sábado, 3 de outubro de 2015

CASO SUBTENENTE Justiça nega habeas corpus para Cristiane Renata, acusada de matar filho envenenado

Fonte: http://www.opovo.com.br/
02/10/2015 - 15h21
Presa desde o último dia 8 de maio, ela teve sua versão esvaziada pelo resultado dos exames toxicológicos. Laudos mostraram que Cristiane não tinha ingerido álcool ou substâncias tranquilizantes no dia do crime

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCEnegou pedido de liberdade paraCristiane Renata Coelho Severino, acusada deenvenenar e matar o filho dela com o subtenente Francilewdo Bezerra Severino e tentar matar o militar, também envenenado. O caso foi julgado em sessão realizada na última terça-feira , 29, mas a decisão foi divulgada somente nesta sexta-feira, 2. 

Segundo o desembargador Haroldo Correia de Oliveira Máximo, a prisão da acusada não deve ser revogada para manter a ordem pública e pela periculosidade de crime. “[A prisão provisória ] denota a necessidade de resguardar a ordem pública, pois a acusada [Cristiane], teria, em tese, planejado, com meses de antecedência, a morte de seu companheiro, e mais grave, de seu filho", frisou.

A defesa de Cristiane pediu a revogação da prisão defendendo ''constrangimento ilegal pela falta de fundamentação no decreto prisional’’. O pedido foi negado por unanimidade, seguindo o voto do relator Haroldo. 

O magistrado ainda entendeu a substituição das medidas cautelares como inadequada. "Justifica-se em razão da gravidade concreta da conduta, não se mostrando, pois, suficiente para atender às exigências do caso", completou.
No final de junho, os laudos da Coordenadoria de Análises Laboratoriais da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) apontaram que Cristiane Renata Coelho, 41, não ingeriu álcool ou o medicamento rivotril (clonazepam) no último dia 11 de novembro, data em que seu filho foi morto e seu ex-marido envenenado. 

Desde a ocasião do crime, Cristiane afirma que, naquele dia, ela teria sido agredida pelo ex-marido, o subtenente do Exército Brasileiro Francilewdo Bezerra Severino, 45. O militar ainda a teria obrigado a tomar vários comprimidos de rivotril com vinho “para ela não ver a besteira que ele iria fazer”, alega. Em seguida, o subtenente teria envenenado o próprio filho e tentado suicídio, também por envenenamento.

Depois de prestar depoimento, ainda no hospital, Francilewdo teve a prisão preventiva revogada pela Justiça. Aos poucos, as investigações policiais apontaram para o contrário da versão da mulher, que está presa desde o último dia 8 de maio. 

Redação O POVO Online

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