sábado, 16 de julho de 2011

Classes D e E são as que mais gastam com cabeleireiro

Fonte: opovo.com.br

Os cearenses de classes mais baixas consomem mais que os "abastados", segundo pesquisa da Fecomércio São Paulo. O montante para famílias cearenses de classe A é de R$ 1,418 mi, e para a E, R$ 6,511 mi por mês

16.07.2011| 01:30

A busca pela aparência perfeita tem levado homens e mulheres de todas as classes sociais a buscarem os salões (IGOR DE MELO) 
A busca pela aparência perfeita tem levado homens e mulheres de todas as classes sociais a buscarem os salões (IGOR DE MELO)
Natalie Caratti
nataliecaratti@opovo.com.br

No setor de beleza, famílias cearenses de classes mais baixas estão consumindo muito mais que famílias da classe A e B. O consumo das duas classes juntas não alcança o gasto da classe E, segundo dados apresentados pelo estudo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), feito com base em informações das Pesquisas de Orçamento Familiar (POF) -IBGE.

 
Conforme a pesquisa, nos últimos anos, as maiores despesas estão entre as famílias dos estados do Nordeste. Os gastos médios na quantia mensal paga ao cabeleireiro tiveram um crescimento de 44% entre 2002 e 2008. A Junta Comercial do Ceará (Jucec) tem cadastrado que em 2011, 3660 salões de beleza abriram registro, contra 167, em 2001.

 
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Tanto gasto, mas por quê? Para a proprietária do salão de beleza Studio E3 no bairro de Fátima, Elis Moraes, a questão da beleza segue uma tendência até de posicionamento na sociedade. “A aparência tem uma força muito grande principalmente para mulher. No meu salão há uma média de 30 pessoas por dia e no final de semana aumenta para 50”.

De acordo com ela, os clientes gostam de se sentir bem e de estar em locais “bons”. Percebendo isso, Elis fez recentemente uma reforma no salão. O público é variado, mas as crianças de dois e três anos já estão frequentando o mundo da beleza.

 
“A coisa mais difícil de ver é alguém com a cor natural do cabelo. Hoje todo mundo pinta o cabelo, e não é só pela necessidade. E a gente tem sempre que assistir as novelas, estar por dentro de tudo, porque as clientes chegam a pedir um cabelo igual ao das atrizes”, afirma. A profissionalização dos cabeleireiros é um fator a ser considerado importante, diz a proprietária.

 
Considerações do setor
Apesar do crescimento e demanda forte do setor, o presidente do Sindicato de Empresas de Serviços de Beleza (Sindibel) de Fortaleza, e proprietário de salão de beleza no bairro Aldeota, Vilmar Linhares Cordeiro, faz algumas considerações. A primeira: a maioria dos salões não tem o Cadastro Nacional da Pessoa Física (CNPJ). Segunda: alguns funcionários do salão chamam os clientes para atender em casa.

“A gente não pode ter um setor tão grande com tão poucas empresas legalizadas e, por conta disso, as empresas são mais cobradas. Eu estive com o secretário das Sefin, Cialdini falando justamente isso”, pontua Linhares.

 
De acordo com ele, homens e mulheres disputam a cadeira do cabeleireiro. “Todas as pessoas buscam estar melhores e as classes estão ascendendo. Os homens têm crescido muito na proporção, mas há ainda muita sazonalidade, o público é maior no final de semana”.

O quê

 
ENTENDA A NOTÍCIA

 
Cada vez mais as pessoas buscam cuidar da aparência. Elas encontram as "fórmulas da beleza" em jornais, blogs, revistas e outros meios de comunicação. Muitas se espelham nas mocinhas ou vilãs de novelas, outras apenas querem ficar mais bonitas. No entanto, o bolso acaba pesando.

GASTOS DAS FAMÍLIAS

 
Gasto total por mês das famílias do Ceará de acordo com classes sociais.

Classe A:
R$ 1mi 418mil


 
Classe B:
R$ 4mi 108 mil


 
Classe C:
R$ 3mi 757 mil


 
Classe D:
R$ 6mi 494 mil


 
Classe E:
R$ 6 mi 511 mil


 
FONTE: Fecomércio de São Paulo

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