8-Man, Super Chicken e Underdog são alguns exemplos de combatentes do crime cujos dons tem origens pra lá de excêntricas
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São tantos os super-heróis criados no mundo dos quadrinhos que a quantidade de roteiros e explicações possíveis para como eles adquiriram seus poderes deve beirar milhões. Por esse mesmo motivo, alguns personagens mais excêntricos estão fadados a nascerem, como é o caso de um defensor da justiça da década de 1960 que obtinha suas habilidades ao acender um cigarro.
“8-Man” surgiu originalmente como uma tira de quadrinhos semanal no Japão, publicada entre 1960 e 1963, que posteriormente se tornou um desenho animado de trinta minutos, ficando no ar até 1964. A partir de 1965, o programa ganhou uma versão norte-americana com algumas mudanças para adaptação ao gosto do público local, passando a se chama “The Eight Man”.
O desenho contava a história do policial Peter Brady (detetive Yokoda na versão japonesa), que foi morto por bandidos e teve seu corpo transformado pelo cientista Professor Genius (chamado Tani no original). O herói foi a oitava tentativa do pesquisador de trazer alguém de volta à vida, sendo a primeira bem sucedida, e teve sua essência vital transferida para um androide superpoderoso.
Tragada especial
Embora todos saibam que ser um fumante de peso certamente não é o ideal para quem quer correr, pular, voar, lutar contra o crime e realizar outros feitos maravilhosos, para 8-Man isso era a chave para os seus poderes. Assim como Popeye engolia latas inteira de espinafre, o androide recarregava sua “reserva de energia atômica” com uma substância feita em laboratório e enrolada em papéis. Bastavam algumas tragadas e ele estava pronto para a luta.
Uma curiosidade sobre o desenho é que, na sua versão americana, a forma androide de Brady recebeu o nome de Tobor (“robot” escrito ao contrário). Além disso, acredita-se que 8-Man tenha sido a principal inspiração para a franquia de filmes Robocop, que surgiu alguns anos depois e está prestes a ganhar um reboot.
Outros heróis com hábitos estranhos que surgiram na mesma época foram o Super Chicken, que deixava seu alter ego Cabot Henhouse III após beber seu “molho especial”, que parecia estranhamente similar a uma garrafa de bebida alcoólica. O herói Underdog também parecia ter problemas com vício, já que ganhava seus poderes ao ingerir pílulas.
Esquilos me mordam
Mas também não é preciso olhar apenas para um passado tão distante para encontrar defensores da justiça com habilidades incomuns – ou simplesmente bizarras. A Garota Esquilo, da Marvel, era uma estudante do ensino médio que podia controlar esquilos, que usava para confrontar os vilões, além de contar com uma cauda de cerca de 1 metro de comprimento, dentes salientes, garras e espinhos retráteis ao estilo Wolverine e lábios com gosto de nozes.
A moça desejava desesperadamente se tornar a parceira do Homem de Ferro, mas ele a rejeitou mesmo após ela salvar sua vida, falando que ela talvez pudesse se unir aos Vingadores quando crescesse.
Super vômito
Outro personagem da Marvel, Zeitgeist descobriu que seu estômago produzia super ácido de uma forma pra lá de estranha: após ficar bêbado e começar a dar uns amassos com uma garota, ele se sentiu mal e acabou vomitando na cara dela, causando graves queimaduras na face da pobre vítima. Sua resposta ao incidente foi a mais natural possível, um óbvio “torço de verdade para os médicos terem conseguido recuperar seu rosto bonito”.
O lado bom foi que Zeitgeist então descobriu ter um superpoder e começou a utilizá-lo para o bem, vomitando em cima de criminosos e supervilões. Seu ácido estomacal era tão potente que conseguia atravessar uma placa de aço de 10 cm de espessura em meio minuto. É apenas um palpite, mas acho que a garota nunca conseguiu sua beleza de volta.
Sorria e concorde
Um dos poderes mais estranhos, e talvez um dos menos politicamente corretos, é o da Garota Arco-íris da DC. Ela conseguia controlar poderes do espectro emocional, o que a dava variações de ânimo extremamente imprevisíveis, em uma espécie de superTPM. Para lutar contra o mal ela ativava sua raiva (na cor vermelha), esperança (azul) e força de vontade (verde).
A heroína também tinha a habilidade de criar um campo de feromônios que fazia com que ela tivesse uma personalidade que todos amavam e contra a qual ninguém conseguia resistir. Sorte dela, porque certamente é muito difícil amar uma mulher cuja atitude vai de pura felicidade a raiva destrutiva em questão de segundos.
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