14/11/2015
A proporção do rendimento de trabalho das mulheres em relação ao dos homens, no Brasil, ficou em 74,5% no Brasil, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem
Beatriz Cavalcante
Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), a proporção do rendimento de trabalho das mulheres (R$ 1.093), em relação ao rendimento dos homens (R$ 1.372) é de 79,66% em 2014. No Brasil, o índice é de 74,5%, o que significa que, em média, os homens receberam R$ 1.987 ante R$ 1.480 das mulheres. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outra forma de observar o diferencial do rendimento por sexo é pela análise da proporção de pessoas que receberam até um salário mínimo em 2014. Foram 33,27% dos homens ocupados contra 40,44% das mulheres ocupadas na RMF. No Brasil, foram 21,5% dos homens, ante 30,6% das mulheres.
Na análise de dados por atividade, também na RMF, comércio e reparação lideram, com concentração de 23,44% do total de ocupados, seguido por indústria (17,11%), indústria de transformação (16,67%), educação, saúde e serviços sociais (10,18%) e construção (8,86%). As menores concentrações de ocupados ficaram no setor agrícola (3,46%), administração pública (4,4%) e transporte, armazenagem e comunicação (5,22%).
Brasil
Em 2014, o rendimento médio mensal real de todas as fontes (das pessoas de 15 anos ou mais de idade com rendimento) foi de R$ 1.679, 0,5% acima do estimado em 2013 (R$ 1.670). As maiores reduções na desigualdade de distribuição dos rendimentos de todas as fontes, medidas pelo índice de Gini, foram no Nordeste (-3,7%) e Centro-Oeste (-2,2%).
Todas as regiões apresentaram expansão da desocupação, principalmente Sudeste (15,8%) e Nordeste (5,2%). A taxa de desocupação cresceu de 6,5% para 6,9% entre 2013 e 2014 no País, sendo a menor taxa na região Sul (4%) e a maior no Nordeste (8%).
Em relação ao nível de ocupação, a população ocupada totalizou 98,6 milhões de pessoas em 2014, com crescimento na parcela de ocupados com 60 anos ou mais (de 7,5% para 8,2% dos ocupados), seguindo a tendência de aumento da participação dos idosos na população residente no Brasil.
Quanto à inserção no mercado de trabalho, a proporção de empregados (60,5 milhões) caiu de 62,3% em 2013 para 61,3% em 2014, enquanto trabalhadores por conta própria cresceram de 20,7% para 21,4%. Entre trabalhadores domésticos (6,4 milhões), houve redução de 6,7% para 6,5%.
O contingente de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado não agrícola registrou acréscimo no Norte (5,6%), Nordeste (5,4%), Centro-Oeste (2,1%) e Sul (1,8%), mas houve queda no Sudeste -1,2%). Os menores percentuais de formalização foram verificados no Nordeste, embora tenha aumentado de 8,8% para 9,4%.(Com agências)
NÚMEROS
1.093
reais foi o rendimento médio mensal da mulher, segundo a pesquisa
1.372
reais foi o rendimento médio do homem em 2014, segundo a Pnad
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