sábado, 9 de março de 2013

Gonzaguinha está sem ultrassom

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
09.03.2013


Aparelho quebrou no ano passado e aguarda conserto, avaliado em R$ 18, 5 mil; hospital é referência em pré-natal

Paulo e Solange Costa, que está com quase nove meses de gravidez, vão ter que ir a um hospital particular para realizar exame Foto: Marília Camelo

Os pacientes que necessitam de exames de ultrassom no Hospital Distrital Gonzaga Mota (Gonzaquinha de Messejana), referência em pré-natal, voltam para casa sem realizar o procedimento. Desde novembro de 2012, o aparelho está quebrado. Prestes a ter bebê, a doméstica Solange Maria da Solva Costa, 32 anos, foi até a unidade fazer o exame que a médica solicitou.

"Foi solicitado o exame porque estou com pressão alta. Mas, infelizmente, não foi possível fazer aqui, pois está sem funcionar", disse ela. O marido, Paulo de Souza Costa, contou que será preciso fazer o procedimento em uma clínica particular. "Temos que levar o resultado para a médica semana que vem, não temos como esperar, até porque ela já está com quase nove meses de gestação", explica.

A diretora técnica do hospital, Elaine Saraiva Feitosa, explicou que o aparelho quebrou no dia 20 de novembro. No início de dezembro, o técnico especializado no conserto da máquina fez a visita e diagnosticou o problema. "Pagamos a visita dele, R$ 390,00, e ele informou que, com o valor da peça mais a mão de obra para o conserto, o orçamento sai no valor de quase R$ 18, 5 mil. Então, encaminhamos para a Secretaria Municipal de Saúde", afirma.

Segundo ela, agora estão esperando a aprovação da Prefeitura. "Não depende apenas de nós, o que podemos fazer, foi feito. Inclusive, pedimos até para que fosse dispensada a licitação que, neste caso, como o valor é superior a R$ 8 mil, seria necessária, porque é caso de urgência".

Ontem, o hospital recebeu a visita da Coordenadoria de Gestão Hospitalar que, conforme a diretora, mostrou-se interessada em resolver o problema.

Mensalmente, são realizados 300 exames de ultrassom no hospital, que atende não só o público da unidade, mas, também, dos postos da Regional VI.

O coordenador de Gestão Hospitalar do Município, Francisco Alencar, que esteve na unidade, explicou que pegou o processo ontem, e vai encaminhar para a dispensa de licitação e providenciar "a resolução do problema o mais rápido possível". Disse ainda que vai pedir carta de exclusividade para a fabricante, para que a compra da placa seja mais rápida. Enquanto isso, ele pediu para que os médicos que não estavam trabalhando por causa do problema fossem encaminhados para outros hospitais. "Vamos distribuir na rede a informação onde existe aparelhos de ultrasom, para que os pacientes sejam encaminhados para outros locais", garante.

Segundo Alencar, no Gonzaguinha, existe um ultrassom portátil que é usado, por exemplo, no centro obstétrico. "Fica restrito a alguns casos", ressalta.
EVELANE BARROS
REPÓRTER

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