Declaração foi feita através de um site especial para os empregados da rede, que foi retirado do ar após as inúmeras críticas
Fonte da imagem: Reprodução/NY Daily News
Ao tentar mostrar um pouco de preocupação com a saúde de seus funcionários, o McDonald’s se colocou em uma situação embaraçosa e contraditória. Isso porque um de seus sites – feito especialmente para criar um canal de comunicação com os empregados da rede de fast food – recomendou evitar o consumo de hambúrgueres e batatas fritas sempre que possível.
A informação estava no site McResource Line – que já pisou na bola outras vezes – e deixava claro que os funcionários não deveriam consumir as refeições que preparam diariamente porque não são saudáveis. Para ilustrar a diferença, o texto publicado ainda trazia imagens que mostravam uma típica refeição comercializada pela rede de restaurantes ao lado da frase “escolha não saudável”.
“Fast foods são alternativas rápidas, por um preço razoável e facilmente disponíveis em comparação com as refeições feitas em casa. Apesar de convenientes e econômicas para um estilo de vida atribulado, fast foods são tipicamente ricas em calorias, gorduras, gordura saturadas, açúcar e sal e oferecem o risco de que as pessoas ganhem sobrepeso”, era o que informava o site de acordo com o RT.
A página – que se encontra fora do ar até o momento – ainda aconselhava “comer em lugares que oferecem uma variedade em saladas, sopas e vegetais para manter sua saúde em alta. Embora não seja impossível, é desafiador comer de maneira saudável em um restaurante de fast food. Em geral, evitar frituras é a melhor escolha”.
Logicamente, as afirmações divulgadas na página chamaram a atenção da mídia e despertaram críticas de todos os lados. Em sua defesa, o McDonald’s liberou uma nota que dizia: “Partes desse site continuam sendo utilizadas fora de contexto. Esse site traz informações úteis de terceiros respeitáveis sobre muitos assuntos, entre eles, saúde e bem-estar. Também inclui informações de profissionais sobre alimentação saudável e escolhas balanceadas. O McDonald’s concorda com essa recomendação”.
Sucessão de erros
Além de chamar a atenção para esse deslize, a mídia internacional lembrou que há algumas semanas os funcionários das filiais americanas da rede fizeram uma greve para reivindicar pelo salário mínimo de 15 dólares a hora.
Apesar disso, o site McResource Line já compartilhou dicas para que seus funcionários pudessem dar gorjetas a empregadas, massagistas, instrutores de ginástica, limpadores de piscinas, babás e uma série de outros profissionais que provavelmente não prestam serviços para pessoas que estão reivindicando um salário mais digno.
Ainda, em outubro, o RT lembra que os funcionários que estavam sem condições de pagar suas contas foram aconselhados pela empresa (através do mesmo site) a se inscrever nos programas de benefícios sociais do governo, em vez de buscar salários mais altos.
Com o site indisponível, o McDonald’s apenas comunicou que “está temporariamente fora do ar e em manutenção para proporcionar a melhor experiência possível”.
Uma rede de fast food que não aconselha seus funcionários consumirem fast food. Faz todo sentido, ora pois!
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