Folhapress | 16h19 | 18.01.2014
Federico Lombardi afirmou que foram afastados 300 padres em 2011 e outros cem em 2012.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou nesta sábado (18) que 400 religiosos foram expulsos da Igreja Católica entre 2011 e 2012, durante o pontificado de Bento 16, por acusações de pedofilia. O agora papa emérito foi muito criticado por não reagir ao escândalo de abuso sexual.
Ação aconteceu durante o pontificado de Bento 16 Foto: Agência Reuters
Ação aconteceu durante o pontificado de Bento 16 Foto: Agência Reuters
O anúncio é feito dois dias após o depoimento do embaixador da Santa Sé na ONU, Silvano Tomasi, ao Comitê de Direitos da Criança das Nações Unidas, em que negou as acusações de que o Vaticano teria acobertado os sacerdotes.
Lombardi afirmou que foram afastados 300 padres em 2011 e outros cem em 2012. As expulsões foram feitas após uma década de escândalos de abusos sexuais cometidos por religiosos contra crianças, que começou na Irlanda e se estendeu para Alemanha, Estados Unidos e México.
Em alguns casos, a pedofilia foi encoberta pelos superiores dos acusados, que os transferiram para outras paróquias, em vez de denunciá-los à polícia. Em 2005, Bento 16 havia prometido afastar todos os que acobertassem abusos sexuais dentro da Igreja, mas não conseguiu.
Na quinta, a ONU pediu atuação firme do Vaticano em relação aos religiosos infratores. Em resposta, o representante da Santa Sé criticou a acusação de estaria tentando encobrir os crimes e que os abusadores serão punidos de acordo com o direito canônico.
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