Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
16.02.2013
A Força Nacional será usada na transferência de, pelo menos, 20 criminosos para penitenciárias federais
Florianópolis. O Ministério da Justiça enviou ontem para Santa Catarina tropas da Força Nacional de Segurança para ajudar no combate à onda de violência urbana que começou em 30 de janeiro.
O reforço chegou no dia em que Santa Catarina registrou o 101º atentado. O Governo do Estado não informou como usará o reforço FOTO: DIVULGAÇÃO
O reforço chegou no dia em que o Estado registrou o 101º atentado. O Governo do Estado não informou como usará o reforço, nem o efetivo enviado a Santa Catarina. As tropas chegaram a Florianópolis em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) no início da tarde.
"Não podemos dar detalhes sob risco de frustrar nossas expectativas", disse o coronel Nazareno Marcineiro, comandante-geral da Polícia Militar em Santa Catarina.
A Força Nacional será usada na transferência de pelo menos 20 criminosos de penitenciárias catarinenses a unidades federais de segurança máxima.
As tropas também ficarão dentro das penitenciárias de São Pedro de Alcântara, Chapecó, Criciúma e Itajaí, onde está a maioria dos presos que devem ser transferidos, por 10 dias.
O 101º atentado ocorreu em Guaramirim (a 171 km de Florianópolis), onde dois homens jogaram gasolina contra um ônibus escolar estacionado em um posto de combustíveis. Ninguém foi preso.
Motoristas e cobradores de ônibus da Grande Florianópolis chegaram às 17h30 a um entendimento com o Governo do Estado e a prefeitura da capital e anunciaram que vão trabalhar até as 23 horas, como fazem desde o início dos atentados.
Na quinta-feira (14), a categoria anunciou que trabalharia só até as 19 horas por medo dos ataques - dos 101 casos registrados desde 30 de janeiro, 37 foram contra ônibus, a maioria deles vazios.
O recuo de motoristas e cobradores ocorreu depois que a prefeitura anunciou o aluguel de mais 20 carros - na semana passada já haviam sido 15- e o empréstimo de 10 carros da Guarda Municipal para as escoltas dos ônibus. O Governo do Estado disponibilizou outros 40 carros para as escoltas feitas pela Polícia Militar, que diz ter efetivo, mas não ter carros suficientes para o trabalho. Agora são 85 carros particulares nas escoltas.
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