Confira alguns produtos que chegaram ao mercado com o objetivo de entreter as crianças, mas acabaram oferecendo riscos e causando uma série de problemas
Quando os adultos escolhem um brinquedo para presentear uma criança, o objetivo é entreter os pequenos e garantir bons momentos de diversão. O que ninguém espera é que o produto se transforme em uma grande dor de cabeça – e pior, acabe oferecendo riscos à criança.
Porém, os registros estão aí para nos mostrar que muitos fabricantes já lançaram brinquedos que acabaram se mostrando uma verdadeira ameaça a crianças e adolescentes. Além das peças pequenas que são comumente engolidas, esses produtos apresentam substâncias tóxicas ou quebram com facilidade.
Os resultados da falta de cuidado desses fabricantes são ferimentos, fraturas, internações, cirurgias, intoxicações e multas que chegam à casa dos milhões de dólares. Confira abaixo alguns dos brinquedos mais perigosos que já chegaram ao mercado e não deixe de comentar se você se lembrar de mais algum produto que também tenha sido banido por oferecer riscos às crianças.
1. Pulseira bate-enrola
Com um design simples, as pulseiras do tipo “bate-enrola” são nada mais do que uma faixa metálica envolta com um tecido ou plástico colorido. O segredo desse brinquedo-acessório é justamente o fato da peça metálica rígida se enrolar em torno do pulso com facilidade quando batida contra o braço.
Essas pulseiras surgiram na década de 1990 e fizeram muito sucesso nas escolas. O problema é que em vez de colocar a pulseira no braço e permanecerem com o acessório, parte da diversão de crianças e adolescentes era tirar e colocar repetidamente a peça. Como todo brinquedo que faz sucesso, não demorou a surgirem as versões mais baratas das pulseiras, que em pouco tempo começaram a causar problemas.
Com o incansável movimento, as faixas metálicas de má qualidade começaram a se romper, cortando a pele das crianças. Algumas escolas baniram as pulseiras e as empresas fizeram o recall de muitas peças. Em 2012, houve uma nova febre com as pulseiras “bate-enrola” nos Estados Unidos, que terminou da mesma maneira. No Brasil, esses brinquedos ainda podem ser encontrados.
2. Bolinhas de gel
Você já deve ter visto por aí aquelas bolinhas coloridas de gel que aumentam incrivelmente de tamanho quando colocadas na água. Nos Estados Unidos, elas foram vendidas como brinquedos para crianças, enquanto no Brasil elas foram anunciadas basicamente como um produto decorativo. Independente disso, não é nem preciso dizer que muitas crianças acabaram engolindo essas bolinhas.
Divertidas e coloridas, as bolinhas de gel foram parar no estômago e no intestino de muitas crianças e, surpreendentemente, elas não paravam de aumentar de tamanho mesmo dentro do organismo. A situação foi pior ainda para aqueles que engoliram o “pó de crescimento” que acompanhava algumas versões do brinquedo.
Entre os diversos riscos que essas bolinhas trouxeram para a saúde, vômitos e desidratação eram alguns dos quadros mais comuns. Ainda, era impossível localizar os brinquedos no organismo através de exames de raios-X e casos mais sérios acabaram requerendo cirurgias para remover as bolinhas.
3. Esferas magnéticas
Só porque alguns produtos têm os adultos como público alvo, isso não significa que eles não ofereçam riscos aos mais novos. As esferas magnéticas – também conhecidas como neocube – são imãs fortes utilizados para construir pequenas esculturas que caíram no gosto de pessoas que gostam de ter sempre um objeto criativo na mesa de trabalho.
Mas, infelizmente, esses pequenos imãs acabaram indo parar na boca das crianças. Dentro do organismo, as diversas esferas tinham uma tendência a se reunir através das paredes do intestino sem se soltar. Isso poderia fazer com que alguns órgãos se rasgassem, além de infectar o sangue, bloquear o intestino e, em casos graves, resultar em óbito.
Como cada conjunto vem com várias esferas, demorava até que os adultos percebessem que alguns imãs haviam desaparecido. Além das crianças, alguns adolescentes também foram vítimas já que utilizavam as esferas para imitar um piercing na língua ou nos lábios.
O governo americano declarou que as esferas magnéticas eram um risco para os consumidores. Cerca de mil crianças precisavam passar por uma cirurgia para retirar as bolinhas e o responsável pelos imãs se recusou a fazer um recall do produto. A justiça estabeleceu uma multa de 57 milhões de dólares para cobrir todos os custos. Depois de muita discussão, o responsável recolheu apenas 1% do valor estipulado.
4. Brinquedos infláveis
Para deixar que um bebê brinque em segurança na água, nada melhor do que recorrer a uma boia ou um brinquedo inflável, não é mesmo?! Infelizmente, muitos pais que escolheram os produtos da marca Aqua Leisure não tiveram a mesma sorte.
A pequena boia inflável produzida pela empresa apresentava um defeito de fabricação que fazia com que rasgasse com facilidade. Resultado: os bebês simplesmente afundavam! A empresa foi obrigada a pagar uma multa de 650 mil dólares por ter conhecimento do problema, mas não apresentar nenhuma solução. A justificativa da Aqua Leisure era que “nenhuma criança realmente se afogou ainda”.
Com esse tipo de atitude, toda vez que a empresa recebia uma série de reclamações, ela alterava o design e o nome do produto e continuava a comercializá-lo. A fabricante chegou a omitir informações sobre o defeito diante das autoridades.
5. Kit de investigação
O último brinquedo desta lista não chegou a ser lançado no Brasil, mas ele lembra muito aqueles kits de experiências e brincadeiras de químicas que nós conhecemos bem por aqui. Baseado no seriado “CSI”, o objetivo do produto era trazer todas as ferramentas necessárias para que as crianças pudessem coletar evidências e conduzir suas próprias investigações criminais.
Com pincéis, luvas de látex e lupas, a parte mais interessante do brinquedo era um pó que permitia colher impressões digitais de qualquer objeto. O problema é que o produto continha uma das formas mais letais de amianto. Descobriu-se que o pó continha até 7% de tremolite – uma variedade que já se provou capaz de causar câncer de pulmão na vida adulta com apenas uma exposição à substância.
Então, o que dizer das crianças que passaram esse pó em maçanetas e janelas e depois saíram soprando a substância no ar?! Não existem maiores notícias sobre as pessoas que entraram em contato com o produto em questão, mas sabe-se que o fabricante responsável pelo produto acabou falindo.
- Fonte
- List Verse
- Leitor colaborador
- Diego Castelo Branco Monteiro
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