23/10/2015 - 07h24
Depois de mais de dois anos em fuga, Henrique Pizzolato desembarcou no Brasil na manhã desta sexta-feira, 23, escoltado por três policiais federais
FOTO: DIVULGAÇÃO
Ex-diretor do Banco do Brasil é extraditado da Itália, para onde havia fugido em 2013 a fim de evitar prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é único condenado no mensalão que ainda não cumpriu pena.
Depois de mais de dois anos em fuga, Henrique Pizzolato desembarcou no Brasil na manhã desta sexta-feira, 23, escoltado por três policiais federais. O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão e irá cumprir pena de 12 anos e sete meses de prisão.
Pizzolato embarcou de volta para o Brasil no Aeroporto de Malpensa, em Milão, na quinta-feira. Ele desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde passou pelos procedimentos de registro de entrada no país.
No aeroporto paulista, o ex-diretor do Banco do Brasil embarcou numa aeronave da Polícia Federal com destino a Brasília. Na cidade, ele realizará exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. Em seguida, será transferido ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumprirá a pena.
No fim de 2013, logo após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do processo do mensalão, Pizzolato fugiu para a Itália com o passaporte falso de um irmão morto para evitar ser preso no Brasil.
Ele foi o único dos condenados no processo do mensalão que fugiu e ainda não cumpriu pena. Em fevereiro de 2014, Pizzolato foi preso em Maranello, na Itália,, por porte de documento falso. Ele estava escondido na casa de um sobrinho.
O ex-diretor do Banco do Brasil chegou a ser solto em outubro de 2014 pela Justiça italiana. Em fevereiro deste ano, após recurso apresentado pelo Brasil, a extradição foi autorizada e Pizzolato retornou à prisão. Em 24 de abril, a Justiça italiana confirmou a decisão de extraditá-lo.
Porém, os advogados de Pizzolato recorreram da decisão, alegando que os direitos humanos não são respeitados em presídios brasileiros. Em 6 de outubro, a Corte Europeia de Direitos Humanos rejeitou a última tentativa de recurso e ordenou a extradição.
AE
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