sábado, 25 de abril de 2015

Brasil tenta salvar brasileiro na Indonésia

Fonte: http://www.opovo.com.br/
25/04/2015

O Ministério das Relações Exteriores continua tentando, junto ao Governo da Indonésia evitar a execução do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos. O encarregado de negócios indonésio em Brasília, Mochammad Rizki Safary, foi convocado pelo Itamaraty para uma conversa na tarde de ontem. A defesa de Gularte também entrará, na segunda-feira, com um outro recurso para evitar a pena de morte.
Desta vez, sob o argumento de que o brasileiro sofre de esquizofrenia e que, por isso, não pode sofrer a sentença capital. Gularte foi condenado à morte em 2005 por tráfico de drogas. Na Indonésia, a execução se dá por fuzilamento. O subsecretário para Comunidades Brasileiras no exterior, Carlos Alberto Simas Magalhães, reforçou o pedido de clemência feito anteriormente pela presidente Dilma Rousseff.

O diplomata indonésio disse apenas que transmitiria o pedido a Jacarta. O encarregado de negócios do Brasil na Indonésia, Leonardo Carvalho Monteiro, também manteve conversas ontem com diplomatas indonésios naquele país, pedindo que a vida do detento seja poupada. Faltam indícios de que a presidente Dilma procure mais uma vez, por telefonema ou carta, o colega indonésio, Joko Widodo, para interceder por Gularte.

O pedido de clemência feito a Widodo por Dilma no início do ano já era em nome de Gularte e de outro brasileiro, Marco Archer, que foi executado em 18 de janeiro. O sentimento no Governo brasileiro, desde a recusa indonésia à clemência e a morte de Archer, é de que falta disposição por parte de Widodo para revogar a decisão.
 
Convocação
Um sinal de que a data das execuções está próxima é que os indonésios convocaram representantes de embaixadas estrangeiras com cidadãos condenados à morte para que compareçam neste sábado ao complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 quilômetros de Jacarta. Por lei, o Governo da Indonésia só é obrigado a informar o prisioneiro sobre a execução com 72 horas de antecedência. Foi assim com o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira. (das agências)

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