24.05.2014
Cardozo disse que há decisões da Justiça que mostram que as paralisações seriam ilegais durante os jogos
Brasília. O governo federal montou planos alternativos caso policiais entrem em greve durante a Copa do Mundo, que acontece entre os dias 12 de junho e 13 de julho.
Nas últimas semanas, ameaças de greves de diversas forças policiais foram crescendo à medida que o mundial se aproximava. Em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros ontem, o ministro José Eduardo Cardozo disse que não espera greves no evento, mas admitiu que o governo trabalha com planos alternativos.
"É importante deixar claro: em quaisquer das situações, sempre temos planos alternativos. Se por ventura, o que não creio que ocorrerá, houver uma greve de algum segmento policial, seja da Polícia Federal ou qualquer outro, temos totais condições de termos alternativas de resposta, para que não tenhamos nenhum problema. Um bom plano se faz assim: tem que contar com a sua força e variantes que podem acontecer", afirmou.
Cardozo disse que há decisões da Justiça que mostram que as greves seriam ilegais. O ministro ainda destacou o comprometimento dos policias como motivo para não ocorrer greve durante a Copa.
Manifestações
Segundo Cardozo, ainda não está descartada modificação na legislação brasileira antes da Copa para regular manifestações. Ele ponderou que o plano de segurança está preparado para a atual lei. "É claro que, se porventura conseguirmos algum aperfeiçoamento legislativo nos próximos dias, nós temos hoje uma situação no Congresso Nacional em que se discute um projeto de lei para regular o direito a manifestação", disse.
"Vocês sabem que não é uma discussão fácil e simples, porque a garantia da liberdade de manifestação é um pressuposto da democracia. Portanto, qualquer regulação que seja feita, qualquer tipificação de ilícito deve ser cuidadosamente feito para que não macule os princípios, essas referências constitucionais".
Ele reafirmou que o governo não pretende enviar por conta própria um novo projeto nos próximos dias, mas disse que tem subsidiado conversas com o relator da matéria, senador Pedro Taques (PMDB-MT), para eventualmente "aperfeiçoar questões colocadas". "Mas o nosso plano de segurança não depende disso", garantiu.
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