Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
09.12.2013
O texto informa que não foi encontrada qualquer evidência do câncer do qual o ex-deputado se tratou, em 2012
Brasília O laudo do trio de oncologistas encarregado de examinar o ex-deputado do PTB Roberto Jefferson diz que o autor da denúncia do mensalão não tem necessidade de permanecer em casa.
Roberto Jefferson revelou que o pedido de prisão domiciliar foi motivado por um desequilíbrio metabólico e pela restrição alimentar FOTO: FOLHA PRESS
O documento será usado pelo ministro Joaquim Barbosa para decidir se aceita o pedido da defesa para que Jefferson fique em prisão domiciliar, e não no regime semiaberto, ao qual foi inicialmente condenado. Datado de 4 de dezembro, o texto, ao qual os advogados de Jefferson tiveram acesso, informa que não foi encontrada "qualquer evidência" do câncer de que ele se tratou - a partir da retirada de um tumor no pâncreas em 2012.
"Do ponto de vista oncológico, esta junta não identifica como imprescindível, para o tratamento de Roberto Jefferson Monteiro Francisco, que o mesmo permaneça em sua residência ou internado em unidade hospitalar", sustenta o laudo. Assinam os médicos Carlos José Coelho de Andrade, Rafael Oliveira Albagli e Cristiano Guedes Duque, todos do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
Corrupção
Jefferson sempre frisou que seu pedido de prisão domiciliar não é motivado pelo câncer, hoje em remissão, e sim pelo desequilíbrio metabólico e pela restrição alimentar resultantes do tratamento. O laudo é um revés para a defesa do ex-deputado, que espera agora a manifestação de Joaquim Barbosa, relator do processo e a quem cabe determinar as prisões. No caso do ex-deputado José Genoino, que também recebeu laudo contrário à concessão de regime aberto, o relator do mensalão optou por deixá-lo provisoriamente em casa.
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