26.07.2014
Ceará apresenta aumento de 5% no total anual de pessoas feridas no trabalho; País teve redução
Os números relacionados a acidentes de trabalho são alarmantes no Ceará. O Estado contabiliza crescimento de 5% no total anual, com média de uma vítima a cada 40 minutos, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Previdência Social. A situação é bastante preocupante nas regiões rurais, onde um trabalhador se machuca por dia com maquinarias, como tratores, sem contabilizar os casos que não se têm conhecimento.
O último levantamento publicado pela Previdência Social totaliza os acidentes de trabalho ocorridos em 2012. No Ceará, foram 13.002 casos, 620 a mais do que no ano anterior. No Brasil, os números tiveram uma pequena queda. No igual período, o número de acidentes no País passou de 720.629 para 705.239.
O município de Sobral foi o recordista no crescimento de incidentes de trabalho, em números absolutos. Foram 1.248 acidentes, 237 a mais que no ano anterior. A quantidade de novos casos é superior ao de Fortaleza, onde, em 2012, foram registrados 45 a mais do que em 2011, com total um de 5.126.
A cidade de Santana do Acaraú foi a que apresentou o maior crescimento de ocorrências, totalizando um aumento de cerca de 1.300%, subindo de dois para 26 casos descobertos. Neste domingo, é celebrado o dia nacional da prevenção de acidentes de trabalho. Com o intuito de reduzir a quantidade de incidentes no Ceará, 40 instituições públicas e privadas reuniram-se no grupo chamado Getrin7.
A força-tarefa procura trabalhar através de ações educativas que tentam reduzir os acidentes.
"Os acidentes de trabalho não são um acontecimento normal, são fatalidades que podem ser prevenidas. Por isso, procuramos ter atividades educativas para atingir todos os estudantes. Estamos focados nos de nível superior pela urgência dos fatos, mas depois pretendemos ir para dentro das escolas", assegura Carlos Alberto Rebonatto, coordenador regional do Programa Trabalho Seguro.
Sem registros
Neste ano, o foco do grupo é o trabalho rural, atividade para a qual não existem estatísticas oficiais. "Como grande parte dos trabalhadores rurais não possuem carteira assinada, não registram os acidentes como ocasionados pelo trabalho, mas sim como incidentes domésticos. Assim, não temos dados oficiais", esclarece Rebonatto.
A caravana do Trabalho Seguro irá passar por quatro municípios do Interior do Estado para alertar sobre esse perigo, além de solicitar que as pessoas façam o registro dos acidentes. Em novembro, será feito um evento científico com alunos de universidades para informar sobre os procedimentos e medida preventivas que devem ser tomadas.
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