14/11/2015 - 07h58
Em um comunicado publicado na internet grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou os ataques que deixaram pelo menos 128 mortos em Paris
FOTO: AFP
Tiroteios em restaurantes e casa de espetáculos e explosões nas proximidades do estádio onde jogavam França e Alemanha deixam ao menos 128 mortos e 180 feridos. Hollande declara estado de emergência e fecha fronteiras.
Uma série de explosões e ataques a tiros deixaram ao menos 128 pessoas mortas e cerca de 180 feridas, 80 delas em estado grave, em diversos pontos de Paris nesta sexta-feira, 13, segundo informações da polícia.
Uma série de explosões e ataques a tiros deixaram ao menos 128 pessoas mortas e cerca de 180 feridas, 80 delas em estado grave, em diversos pontos de Paris nesta sexta-feira, 13, segundo informações da polícia.
De acordo com fontes de segurança, oito terroristas foram mortos sete deles se suicidaram. O número total de participantes dos ataques é desconhecido. Os atentados aconteceram em ao menos seis locais.
O presidente François Hollande declarou estado de emergência em todo o território da França e ordenou o fechamento das fronteiras. Ele disse que se trata de ataques terroristas sem precedentes no país.
Já neste sábado, o grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria dos atentados, pouco depois de Hollande tê-lo responsabilizado.
No 11º arrondissement (bairro), um número ainda desconhecidos de atiradores invadiou a casa de espetáculos Bataclan e disparou a esmo contra os espectadores de um show da banda americana de rock Eagles of Death Metal, gritando "Alá é grande" em árabe, segundo testemunhas.
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Cerca de 1.500 pessoas acompanhavam o espetáculo, e um grande número foi mantida refém pelos atiradores. Forças de segurança invadiram o Bataclan. Ao menos 80 reféns morreram no local, segundo policiais. Três terroristas foram mortos.
Ao menos três explosões ocorreram nas proximidades do Stade de France, onde as seleções da França e da Alemanha se enfrentavam. Um policial disse que duas das explosões foram atentados suicidas de homens-bomba. A polícia confirmou a morte de três pessoas.
Um policial declarou que mais 11 pessoas morreram num ataque ao restaurante Petit Cambodge, no 10º arrondissement, mas essa informação não foi oficialmente confirmada pela polícia. O local foi cercado e isolado por forças de segurança.
O presidente François Hollande, que acompanhava a partida, foi retirado do estádio e convocou uma reunião de emergência. Ele se reuniu no Ministério do Interior com o primeiro-ministro Manuel Valls e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Logo em seguida, Hollande declarou estado de emergência em todo o país e ordenou o fechamento de fronteiras.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que os ataques visaram toda a humanidade e não apenas o povo francês.
Ataques em Paris, os mais mortais na Europa
- 7 de janeiro de 2015 - FRANÇA: dois jihadistas franceses, os irmãos Kouachi, matam 12 pessoas, entre elas cinco desenhistas, na sede do semanário Charlie Hebdo, em Paris, alvo de ameaças de morte por ter publicado caricaturas de Maomé em 2006 e 2012. Foram abatidos pela polícia ao fim de três dias de fuga.
Simultaneamente, outro jihadista francês, Amédy Coulibaly, mata 5 pessoas incluindo uma agente municipal e quatro judeus, antes de ser abatido. Os três jihadistas reivindicavam ser da Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) ou do grupo Estado Islâmico (EI).
Simultaneamente, outro jihadista francês, Amédy Coulibaly, mata 5 pessoas incluindo uma agente municipal e quatro judeus, antes de ser abatido. Os três jihadistas reivindicavam ser da Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) ou do grupo Estado Islâmico (EI).
- 22 de julho de 2011 - NORUEGA: um extremista de direita, Anders Behring Breivik, explodiu uma bomba perto da sede do governo em Oslo, causando oito vítimas, antes de abrir fogo contra um acampamento das juventudes trabalhistas na ilha de Utoya, matando 69 pessoas, em sua maioria, adolescentes. Cumpre pena de 21 anos de prisão, a máxima na Noruega, que poderia se estender indefinidamente enquanto for considerado perigoso para a sociedade.
- 7 de julho de 2005 - GRÃ-BRETANHA: quatro atentados suicidas coordenados em horário de pico em três trens do metrô e um ônibus londrino deixam 56 mortos e 700 feridos. São reivindicados por um grupo vinculado à Al Qaeda.
- 11 de março de 2004 - ESPANHA: uma dezena de bombas explodem por volta das 7h40, em Madri, e em seus subúrbios a bordo de quatro três, causando 191 mortos e cerca de 2.000 feridos. O atentado foi reivindicado em nome da Al Qaeda por uma célula islamita radical.
- 15 de agosto de 1998 - GRÃ-BRETANHA: a explosão de um carro-bomba em Omagh, pequena cidade do noroeste da Irlanda do Norte, deixa 29 mortos e 220 feridos, inclusive vários jovens, entre eles dois turistas espanhóis. O atentado foi reivindicado por um pequeno grupo dissidente do Exército Republicano irlandês (IRA). O drama atingiu a Irlanda do Norte na euforia do processo de paz, quatro meses depois dos acordos de abril de 1998, conhecidos como Sexta-feira Santa.
- 19 de junho de 1987 - ESPANHA: um atentado com carro-bomba cometido pela organização separatista basca ETA no estacionamento de um centro comercial Hipercor de Barcelona deixa 21 mortos e 45 feridos.
- 2 de agosto de 1980 - ITÁLIA: uma bomba explode na sala de espera da estação de Bolonha (norte), deixando 85 mortos e 200 feridos. Foi o atentado mais mortal da história do país. Dois membros de um grupo terrorista de extrema direita foram condenados à prisão perpétua, mas os autores intelectuais nunca foram identificados.
Redação O POVO Online
com informações da AFP e AE
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