06.12.2014
Ações serão fortalecidas nos bairros Sabiaguaba e Presidente Vargas para tentar reverter os números até o dia 30
Os bairros Sabiaguaba, na Regional VI, e Presidente Vargas, na Regional V, correm risco de surto de dengue de acordo com os dados do Índice de Infestação Predial (IIP) do Levantamento de Índice Rápido Amostral (LIRA), divulgado pela Secretária de Saúde do Município (SMS). Agora, o órgão vai fortalecer as ações nos bairros com maiores IIP para que os números diminuam até o dia 30 de dezembro.
Quando o Índice de Infestação Predial de um município ou bairro é acima de 4%, o Ministério da Saúde considera que existe risco de surto da doença. Aquelas localidades que estão com índices entre 1% e 3,9% estão em situação de alerta e aqueles com menos de 1% são considerados em condições satisfatórias. No geral, o IIP de Fortaleza é 0,84. Ao todo, são 77 bairros em condições satisfatórias, 40 em alerta e Sabiaguaba e Presidente Vargas com riscos. O primeiro com 5,52% e o segundo com 4,70%. A Regional V é a única em estado de alerta devido ao índice de 1,18%.
Na Capital, foram confirmados, até agora, 4.619 casos da doença. Desses, 23 foram a óbito. Somente no Bom Jardim foram 338 doentes, em Messejana 313 e no Mondubim 278. Guararapes e Moura Brasil registraram apenas um caso e Varjota dois.
Segundo o gerente da Célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos da SMS, Nélio Morais, o órgão vai intensificar os trabalhos nos bairros que estão com o IIP maior que 1%.
Na Sabiaguaba, explicou Morais, o problema é a falta de regularidade do abastecimento de água. Por causa disso, os moradores são obrigados a armazenar o líquido, só que muitas vezes não fazem a vedação dos reservatórios. Já no Presidente Vargas o transtorno é causado pela grande quantidade de lixo nas ruas e nos quintais. A preocupação da SMS com o problema aumenta com a incidência de chuvas em dezembro.
Desfile
Para celebrar o dia "D" nacional contra a dengue, o Núcleo de Educação em Saúde e Mobilização Social (Nesms) realizou, na tarde de ontem, um desfile, na Av. Beira Mar, para conscientizar a população sobre os cuidados em combate ao Aedes aegypit, transmissor da dengue e da febre chikunguya. A mobilização reuniu 708 participantes mais as pessoas que aderiram a atividade, todas as regionais foram representadas.
Ao som de músicas que falavam sobre como prevenir a proliferação do mosquito e muita animação, os membros do desfile chamaram a atenção de quem passava. Além dos agentes de endemia, estavam presentes alunos de escolas municipais e lideranças para divulgação do tema nas comunidades.
A Secretaria Executiva Regional (SER) VI levou o lema "educar com arte". Para a assessora técnica do Nesms, Edna Alburqueque, o intuito das ações é fazer com que a população coloque em prática o que aprende. "Todo mundo sabe o que se precisa fazer para prevenir a dengue, mas o problema é fazer", conta. A ala da SER VI foi bem representada pelas crianças e adolescentes do Circo Escola Palmeiras, que levaram muita cor e arte para o desfile.
Fique por dentro
Eliminar água parada para prevenir doença
A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito Aedes Aegypti, pois ainda não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é importante eliminar lugares que acumulam água.
Além disso, para o combate à dengue, os agentes de endemias utilizam o larvicida, que são aqueles produtos em pó colocados nos lugares onde há água parada que não pode ser eliminada, e também os inseticidas, que são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização e matam os insetos adultos. Em apenas 45 dias de vida, um mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
Thiago Rocha
Repórter
Nenhum comentário:
Postar um comentário