POR 05 JAN 2016 - 10H 49
Todo mundo já ouviu falar a respeito de Buda, não é mesmo? Seu nome verdadeiro era Siddhartha Gautama, um príncipe que nasceu por volta do século 5 ou 6 a.C. (existem controvérsias sobre o ano exato) em Lumbini, atualmente localizada no Nepal. Além disso, ele se tornou o líder e fundador de uma doutrina que, mais tarde, deu origem ao budismo.
Existem inúmeras representações desse importante personagem, muitas delas o retratando como uma figura esquálida e emaciada, outras como uma divindade imponente. No entanto, entre as representações mais tradicionais e facilmente reconhecíveis de Buda está a do monge gorducho e risonho que você pode ver a seguir — e que, de acordo com Larry Jimenez, do portal Knowledge Nuts, foi inspirada em uma pessoa real.
Figura simpática
Segundo Larry, a figura do Buda gordinho, careca e sorridente que se tornou tão popular no Ocidente foi um monge chinês zen um pouco excêntrico chamado Pu-Tai. Ele viveu há cerca de mil anos, e seu nome faz referência ao saco que costumava levar consigo — onde carregava uma porção de doces e brinquedos que distribuía às crianças dos vilarejos e das aldeias por onde passava.
Pu-Tai também sempre contava com alguma comida para oferecer aos famintos e tinha como missão espalhar a alegria e a felicidade por onde fosse. Isso porque ele já defendia, naquela época, que o riso tinha o poder de curar as pessoas — e dizem que suas gargalhadas eram contagiantes.
Assim, por tudo isso, não foi à toa que Pu-Tai ganhou fama de santo e que as pessoas começaram a acreditar que o monge fosse a reencarnação do futuro Buda ou Maitreya. E o gorducho não perdia nunca o seu senso de humor — que o acompanhou até a morte. Tanto que, ao saber que o seu fim se aproximava, Pu-Tai, desafiando os costumes dos monges zen, pediu que seu corpo fosse cremado.
Os companheiros do monge ficaram um tanto confusos com o desejo do amigo, mas decidiram respeitar sua última vontade. Pois, depois de a pira ser acesa, veio a surpresa! Segundo a lenda, Pu-Tai escondeu fogos de artifício em suas roupas antes de morrer, preparando, assim, um espetáculo para aqueles que acompanharam a sua cremação.
Personificação do espiritual e material
De acordo com Larry, conforme o budismo foi se espalhando pela China, a ideia de que a felicidade só podia ser conquistada por meio da elevação espiritual e pessoal foi se fundindo com os ideais chineses de que a plenitude também podia ser alcançada através da prosperidade material — e Pu-Tai se tornou a personificação dessa fusão.
Considerado como um símbolo de boa sorte, fartura, felicidade, saúde e prosperidade, o monge roliço quase sempre aparece rodeado de crianças e carregando uma bolsa ou saco de tecido. O personagem é especialmente popular na China e no Japão — onde é conhecido pelo nome de Hotei e é um dos sete deuses da boa fortuna.
Simbolicamente, as crianças que o rodeiam expressam a preferência dos chineses por famílias numerosas, e a espiritualidade e a prosperidade são representadas por meio das contas para preces que o Buda gorducho traz em uma das mãos e pelo saco com ouro que ele carrega na outra, respectivamente.
Já o saco de pano representa o Buda reunindo os problemas dos demais e os colocando em seu interior. Por outro lado, se a figura apenas estiver segurando uma tigela, ela simboliza a vida dos monges — e a sua renúncia às posses para alcançar a sabedoria.
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Caso você tenha um desses Budas e queira dar uma reforçada na sorte, segundo o Feng Shui, para trazer harmonia e alegria, a figura deve ser colocada em um local da casa onde ela possa ser vista por todos. Mas, se a intenção for atrair sorte e dinheiro, então, o Buda risonho deve ser posto na sala de jantar ou no quarto na direção sudoeste. Além disso, se a estátua for colocada em um ambiente de trabalho, ela pode aliviar os atritos com os colegas.
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