Criador do aeromodelismo e do avião com motor dirigível
Inventor aeronauta brasileiro nascido na fazenda Cabangu, próxima a estação de Palmira, hoje denominada Santos Dumont, Estado de Minas Gerais, pioneiro no uso do relógio de pulso, criador do aeromodelismo e do avião com motor dirigível, inventando a navegação aérea com veículos mais pesados que o ar, ao realizar o primeiro vôo público com um avião capaz de decolar, voar, retornar e pousar com seus próprios meios, sem o auxílio de equipamentos ou dispositivos externos e, por isso mesmo, denominado de o pai da aviação. Um dos dez filhos de um engenheiro e magnata do café, Henrique Dumont, a partir das muitas e modernas máquinas utilizadas nos trabalhos com os cafezais desenvolveu sua habilidade para a mecânica.
Impressionado com a obra de Júlio Verne, formou-se na Universidade do Rio de Janeiro e foi mandado pelo pai estudar física, química, mecânica e eletricidade em Paris (1891), onde se especializou em aeronáutica após realizou sua primeira experiência com balões (1897). Introduzindo modificações técnicas para dar maior estabilidade, alterou-lhe o centro de gravidade do balão, mediante o alongamento das cordas de suspensão da barquinha destinada ao tripulante, e também utilizou pela primeira vez a seda japonesa, tornando-o mais leve e permitindo suportar maior tensão. Assim construiu um balão em forma de charuto e com um volume abaixo da média, media aproximadamente 20,2 m de comprimento por 3,5 m de diâmetro e volume de 180 m3, propulsionado por um motor a gasolina de 4,5 HP e deu-lhe o nome de Brasil, o primeiro de uma série, pilotado pela primeira vez em 4 de julho de 1898, no Jardim da Aclimação, em Paris, demonstrando a dirigibilidade dos balões.
A série era diferenciados a medida que eram introduzidas inovações. No número 2 colocou maior potência no motor, no de número 3 empregou pela primeira vez o gás de iluminação em lugar do hidrogênio, mais caro, e o aparelho tinha um formato diferente, mais afilado nas pontas e, para abrigá-lo, construiu um hangar especial, o primeiro do mundo. No Brasil 4, pilotou sentado numa sela de bicicleta, de onde dirigia e controlava o motor, o leme de direção e as torneiras do lastro, o qual, em vez de areia, compunha-se de 54 litros de água, guardados em dois reservatórios. Esse balão subiu com sucesso em 1º de agosto de 1900, quando se realizavam em Paris a Grande Exposição e o Congresso Internacional de Aeronáutica. No nº 5 apresentou como novidade um motor de 16 HP, ao qual se adaptava uma formação triangular de pinho, com 41kg e fabricada pelo próprio aeronauta.
O balão, no entanto, chocou-se com um prédio de Paris e o cientista ficou pendurado a vinte metros de altura, mas saiu ileso. Com dirigível Brasil nº 6, que custou cerca de 30 mil dólares, contornou a torre Eiffel (1901) e voltou ao ponto de partida (o campo de aerostação de Saint-Cloud) em menos de uma hora, e pelo feito conquistou em Paris o Prêmio Deutsch de la Meurthe (cerca de 125 mil francos). Com o mesmo dirigível tentou atravessar o Mediterrâneo (1902), mas caiu no mar, sofrendo seu segundo sério acidente. Em seguida esteve no Brasil (1903) onde foi tratado como herói nacional e, logo depois, voltou a Paris para continuar construindo balões. Três anos depois (12 de outubro de 1906), em Bagatelle, Paris, realizou o primeiro vôo mecânico do mundo, voando a dois metros do chão por cerca de sessenta metros.
Um mês após (12 de novembro de 1906), voou em Paris a seis metros do chão ao longo de 220 metros com o 14-Bis, avião que inventou e construiu. Com este feito ganhou a Taça Archdeacom, instituída para o primeiro aeroplano que com seus próprios meios se elevasse a mais de 25 m, e o prêmio do Aeroclube da França, para o primeiro avião que fizesse um percurso de cem metros. Após o 14-bis criou, chamado hydro-glisseur (1907), com deslizador aquático, e que foi o precursor do hidroavião. Ainda aperfeiçoou o aparelho Demoiselle ou Libellule (1907-1909), uma espécie de modelo de ultraleve com hélice frontal, feito com bambu e seda que, com o piloto, pesava pouco mais de 100kg, e com um motor de 30 HP. Nele o cientista viveu seu último vôo como piloto e atingiu uma velocidade média de 96 quilômetros por hora (1909). Com a saúde declinante e vendo seu invento ser cada vez mais utilizado como instrumento bélico, começou a ter progressivas crises de depressão, agravadas a partir da Primeira Guerra Mundial.
