhões. Temos que entregar e coletar mercadorias. Não queremos atrapalhar o trânsito, mas sim efetuar nosso trabalho", frisou.
Para ele, o plano tem que sobretudo contemplar a definição adequada dos veículos. Não pode ficar atrelado a só determinado tipo de carro. Principalmente nos gargalos, que estão no Centro e no quadrilátero da Aldeota. "Queremos a definição de carros que tenham facilidade de manobra. E adoção de um modelo já utilizado em São Paulo", disse.
Legislação
A última portaria, de 2012, está adequada para o que o Setcarce deseja, disse Bezerra. Por isso, o objetivo é de que essa portaria seja transportada para a lei. "O que pedimos hoje é o aumento da altura do carro para passar de 4,40 metros para 6,50 metros ou 7,50 metros. O peso não interfere muito".
O presidente justificou essa escolha porque é melhor ter caminhões maiores, pois os motoristas não podem encher o centro de veículos. Já que com caminhões menores teremos muito mais carros circulando. Questionado sobre a altura dos caminhões, o presidente relatou que não comprometeria a fiação. "Não demora mais, acredito que até junho tudo esteja finalizado", afirmou Bezerra.
Thiago rocha/Thatiany nascimento
Repórteres
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