04/05/2013
O controverso projeto que permite tratamento psicológico contra a homossexualidade foi incluído pelo pastor Marco Feliciano como primeiro item da pauta da próxima reunião da Comissão de Direitos Humanos
JOSE CRUZ/ ABR
Feliciano usou Twitter para defender suas ideias
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), usou o Twitter para justificar a inclusão de projetos polêmicos na pauta da próxima reunião do colegiado. Entre as propostas, está a que permite aos psicólogos promover tratamento para curar a homossexualidade. Segundo o deputado, “não podemos fugir de assuntos como este”. Ele ainda defendeu a proposta e disse que a imprensa distorce o teor do projeto.
“A mídia divulga um PL (projeto de lei) como ‘cura gay’ quando na verdade ele não trata sobre isso, até porque homossexualidade não é doença”, escreveu ontem no microblog. “Esse projeto protege o profissional de psicologia quando procurado por alguém com angústia sobre sua sexualidade”, completou.
O projeto quer sustar parte de resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe o tratamento psicológico com o objetivo de curar a homossexualidade.
O deputado afirma que é apenas um mediador e a aprovação depende do colegiado. “Como presidente da comissão apenas coloco em pauta os projetos, cabe aos parlamentares discutirem, discursarem e convencerem com seus argumentos. Não podemos fugir de assuntos como este, nem como da Redução da Maioridade Penal etc. precisamos enfrentar”, disse.
Segundo parlamentares petistas, a pauta da comissão de Direitos Humanos foi retaliação ao anúncio de que deputados ligados ao segmento abandonaram o colegiado. Eles criaram espécie de comissão paralela, fundando subcomissão na Comissão de Cultura da Câmara. A estratégia irritou aliados de Feliciano que questionaram a medida e cobram resposta do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Na rede social, Feliciano provocou os petistas que deixaram a comissão. “Embora o PT tenha jogado para a plateia que seus deputados ‘saíram’ da Comissão, não o fizeram formalmente, então, aproveitando que tecnicamente estão ainda na comissão, aproveito para convidá-los a estarem presentes na sessão da próxima quarta-feira para fazerem o contraditório”. (da Folhapress)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O projeto de decreto legislativo 234/11, do deputado João Campos (PSDB-GO), foi relacionado como primeiro item da pauta da próxima sessão da comissão, marcada para o próximo dia 8 de maio.
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