segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sul-africanos oferecem louvores a Mandela

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
09.12.2013

Na Regina Mundi, em Soweto, a maior Igreja Católica da África do Sul, centenas de pessoas reuniram-se para orar
Johanesburgo Com hinos e homenagens, sul-africanos de todas as cores e credos relembraram Nelson Mandela em um dia de orações ontem (08), mantendo-o como símbolo de liberdade, piedade e esperança para a nação e para o mundo.

Milhões de pessoas de todos os credos e religiões relembram Nelson Mandela e refletem sobre um homem celebrado como "Pai da Nação"FOTO: REUTERS
Nas igrejas, mesquitas, sinagogas e centros comunitários em todo o país, desde o rio Limpopo até o Cabo, milhões oferecem louvores e refletem sobre um homem celebrado como "Pai da Nação" e como um farol global de integridade, retidão e reconciliação.

Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul que conduziu a saída de seu país do apartheid para uma democracia multirracial, morreu na quinta-feira (05), com 95 anos, depois de meses de doença.

Desde então, a África foi tomada por uma onda de emoção inigualável desde a libertação de Mandela, após 27 anos de prisão, em 1990. Os olhos do mundo estão voltados para sua casa em Johanesburgo, onde multidões deixam flores, balões e mensagens. Na igreja Regina Mundi em Soweto, a maior Igreja Católica da África do Sul, centenas de pessoas, jovens e velhos, reuniram-se para orar por Mandela e o futuro da nação.

"As pessoas estão rezando para que haja mudança, para nos unirmos", disse a administradora Gladys Simelane. A viúva de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, vestida de preto, compareceu a uma cerimônia metodista no subúrbio de Bryanston, no norte de Johanesburgo, onde o presidente Jacob Zuma elogiou os valores do mais amado estadista do país.

"Ele acreditava em piedade e perdoou até aqueles que o mantiveram preso por 27 anos", afirmou Zuma em discurso. A presidenta Dilma Rousseff e os presidentes norte-americano, Barack Obama; francês François Hollande e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, confirmaram presença no funeral.

A ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane, disse que um grupo menor de autoridades estrangeiras deve visitar Qunu, aldeia natal de Nelson Mandela, onde será enterrado no dia 15.

O presidente do Conselho Pontifício da Justiça e Paz do Vaticano, o cardeal ganês Peter Turkson, será o representante do papa Francisco nas cerimônias. De acordo com o anúncio, divulgado ontem pela Santa Sé, na agenda de Turkson está a missa oficial em memória de Mandela, marcada para ocorrer no Estádio Soccer City, no Soweto, em Joanesburgo.

Turkson é arcebispo de Cape Coast, em Gana, e integra o Conselho Pontifício para a União dos Cristãos e a Comissão para o Patrimônio Cultural da Igreja.

Pelo menos 80 mil pessoas devem participar da missa oficial na próxima terça-feira (10). O estádio foi escolhido para a cerimônia por ser onde Mandela fez sua última grande aparição.

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