Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
16.11.2013
Em pronunciamento recente, na Assembleia Legislativa, o deputado Professor Teodoro (PSD), enalteceu a realização do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No entanto, se disse preocupado com a composição do questionário apresentado, que não faz com que o aluno reflita, e passe apenas a decorar questões e fórmulas. Ele voltou a defender uma reforma urgente no Ensino Médio para mudar o perfil dos estudantes do Brasil.
O parlamentar ressaltou que, depois de 15 anos criado, o Enem passou a ter a inserção de todas as 59 instituições de ensino federal que utilizaram o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) como forma de ingresso na Universidade, ainda que algumas de forma parcial. Com inscrição de mais de 7,1 milhões de pessoas e um incremente de 20% em relação a 2012, e disputa de mais de 5,9 milhões de pessoas interessadas em estudar em uma entidade de ensino federal, o Enem 2013 foi o maior da história, disse o parlamentar.
"Pela primeira vez também não houve problemas mais graves como nas outras edições passadas. Também, não houve desvios graves como os acontecidos nas edições anteriores, que iam desde o vazamento de questões, problemas de logísticas e fraudes diversas, além de erros grosseiros", ressaltou Teodoro.
Regionalização
O que o Enem ainda não conseguiu fazer foi a constituição de dois exames ao ano, o que melhoraria sua regionalização e também serviria como ponto de discussão do ensino no Brasil. Segundo ele, o problema do Enem é que não produz maior debate sobre a melhoria do ensino dos jovens brasileiros, mas apenas apresenta, em sua maioria, fórmulas e perguntas levando os alunos apenas a decorar os exames e não uma reflexão e raciocínio das questões apresentadas.
"O exame ainda apela para questões de decorebas e os cursinhos estão levando os alunos ao adestramento para que eles possam realizar seus exames. Temos que buscar aperfeiçoar o Enem, diminuindo até as matérias, regionalizando-o e fazendo com que ele seja realizado até duas vezes ao ano", sugeriu.
"Caso sua realização fosse feita em duas edições anuais, serviria não apenas para monitorar a evolução do aprendizado, como evitaria a concentração do teste em apenas um período, o que significa mais estresse para os alunos". Na sua primeira edição, ainda em 1998, o Enem se definia como um exame individual, de caráter voluntário.
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