10/07/2015 - 11h38
Conforme a sentença, os adolescentes apreendidos ficarão internados no Centro Educacional Masculino, na capital Teresina, já que todos foram ameaçados de linchamento pela população do município
FOTO: FABIO BRAGA/FOLHAPRESS/ARQUIVO
Escola onde adolescentes estudavam em Castelo do Piauí expõe clima de revolta e surpresa da cidade com o episódio
Os quatro menores acusados de participarem do estupro coletivo e agredir quatro adolescentes no município de Castelo Branco, no Piauí, no último dia 27 de maio, foram condenados na noite desta quinta-feira, 9, à pena máxima. O prazo para a conclusão do processo terminaria neste sábado, 11.
Conforme a sentença, os adolescentes apreendidos ficarão internados no Centro Educacional Masculino, na capital Teresina, que fica a 180 km do município onde aconteceu o crime, já que todos foram ameaçados de linchamento pela população do município.
Os adolescentes foram denunciados pelo ministério público por homicídio com cinco qualificadores (motivo torpe, tortura acometida por meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas, ocultação do crime de estupro e feminicídio), tentativa de homicídio e associação criminosa.
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De acordo com a justiça, os garotos devem cumprir medidas socieeducativas pelo tempo máximo estipulado no Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA).
Além dos adolescentes envolvidos no caso, um homem de 40 anos, identificado como Adão José da Silva Sousa, também foi denunciado por porte ilegal de arma, estupro e homicídio. Mas ainda não teve seu julgamento marcado. Entretanto, caso seja condenado, Adão poderá pegar mais de 150 anos de prisão.
O caso
No dia 27 de maio, a adolescente Danielly Feitosa saiu com três amigas para passear nos arredores de Castelo do Piauí. As quatro adolescentes foram amarradas, surradas, estupradas, apedrejadas e depois arremessadas de um penhasco de dez metros de altura. Danielly foi hospitalizada, resistiu por dez dias, mas morreu domingo, 7, de hemorragia interna.
Após o crime, mais de 500 pessoas compareceram à sua missa de sétimo dia. Já no último dia 4 de julho, uma das adolescentes que estava internada recebeu alta do hospital após mais de um mês internada. As outras duas garotas também conseguiram sobreviver e não chegaram a ficar muito tempo internadas.
Redação O POVO Online
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