12.07.2014
Genebra. Cinquenta novos casos de ebola e 25 mortes foram relatados em Serra Leoa, Libéria e Guiné desde 3 de julho, e o vírus mortal continua a se espalhar entre as famílias, informou a Organização Mundial da Saúde das Nações Unidas (OMS) divulgado nesta semana.
Em um comunicado, a agência afirmou que as cifras mais recentes dos ministérios da Saúde dos três países mostraram um total de 844 casos, entre eles 518 mortes, na epidemia iniciada em fevereiro. Segundo a OMS, este é o maior surto de ebola já registrado na história.
O ministério de Guiné relatou duas mortes desde 3 de julho, mas nenhum novo caso na primeira semana do mês, de acordo com a OMS, que classificou a situação na região afetada no oeste da África como um "quadro misto".
Serra Leoa teve 34 dos novos casos e 14 mortes, enquanto a Libéria relatou 16 novos casos e nove falecimentos. "Estes números indicam que continua ocorrendo uma transmissão viral ativa na comunidade", informou o relatório.
A porta-voz da OMS, Fadela Chaib, falando durante uma entrevista coletiva à imprensa em Genebra afirmou: "Isto significa que os dois principais modos de transmissão, como cuidado caseiro, pessoas que cuidam de seus parentes em casa e os enterros, continuam acontecendo".
"Se não detivermos a transmissão nos vários locais mais afetados nestes três países, não poderemos dizer que estamos controlando o surto", disse.
Países do oeste africano e organizações internacionais de saúde adotaram uma nova estratégia no último dia 3 de julho para combater a pior epidemia de ebola da história. As medidas incluem maior vigilância para detectar o vírus e o fortalecimento da cooperação nas fronteiras.
Epidemia regional
Também nesta semana a organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou para o risco de uma epidemia regional na África Ocidental.
Com cerca de 300 profissionais atuando, a organização já atendeu cerca de 500 pacientes e está no limite de sua capacidade operacional. De acordo com a MSF, se contraído, o ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.
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