Em um de seus balões
Impressionado com a obra de Júlio Verne, formou-se na Universidade do Rio de Janeiro e foi mandado pelo pai estudar física, química, mecânica e eletricidade em Paris (1891), onde se especializou em aeronáutica após realizou sua primeira experiência com balões (1897). Introduzindo modificações técnicas para dar maior estabilidade, alterou-lhe o centro de gravidade do balão, mediante o alongamento das cordas de suspensão da barquinha destinada ao tripulante, e também utilizou pela primeira vez a seda japonesa, tornando-o mais leve e permitindo suportar maior tensão. Assim construiu um balão em forma de charuto e com um volume abaixo da média, media aproximadamente 20,2 m de comprimento por 3,5 m de diâmetro e volume de 180 m3, propulsionado por um motor a gasolina de 4,5 HP e deu-lhe o nome de Brasil, o primeiro de uma série, pilotado pela primeira vez em 4 de julho de 1898, no Jardim da Aclimação, em Paris, demonstrando a dirigibilidade dos balões.
A série era diferenciados a medida que eram introduzidas inovações. No número 2 colocou maior potência no motor, no de número 3 empregou pela primeira vez o gás de iluminação em lugar do hidrogênio, mais caro, e o aparelho tinha um formato diferente, mais afilado nas pontas e, para abrigá-lo, construiu um hangar especial, o primeiro do mundo. No Brasil 4, pilotou sentado numa sela de bicicleta, de onde dirigia e controlava o motor, o leme de direção e as torneiras do lastro, o qual, em vez de areia, compunha-se de 54 litros de água, guardados em dois reservatórios. Esse balão subiu com sucesso em 1º de agosto de 1900, quando se realizavam em Paris a Grande Exposição e o Congresso Internacional de Aeronáutica. No nº 5 apresentou como novidade um motor de 16 HP, ao qual se adaptava uma formação triangular de pinho, com 41kg e fabricada pelo próprio aeronauta.
O balão, no entanto, chocou-se com um prédio de Paris e o cientista ficou pendurado a vinte metros de altura, mas saiu ileso. Com dirigível Brasil nº 6, que custou cerca de 30 mil dólares, contornou a torre Eiffel (1901) e voltou ao ponto de partida (o campo de aerostação de Saint-Cloud) em menos de uma hora, e pelo feito conquistou em Paris o Prêmio Deutsch de la Meurthe (cerca de 125 mil francos). Com o mesmo dirigível tentou atravessar o Mediterrâneo (1902), mas caiu no mar, sofrendo seu segundo sério acidente. Em seguida esteve no Brasil (1903) onde foi tratado como herói nacional e, logo depois, voltou a Paris para continuar construindo balões. Três anos depois (12 de outubro de 1906), em Bagatelle, Paris, realizou o primeiro vôo mecânico do mundo, voando a dois metros do chão por cerca de sessenta metros.
Um mês após (12 de novembro de 1906), voou em Paris a seis metros do chão ao longo de 220 metros com o 14-Bis, avião que inventou e construiu. Com este feito ganhou a Taça Archdeacom, instituída para o primeiro aeroplano que com seus próprios meios se elevasse a mais de 25 m, e o prêmio do Aeroclube da França, para o primeiro avião que fizesse um percurso de cem metros. Após o 14-bis criou, chamado hydro-glisseur (1907), com deslizador aquático, e que foi o precursor do hidroavião. Ainda aperfeiçoou o aparelho Demoiselle ou Libellule (1907-1909), uma espécie de modelo de ultraleve com hélice frontal, feito com bambu e seda que, com o piloto, pesava pouco mais de 100kg, e com um motor de 30 HP. Nele o cientista viveu seu último vôo como piloto e atingiu uma velocidade média de 96 quilômetros por hora (1909). Com a saúde declinante e vendo seu invento ser cada vez mais utilizado como instrumento bélico, começou a ter progressivas crises de depressão, agravadas a partir da Primeira Guerra Mundial.
Em um de seus balões
No Demoiselle ou Libellule
De volta ao Brasil (1931), passou a residir em uma pequena casa por ele projetada, a Encantada, em Petrópolis, RJ, que hoje é o Museu Santos-Dumont. Autor de várias invenções no domínio da mecânica, além das relacionadas com a aeronáutica, e de três livros: A conquista do ar (1901), os meus balões (1904) e o que eu vi, o que nós veremos (1918), foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (1931), mas seu estado de saúde o obrigou a declinar da honraria.
Conta-se que ao saber do emprego de aviões na revolução constitucionalista (1932), foi tomado de forte depressão, terminando por praticar o próprio suicídio em casa, enforcando-se com uma gravata, em Guarujá, SP (23 de julho de 1932). Postumamente recebeu o título de marechal-do-ar e, por decreto, foi proclamado patrono da Força Aérea Brasileira (1971).
Figuras copiadas do site ALBERTO SANTOS DUMONT, SUA VIDA E SUA OBRA:
http://www.eapac.com.br/megaflight/
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/
Conta-se que ao saber do emprego de aviões na revolução constitucionalista (1932), foi tomado de forte depressão, terminando por praticar o próprio suicídio em casa, enforcando-se com uma gravata, em Guarujá, SP (23 de julho de 1932). Postumamente recebeu o título de marechal-do-ar e, por decreto, foi proclamado patrono da Força Aérea Brasileira (1971).
Figuras copiadas do site ALBERTO SANTOS DUMONT, SUA VIDA E SUA OBRA:
http://www.eapac.com.br/megaflight/
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/
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