05/07/2013
Ano passado, quando o empresário figurava entre os mais ricos do mundo, a fortuna de Eike era avaliada em US$ 34,5 bilhões. Hoje está em US$ 2,9 bilhões
O empresário Eike Batista viu o seu patrimônio cair mais de 90% após a tormenta financeira provocada pela crise de credibilidade de investidores em relação às empresas do seu grupo, o EBX.
Anúncios de números abaixo do esperado para a produção de petróleo da OGX deflagraram um movimento de venda das ações que acabou se alastrando para empresas do grupo.
Duas agências de classificação de risco rebaixaram, nesta semana, a avaliação de crédito da petroleira para um nível próximo ao de empresas em situação de default (calote) e agravaram a situação do grupo.
Segundo levantamento da Bloomberg, o patrimônio do empresário é estimado agora em US$ 2,9 bilhões. No ano passado, quando ainda figurava entre as maiores fortunas do mundo, Eike tinha um equivalente a US$ 34,5 bilhões.
A agência descontou da conta garantias pessoais de R$ 2,3 bilhões oferecidas pelo empresário ao BNDES para empréstimos contratadas nas instituição. A informação foi obtida pela Bloomberg por meio da Lei de Acesso à Informação. O BNDES informou ontem que as operações contratadas pelo grupo EBX somam R$ 10,4 bilhões.
Sem ajuda
O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou ontem que o governo não precisará socorrer as empresas do empresário Eike Batista, que vivem uma crise de confiança no mercado financeiro. “Não precisa [de socorro do governo]. Ele tem ativos muito valiosos”, afirmou .
Os representantes de Eike Batista estão correndo os bancos na tentativa de renegociar as dívidas de curto prazo do grupo EBX, que chegam a R$ 7,9 bilhões,
Ainda ontem, Eike renunciou ao cargo de presidente do conselho da empresa de energia MPX. Sua saída foi o primeiro passo do plano de uma reestruturação em curso para o grupo. A estratégia é vender ativos e, com esses recursos, pagar os maiores credores: Itaú, Bradesco e o fundo árabe Mubadala.
Projeto parado
A MMX, empresa de mineração do grupo EBX, de Eike Batista, informou onem em comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que vai parar por seis meses o projeto de minério de ferro Corumbá, localizado no Mato Grosso do Sul. Segundo a companhia, a medida visa “otimização da alocação de capital e maximização de valor para seus acionistas”. O Sistema Corumbá iniciou suas operações em 2005 .
Além de desse empreendimento, a MMX constrói o Porto Sudeste, previsto para entrar em operação em dezembro de 2013. (da Folhapress)
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